I'm not leaving.

Estaremos juntos para sempre, Lan Zhan!

Na manhã seguinte Wei Wing acordou sozinho no quarto e a cama estava de certa forma quente, o que dizia que Lan Zhan saiu dali à pouco tempo. Ele sentou na cama sentindo um leve desconforto, o que o fez rir, lembrar-se da noite anterior era sempre uma das melhores partes da manhã. Com os olhos agora abertos e um pouco mais desperto, Wei pôde notar a banheira no meio do quarto, ele riu novamente lembrando de todas as vezes que Lan Wangji havia quebrado alguma banheira e sempre precisava ver o rosto de envergonhado quando a ficha finalmente caia para a segunda Jade.

Ele nunca, em todas suas duas vidas, poderia imaginar que teria uma vida tão calma e feliz como estava tendo agora. E melhor: casado com aquele que ele acreditava odiá-lo. Era de certa forma, cômico acreditar nessa nova e bela realidade. Caminhando devagar pelo quarto ele olhou para a janela e sentiu uma leve pontada de timidez. Há se alguém os tivesse visto ontem a noite, a imagem de Lan Zhan estaria ainda mais manchada por causa de Wei Wuxian. Ele ainda criou pensamentos negativos quanto à sua relação com Lan Zhan, nunca sem saber dizer se ficar com o outro tinha sido a escolha certa para ele. Algumas vezes as palavras de Lan XIchen soavam em sua cabeça, deixando-o triste, mas era só sentir o calor do abraço de Lan Zhan que todos os pensamentos ruins desapareciam como mágica.

Era o que acontecia agora. Lan Zhan o estava abraçando de forma carinhosa, o rosto enterrado no pescoço marcado do marido. Marcado por ele, pelos seus dentes, seus beijos. Era com certeza o paraíso, depois de tantos anos buscando por uma alma sem resposta, não escondendo seu amor de ninguém, mas sem poder entregá-lo para a pessoa amada, a felicidade precisava fazer parte do resto de suas vidas.

– Acordou mais cedo do que eu acreditava.

– Meu bom Lan-ge, eu não sou tão preguiçoso assim.

– Hm, A água está pronta.

– Para quê?

– Para o banho do não preguiçoso.

– Mas Lan Zhan, hoje nem é sábado!

– Banho.

– Lan-er gege...

– Banho.

Wei fingia está chateado e se arrastava até a banheira, queria fazer birra e dizer que não entraria ali agora, pois estava muito cedo. O sol ainda não havia aparecido completamente mesmo. – Vai tomar banho comigo?

– Já tomei.

– O quê?! Como se atreve a tomar banho antes de mim numa manhã tão preguiçosa como essa?

– Pensei que não fosse preguiçoso.

– Não sou! O sol que é.

– Certo, vamos não nos importar com o sol agora. Banho, você precisa se limpar.

– Vai me dar banho?

– Hm.

Wei finalmente entrou naquela grande bacia de madeira sem as roupas, tiradas por Lan Zhan, e se encostado no marido. A segunda Jade lavava todo o corpo do outro, dos cabelos aos pés, nas áreas que para outros poderiam ser consideradas íntimas, mas eram tão dele quanto do próprio dono. Ele controlava sua força para não machucar o amado, tentava fazê-lo relaxar.

– Lan Zhan, agora me lembro! Você disse que cantaria para mim noite passada e não o fez! Que feio, mentindo para mim depois de tanto tempo juntos.

– Posso cantar agora se quiser.

– Faça isso enquanto lavar meus cabelos, sim?

E assim ele o fez. Acariciava cada fio de cabelo de Wei Wing com carinho enquanto cantarolava a música que havia escrito para ele, a música que levava o nome dos dois, a história deles. Assim como Wei havia dito uma vez, se alguém perguntasse, ele poderia contar como a canção surgiu. E sem vergonha alguma diria, com cada palavra, que fez aquela linda composição enquanto estava perdido em seus próprios pensamentos, sonhando acordado com o homem pelo qual era apaixonado. Wei tinha quase cochilado novamente quando recebeu um beijo na testa de Lan Zhan.