✦ ──『 03. JONAS ARARIPE 』── ✦
A noite com as garotas foi incrível. Nós nos conhecemos bastante, acredito que nunca havia rido tanto como ri com às duas, principalmente com Becky. Em um determinado momento, a loira dormiu e ficamos eu e Carla conversando sobre tudo. Ela me disse sobre o colégio, como tudo funcionava direitinho e em quem eu não devia confiar, nem dar bola ou coisa do tipo. Acabou que no final, ela colocou seu colchão no chão e nós duas dormimos lado a lado. Apesar de tê-las conhecido a praticamente uma noite, já as considerava minhas amigas. Esperava que fosse recíproco.
Como se diz Matheus & Kauan; o nosso santo bateu.
Tivemos que acordar cedo, e após vários resmungos, todas estavam prontas. Optei por uma roupa bastante formal, pois queria causar uma boa impressão. Becky foi correr, eu e Carla pegamos uma carona com Vicente, aproveitei para trazer as minhas malas. Teria que providenciar um carro urgentemente.
Segundo passo para independência.
Ao chegarmos no Colégio Elite Way, seguimos caminhos diferentes. Vicente foi resolver suas coisas de professor de literatura, Carla organizar seus pertences e se arrumar. Eu segui para a sala do diretor, seguindo as instruções de Carla. Aguardei por alguns minutos, até ser avisada que poderia entrar, pois, o Diretor me esperava.
Bati na porta e ao ouvir "entre", o fiz. Ao me avistar, seus olhos brilharam e estava explícito, bem grande, dois símbolos "$" em suas orbes.
— Helena Duarte. — ele disse se levantando da sua cadeira. Caminhei pela sala até estar frente a sua mesa, sua mão se estendeu em um comprimento que devolvi com firmeza.
— Diretor Jonas Araripe. — repeti seu gesto. Ele fez sinal para que eu me sentasse, assim o fiz.
— Então... O que te traz no meu humilde colégio? — perguntou também se sentando, seu tom amistoso e interessado.
— Como sabe, meu pai sempre prezou bastante pela minha educação e não há como negar que o seu humilde colégio é um dos melhores, não... O melhor nesse quesito. — seu sorriso se alargou, tive que segurar a vontade de revirar os olhos, mas se quisesse estudar aqui, precisaria bajulá-lo.
— Bom... — começou, "sem jeito" com os elogios. — Não é nenhuma mentira. Que dia seu pai irá vir para resolvermos essa questão?
— Temo que esteja equivocado, Doutor Jonas. — respondo vendo seu olhar confuso. Odiava usar esse tom extremamente formal, mas parecia fazer parte de mim a minha vida toda, não conseguia me livrar dele de uma hora para outra, e até que é bem útil, às vezes.
— Não estou entendendo, Senhorita Duarte. — disse, arqueando as sobrancelhas.
— Ninguém irá vir, Doutor Jonas, porquê eu já estou aqui. — ele soltou um riso incrédulo, sem acreditar em minhas palavras. — Gostaria de fazer minha matrícula.
— Bom... Como você bem sabe, a maioridade e responsabilidade é um dos-
— Eu sou responsável por mim mesma. — o corto, abrindo minha bolsa e pegando uma cópia da documentação da minha emancipação, logo colocando em cima de sua mesa. Curioso, abriu a pasta amarelada. — Sou emancipada.
Sua expressão surpresa me agradou, mas a próxima não.
— Você compreende que o está me pedindo é um absurdo, entrar no meio do ano letivo. — e as desculpas começaram. Esperava não ter que usar meu último recurso, mas já que ele não colabora.
— Doutor Jonas. — falei, chamando sua atenção e fazendo-o se calar. — Mesmo sendo responsável por mim mesma, meu pai não gostaria de saber que por um motivo sem importância, fui recusada em seu colégio. E você sabe... Dinheiro não é problema para mim, espero que para você também não.
— Claro, claro. — respondeu, sem jeito. — Vamos resolver isso agora mesmo.
E no final, tudo deu certo. Fiz minha matrícula, paguei minha mensalidade do restante do ano e como uma taxa pela sua generosidade por me aceitar no meio do ano letivo, também paguei a quantidade referente ao começo do ano quando eu não estava aqui. Ou seja, um ano de mensalidade paga á vista.
— Foi um prazer fazer negócios com o senhor, doutor. — me levanto da cadeira e aperto sua mão em cumprimento. — Meu pai irá saber disso.
— Digo o mesmo. — responde, satisfeito.
Saio da sua sala sorridente por essa vitória. Mal podia esperar para contar a novidade para as meninas. Caminhando pelos corredores, os alunos me olhavam curiosos, cochichavam entre si e apontavam dedos. Não me importei, apenas segui meu caminho, do qual eu nem sabia para onde estava indo, embora andasse sem rumo, esperava encontrar um rosto conhecido.
Ao dobrar o corredor, avisto três pessoas. Uma bastante conhecida por mim.
Assim que ela me vê, caminha a passos largos em minha direção, com os dois atrás de si, confusos. Todas as pessoas no corredor pararam tudo o que faziam para observar a cena.
Ela para em minha frente cruzando os braços, e como somos do mesmo tamanho, ficamos cara a cara.
— Helena Duarte.
— Roberta Messi.
¶| etchaaaaa, será o que vem por aí??
¶| o que estão achando??
¶| será q no próximo capítulo tem a Helena conhecendo o Pedro?? hmmm
¶| votem e comentem, plisss
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𓍢 *݂ 𝅄 !SUAS LINHAS, pedro c.
Não Ficção▋REBƎLDE ▋ ❛rebelde, chegou a minha vez... o que sou ninguém vai mudar.❜ Falta de dinheiro nunca foi uma questão a ser pensada para Helena Duarte, em seus pensamentos, conta bancária transbordando é igual a problemas transbordando. De fato, pro...