Conto 3. A Vingança.

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Desconhecida- Acorda Tristão. Já tá muito tarde, não vamos poder ficar juntos se você não acordar. Acorda amor.

Tristão escuta essa voz, porém não reage, não consegue abrir os olhos, ele sabe de quem é a voz, e ele sentia falta de ouvi-la, porém ele não demonstra reação.

Tristão consegue abrir os olhos e vê quem está falando.

Era uma mulher falando. Cabelo cacheado, tanto o cabelo quanto os olhos são castanhos, estatura baixa, uma linda moça. E ela continuou dizendo para Tristão acordar. Porém ele não acordava.

Desconhecida- Não se culpe meu amor. Eu sempre vou estar com você.

Tristão levanta gritando um nome. "Luna!". E ele sente muita dor. Percebe que seu corpo está enfaixado, e percebe também que está numa carroça, seus ferimentos foram todos cuidados.

Uma pessoa passou pela cortina da carroça, era uma freira que estampava um enorme sorriso no rosto, e alegre ela falou.

Freira- Você acordou! Graças a Deus, pensei que você não fosse sobreviver aos ferimentos.

Tristão achou estranho, ele não conhecia essa freira e nem a pessoa que estava guiando os cavalos na carroça. E logo após a freira aparecer, um homem põe a cabeça sobre a cortina da carroça e comemora também.

Homem- Mas que bom! Eu tinha certeza de que você iria conseguir.

Tristão ainda curioso, perguntou quem eram os dois.

O homem se apresentou como Alphonse e a freira se apresentou como irmã ilde. Alphonse era um médico da igreja que Ilde morava, eles estavam viajando pra ajudar as pessoas ao longo do reino. E eles passaram pelo castelo do lorde Luther, e viram, na entrada, um homem caído perto de uma lança com uma cabeça fincada.

O homem era Tristão e a cabeça era de Luther, que já estava sendo devorada por corvos, que por sinal, escureceram os céus, rodeando os cadáveres dos mortos dentro do forte. Alphonse foi ver dentro do forte e Ilde ficou com Tristão, que estava sem consciência, com vários ferimentos por todo o corpo, um buraco feito por uma lança na perna e uma facada profunda nas costas, sem contar os vários cortes superficiais de espada.

Alphonse ficou extremamente assustado. Pois ali ele viu um massacre. Dezenas e dezenas de soldados mortos brutalmente. O cheiro de sangue estava muito forte, ele nunca havia sentido um cheiro tão forte, nem quando ele cuidava de feridos nos tempos de guerra.

Porém, ele não sentiu pena alguma. Pois esses eram os soldados de Luther, que era um tirano, esses soldados devem ter ceifado várias vidas inocentes, estuprado, queimado vilas próximas, pilhando, vários tipos de atitudes atrozes e ilícitas. Na visão dele, tudo aquilo era uma punição divina que recaiu sobre Luther e seus cães em armaduras.

Irmã Ilde chamava Alphonse para sair do castelo, dizia que precisavam urgentemente cuidar do homem (Tristão) caído perto da lança. Ele estava vivo, porém não iria durar muito se não cuidassem rápido dele.

Alphonse ajudou Ilde a coloca-lo na carroça, e lá começaram os cuidados. Tristão é enorme e muito forte fisicamente. Ele estar vivo com todos aqueles ferimentos impressionou muito os dois. E depois de quase 1 dia de cuidado, eles conseguiram suturar os fermentos e enfaixar quase que todo o corpo de Tristão.

E após 3 dias de viagem, Tristão finalmente acordou.

Tristão- Por quanto tempo dormi?

Alphonse- Você dormiu por 3 dias, pensávamos que não fosse acordar, Ilde ficou orando muito por você.

Irmã Ilde: Você estava muito ferido, um homem normal não teria sobrevivido a metade dos ferimentos que você recebeu.

Tristão não demonstrou tanta reação e ficou no canto da carroça com a cabeça baixa. Tanto Ilde quanto Alphonse tinham muita curiosidade de quem era aquele sujeito que eles cuidaram, ele nem ao menos se apresentou e gritou um nome ao acordar.

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