A ambulância passava pela Avenida Infante Dom Henrique com muita velocidade. A sirene alta podia ser ouvida a 20 metros de distância da ambulância, que estava cercada de carros da polícia que iam abrindo caminho para que ela fosse em direção ao hospital Copa d'or. O velocímetro da ambulância não saia da casa dos 90 km/h. Na parte traseira da ambulância estava o Presidente junto com 2 paramédicos, que faziam de tudo para manter o presidente em vida até chegar ao hospital. O presidente estava desacordado quando chegou ao hospital. A melhor equipe de médicos de plantão do Copa d'or foi socorrer o presidente. O levaram correndo para o Centro Cirúrgico, onde iriam remover o projétil de dentro de seu peito. Foi uma cirurgia complicada e com muitos riscos, já que o pericárdio foi ferido pelo projétil. O presidente então foi levado a um quarto no ultimo andar, com direito a um médico para cuidar dele. Quando ele acordou, já estava no quarto. A primeira coisa que disse foi:
- O que ocorreu? Onde estou?
- O Senhor está no Copa d'or, já retiramos a bala de seu peito. Foi tudo bem. - Respondeu uma voz um tanto quanto macia. Era a do médico. Chamava-se Dr. Guilherme. Era o chefe da equipe plantonista que socorrera o presidente e queria acompanhar tudo de perto.
- Quem atirou em mim? - Perguntou o presidente com uma cara de curioso e preocupado ao mesmo tempo.
- Ainda não sabemos. Tudo o que sei é que o senhor precisa descansar para poder se recuperar. - Respondeu o médico, num tom atencioso.
- Avisaram minha família? - Perguntou o presidente.
- Providenciarei isso agora mesmo - Disse uma voz ao fundo da sala. Era a do chefe dos seguranças, que se sentia culpado pelo ocorrido, mesmo não sendo ele quem deu o tiro.
A família do presidente não era muito numerosa. Sua esposa se chamava Letícia Cortéz, era Argentina. Economista e mão cuidadosa. Seus filhos de chamavam Mateus e Maria Clara. Mateus tinha 17 anos e Maria Clara 21. Ambos já crescidos, porém não deixavam de se importar com a família. Quando o Chefe dos seguranças avisou a família, eles rapidamente saíram do Copacabana Palace e rumaram em direção ao Copa d'or, não muito distante dalí. Quando chegaram ao hospital estavam em pânico, subiram ao quarto do presidente para ver como se encontrava.
Ainda no Museu, Tomás tentava entender o que havia ocorrido.
- Os investigadores já estão a caminho e dentro de 3 ou 4 horas já estarão aqui trabalhando. Até lá, o senhor poderia nos dizer o que ocorreu para que passemos para eles? - Perguntou um dos policiais.
- Claro. Foi um tiro que entrou por aquela janela - Apontou para o Alto. - O tiro entrou por alí e acertou o presidente no meio do peito, quase no lado esquerdo. - Disse Tomás.
- Alguém estava lá fora no momento do tiro? - Perguntou o policial
- Sim, metade da equipe de seguranças do museu e metade dos seguranças do presidente. Se quiser pode ir falar com eles -Disse Tomás apontando para um canto do enorme atrium do museu.
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O Presidente da República
AcciónUma Grande exposição está para ocorrer no Museu de Arte do Rio de Janeiro. Tudo tem hora marcada e todos honram os compromissos, menos um pintor. Porque ele atrasa para trazer suas obras?