Conto 2. O conflito.

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Tristão saiu do vilarejo de Dinas após o amanhecer, seguiu seu caminho até o lorde Luther. E consigo, ele carregava as cabeças dos bandidos contratados por Luther, pois Tristão pretendia usá-las para provocar Luther, e fazer com que ele mande mais de seus homens para o abate, até que ele fiquei mais exposto, assim, abrindo brecha para o ataque fatal de Tristão.

Adentrando na floresta, Tristão seguiu um caminho por um bom tempo. E ele passou por um lago, um lago lindo, ele teria que atravessa-lo para chegar ao outro lado e seguir o caminho, porém esse lago o lembrará de um momento feliz, de um longiquo passado. Ele olhou para os céus, estava azul, um dia lindo, um contraste para a chuvosa noite anterior.

Tristão deixou sua espada em sua frente e se ajoelhou. Começou a orar. Pediu a Deus que ele cuidasse da coisa mais preciosa que ele já teve. E que um dia, ele pudesse ver essa coisa de novo. Tristão se viu em lágrimas, porém lembrou de sua missão, enxugou o rosto e seguiu o caminho do rio.

Passando mais a dentro da floresta, Tristão sente um cheiro de fumaça, ele começa a se esgueirar pela mata, e se depara com um acampamento, a fugueira tinha acabado de ser desfeita, e o acampamento havia ossos de caça e muitas pegadas, de homens e de cães. E os rastros recentes vão na direção da qual ele iria seguir, ele presumiu que pudesse ser mais daqueles bandidos que eram liderados por Balion.

Seguindo muito atento o caminho, ele viu mais a frente que era uma família normal, mas eles estavam sendo intimados por dois criminosos, ladrões de estrada, um armado com uma adaga e outro com um arco e flecha.

Tristão resolveu que sua missão poderia esperar, então ele foi ajudar a família que necessitava de socorro. Ele deixou as cabeças decapitadas e se esgueirou por trás do criminoso armado com o arco e cortou sua garganta com uma faca, e depois deixou com cuidado o cadáver por baixo das moitas e pegou seu arco.

Tristão fez um assovio, o criminoso com a faca se virou e levou uma flechada bem em seu olho direito. Ele largou sua faca, cambaleou e caiu no chão. A família, composta por um homem e uma mulher o agradeceu, apesar de estarem assustados com os métodos brutais.

Homem- Muito obrigado, você nos salvou, esses desgraçados deviam estar de olho na gente desde ontem, fomos acampar e eu fui ensinar minha esposa a caçar, o cheiro da carne e a fogueira devem ter atraído a atenção deles.

Tristão- Sim. Certamente foi isso.

A mulher meio abalada por conta das mortes agradeceu também.

Mulher- Obrigada... O outro criminoso, que estava mais pra trás desse que nos confrontou... Você...

Tristão- Sim, eu matei ele. Assim como matei esse aqui. O arco e a flecha que disparei eram do outro criminoso.

A mulher abaixou a cabeça e ficou quieta, enquanto o homem ficou meio impressionado com a frieza do homem.
Tristão se ofereceu para poder levar os dois para a casa. Ambos moravam não muito longe dali.

O homem ficou observando e percebeu que Tristão andava com uma espada diferente em sua cintura.

Homem- Essa espada que o senhor carrega, ela é diferente de todas que já vi.

Tristão- Ela tem o mesmo propósito das outras.

O homem ficou meio sem graça, porém continuou a conversa.

Homem- Minha esposa pode ter achado meio brutal a sua atitude ao nos salvar, mas eu achei incrível, eu queria ser forte assim pra poder proteger ela e nossos filhos que virão. Eu invejo você.

Tristão abaixou a cabeça e encostou no ombro do homem. E após os três pararem, Tristão olhou com um olhar de fúria bem dentro dos olhos do homem.

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