Capítulo - 08 - Cicatrizes

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- Contribuir com vocês? - Vincent se virou para ele, do que está falando?
- Senhor Tanner, o senhor é uma peça fundamental nesse quebra-cabeça, precisamos de você ao nosso lado. - Ele caminhou até chegar perto o suficiente para cochichar no
ouvido de Vince. - Até, porque, o senhor apagou alguns de nossos homens, nada mais justo de substituí-los...
Vince arregalou os olhos. " Como esse desgraçado sabe?"
- Se eu negar, o que acontece?
- Se o senhor negar, essa será a última vez que irá ver sua mãe, e provalmente sua linda irmãzinha também.
Vince franziu o cenho e o encarou com um olhar assustador
- Se você ousar tocar em alguma delas, eu te mato!
O homem sorriu. - Se não quer que nada de mau aconteça com elas, basta você aceitar minha proposta. - Ele estendeu a mão. - O que me diz?
Vince olhou para a mão do homem e pensava em alguma forma que poderia sair dessa situação . " Droga, esse filho da puta está ameaçando a minha familia, não vou conseguir
levar isso na barganha", ele respira fundo, e aperta a mão do homem completamente desgostoso com a situação.
- Eu aceito entrar para a facção, agora quero solte minha mãe. e chega de ameaças.
O homem riu ironicamente. - Não é bem assim que funciona por aqui, você ainda vai ser testado, antes de solta-la, preciso ter certeza de sua lealdade, ela continuará presa
até que nosso Líder queira solta-lá, então é melhor andar na linha
Senhor Tanner. - Ele entregou uma moeda dourada com um símbolo estranho, porém Vincent já havia visto, na Inglaterra, esse símbolo era bem comum.
- Te vejo amanhã a noite, para a sua iniciação, Senhor Tanner, está liberado.

Diana Merculy ON

Diana olhou os carros indo e vindo pela Blitz que ela e os seus companheiros faziam.
- Que vai fazer hoje a noite? - Ethan disse chegando perto dela com as mãos dentro do bolso das laterais da farda da policia.
- Vou dar aula na acadêmia.
- Você não pode faltar um diazinho não?
Diana olhou estranho para ele. - Faltar porque?
- Para a gente sair, você disse que iria pensar.
- Ethan! - Diana disse com uma certa agressividade na voz. - Já não bastava o Scott, agora você também?
- Que? - Ethan franziu o cenho. - Scott também te chamou para sair, ele não é casado?
- Pois é, chamou, e a resposta que eu dou para você, é a mesma que dei para ele,"não".
Ethan mordeu os lábios com vergonha pelo fora, até que Diana
revirou os olhos e saiu de perto, foi ver um carro que o outro policial, tinha mandado encostar.
- Boa noite, Sai do veículo devagar por favor, e me mostra a Carteira de Motorista.
O homem saiu de dentro do carro, enquanto isso, ela passou a olhar ao redor, outros carros parando no acostamento.
- Que está acontecendo? - Ele disse entregando a carteira.
- Fomos notificados, que um carro roubado está com carga de drogas, se você estiver limpo, está tudo certo.
- Vai ter revista? - Ele disse sorrindo para ela. - Quero uma revista, Oficial. - Ele dizia maliciosamente. - Revista, por favor!
Ela encarou o rapaz, olhou a carteira, viu que estava tudo certo com o carro, assoviou chamando o amigo. -Tonhão, o cidadão aqui quer uma revista bem firme.
O homem olhou assustado para o outro que ela havia chamado.
- Espera ai!
Antonio chegava com um sorriso pelo canto de boca, a passos largos
o homem era enorme, com a roupa bem apertada quase estourando os
botões, sua bota tamanho 46 pisava forte que chegava a ranger a sola.
- Ei espera ai, policial. - O homem dizia assustado, Diana sorriu para ele e foi caminhando até o próximo carro, enquanto ouvia o homem no fundo reclamar.

....

Diana abre a porta de casa depois de um longo dia, ela sente seus ombros caírem e se sente finalmente em um
porto seguro, o único momento do dia, em que pode abrir sua guarda.
- Porque não atende esse telefone? - A mãe dela de pijama já a recebia indignada com os braços cruzados.
- Eu avisei que estava indo para o batalhão, estava em operação mãe, não podia anteder.
- Pelo menos avisasse sua mãe, estou aqui, com os olhos pregados, esperando você chegar.
- Você sabe mãe, quando vou para o batalhão, não tenho hora para voltar, achei que tivesse se acostumado com isso.
- Como que se acostuma com isso minha filha? Sabendo que você está correndo risco de se ferir a qualquer momento, escolher outra profissão mais tranquila, para tranquilizar
sua mãe, não quis, né?
- Não, não quis, é isso que eu gosto, de fazer, colocar vagabundo na cadeia. - Ela jogou a bolsa no sofá,
tem janta ainda?
- Tem sim, só não está quente.
- Não tem problema.
- Foi tudo bem, hoje?
- Foi. - Diana colocava a sua comida no prato para comer.
- Você nem acredita quem eu conheci hoje.
- Quem?
- Vincent Tanner.
- Aquele milionário que voltou para a cidade, e você resgatou?
- O próprio.
- E Ai?
- E ai. - Ela fez um careta como se não tivesse sido grande coisa. - Ele me deu uma carona até o batalhão, a gente teve uma conversa bacana, acho que eu o interpretei mal.
- Quem te viu, quem te vê em. - A mãe riu. - Você sempre diz que tem um faro aguçado para homem, e, sabe quando o cara não presta, briga com todos os meus namorados, e já tinha batido o martelo de que ele não era nada demais, e agora está voltando atrás é?
- Voltando atrás não, só disse, que ele não era tão ruim, e é só isso, eu e ele nunca vai rolar nada, só disse, que...ele foi...gentil.
A mãe dela olhou com um olhar desconfiada, sorriu e foi para a cama. - Boa noite, querida.
- Boa noite, mãe.
Diana caminha até o banheiro para tomar um banho quente e relaxante, depois de um longo dia de trabalho. Ela entra no chuveiro e olha a marca que Owen James, havia deixado em seu braço, marca essa que ela havia escondido da mãe desde que entrou, não queria que ela soubesse que tinha encontrado com ele hoje, ela iria ter
um ataque.
Diana deixou a água cair no seu corpo, e se lembrou do que Vincent havia dito a ela. " Porque permitiu que ele fizesse isso com você, e não o atacou como fez comigo?". Diana não sabia responder essa pergunta, porque o olhar e a voz daquele homem ainda continuava a intimidar tanto, faz tempo desde que eles se envolveram mas parecia que as cicatrizes que ele havia deixado, era tão grande que mesmo depois de anos, ainda a machucava.
Depois do banho e da janta, Diana fora se deitar, entrou no quarto
e a conversa com Vincent no carro, a deu uma boa sensação de nostalgia,
ela pegou um porta retrato da sua escrivaninha, com uma fotografia
de seu pai com ela no colo. Ela sorriu ao ver a foto, e lembrava o quanto tinha sido feliz nessa época. Se deitou e a primeira coisa que veio a sua mente, foi Vincent, ela não sabia explicar o porquê, mas ele estava tão vivo em sua memória. " Diana, ele
continua sendo um idiota, não é só porque ele foi legal hoje que alguma coisa mudou, não mesmo". Ela se virou para o lado e se forçou a dormir, tirando Vincent da cabeça...

Obsessão Possessiva (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora