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Lyra não conseguia ler seu livro. Tentou respirar, fingir que não escutava vozes falando alto fora da casa, mas simplesmente não conseguia. Olhou pela janela. Era Marlene. Estava com algumas amigas dela, e as mostrava em todos os ângulos o anel de noivado dela. Achou aquilo tremenda bobagem, algumas amigas dela a olhavam com inveja e outras admiradas. Era isso o que a morena queria, atenção.
Desviou o olhar da janela, fechou o livro revirando os olhos pela a atitude da garota. Calçou uma sandália para não sair descalça e se dirigiu a um lugar que saberia que teria paz: a biblioteca.
A biblioteca era um lugar que a deixou confortável ao dar o primeiro passo dentro do cômodo. A iluminação contava com dois lustres, visto que o lugar era grande. As janelas tinham forma de abóbadas e eram de vidro transparente. Várias estantes de estendiam do chão até o teto nas paredes livres. Livros de várias cores, tamanhos, grossuras e assuntos ocupavam cada prateleira. O lugar tinha uma mesa de centro e várias cadeiras dispostas ao redor da mesa. Em um canto, tinha um lugar especial com várias poltronas e almofadas. Lyra sentiu um cheiro, que não sabia identificar, no ar.
Escutou alguém dizer ''Droga! '' e seguiu o som da voz até encontrar Regulus descabelado, um caldeirão e várias coisas espalhadas sobre uma mesa de vidro.
—O que aconteceu? —perguntou curiosa e preocupada ao mesmo tempo. Ele suspirou e limpou a boca do caldeirão pensativo.
—Estava tentando criar uma poção.
—Poção de que, exatamente? —se aproximou e pode ver o rosto do garoto mais de perto. Ele parecia ter passado a tarde toda ali pois o rapaz parecia esgotado.
—Eu pensei que, já que existia o antídoto para a Amortentia, poderia também existir para Veritaserum.
—Então você resolveu criar o antídoto, certo? —Teve a confirmação com um meneio de cabeça vindo dele. —Já tentou não levar as instruções ao pé da letra?
—Sim, já tentei —respondeu como se fosse óbvio. —Bolei outra forma de fazer, porém ainda não comecei. Estava tentando ver se a outra forma dava certo de alguma maneira.
—E por que resolveu fazer uma poção dessas?
—Não conseguia dormir e veio na minha mente essa ideia. —Deu de ombros, depois limpando a sujeira que tinha feito.
—Ah, sim —Foi o que somente conseguiu dizer. Sentou-se na cadeira, de frente a ele e continuou: —Vai tentar novamente?
—Ainda não —respondeu, suspirando. Ele parecia realmente estar cansado. —Preciso fazer algumas coisas antes do dia acabar. Isso fica para depois.
—Está livre para conversar comigo? —Batucou os dedos na capa dura do livro que segurava nas mãos.
—Sobre o que quer conversar? —retrucou, já tendo limpado a limpeza do caldeirão e guardando tudo em um armário. Limpou as mãos em um pano e tornou a se sentar.
—Qualquer coisa —respondeu, mordendo o lábio apreensivamente.
—Aconteceu alguma coisa. —ele observou, cravando seus olhos nela.
—Eu não estava podendo ficar no meu quarto —disse ela, olhando as estantes amontoadas de livros. Por que não fora naquele lugar antes? ela se perguntava. A biblioteca era um lugar calmo, sem qualquer barulho e um cheiro típico de pergaminho no ar. Nada seria mais calmo e confortável que aquilo.
—A julgar pelo livro que estava segurando quando entrou aqui, posso dizer que você estava fugindo de barulho. Estou certo?
Lyra ficara um pouco assustada. Pensara que ele mal tinha a notado, e ele tinha reparado que trouxera um livro. Talvez duvidasse que a atenção fosse algo presente na vida de algumas pessoas, e até esquecia que algumas eram mais observadoras que ela.
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Blood Moon (Marauders Era)
FanfictionLyra Rosier Black é a filha mais nova da família Rosier-Black. Difere-se muito das irmãs pelo fato de amar a vida e ver sempre um ponto positivo nas piores situações. Além da sua visão diferente da vida e o seu otimismo, não carrega a mesma crença d...