04:00 horas - Terça-feira
Distrito 07- Levanta Johnny.
- Já está na hora pai?
- Sim.
O jovem Johnny Harrison caminha até a cozinha onde vê seu pai tomando café, um homem alto e forte. Seu nome é Jeorge Harrison, ele tem 45 anos e trabalha desde os 15 anos como lenhador no Distrito 07. Há um ano Johnny vem aprendendo o ofício de cortar árvores para construir casa e outras coisas.
- Se alimente direito, temos muitas árvores para derrubar hoje.
- Pode deixar pai
- Bom dia querido, bom dia filho.
- Bom dia querida.
- Bom dia mãe.
Emylie Crenshaw Harrison, tem 34 anos e é mãe de dois filhos, além de Johnny ela tem um menino de 8 anos chamado Etthan. Emylie trabalha como cosinheira há 5 anos em uma pousada a 3 quilômetros de sua casa.
- Minha roupa está pronta?
- Vou providenciar agora mesmo querido.
- Eu pedi isso ontem a noite!
- Desculpe querido.
Emylie se levanta da cadeira e vai até o quarto. Depois de passar, ela entrega sua roupa de trabalho. Ela usava uma barra de ferro aquecida na lareira para passar as roupas.
Johnny e Jeorge terminam de tomar café e saem da casa. Elem tinham um cavalo que herdaram do avô de Johnny após sua morte. Um belo garanhão negro. Eles usam o cavalo para ir ao trabalho.
Os Harrison moravam no alto de uma pequena colina com várias arvores em volta. Alguns animais moravam por perto. Muitas vezes Johnny e seu pai tiveram que matar alguns para garantir o almoço, ou a janta.
Depois de 13 quilômetros de viagem eles chegam no local de trabalho. Muitas árvores os agurdavam. O horário de trabalho era das 06:00 às 18:00. Essa grande carga horária de trabalho deixava Johnny cada vez mais cansado.
A contagem de horas trabalhadas eram feitas em um grande livro de registro.
- Johnny, corte aquelas cinco - diz Jeorge apontados para as árvores à sua esquerda - quando terminar me chame.
- Harriso! O patrão quer falar com você! - grita um dos lenhadores.
Com um movimento Jeorge enfinca seu machado em um toco de madeira e vai até o gabinete do patrão.
- Mandou me chamar patrão?
- Jeorge... Jeorge... Jeorge. Sabia que faz cinco ou seis noites que eu não consigo sentar para contar uma história para minha filha antes dela dormir. E isso está acontecendo por um único motivo.
- Por qual?
- Por sua causa e pela sua falta de compromisso em pagar as sua dividas!
- Mas senhor Brittle, eu lhe disse que pagarei assim que possível.
- O seu possível não é o bastante.
O senhor Brittle se levanta da cadeira e acerta o Joelho de Jeorge com um pedaço sólido de madeira que tinha em mãos. Jeorge cai no chão. Logo em seguida ele começá a tentar se levantar. Brittle acerta a madeira em suas costas e depois em seu rosto fazendo Jeorge virar o corpo. Brittle se abaixa perto de Jeorge.
- Eu sempre soube que você era um covarde, um fraco, mas não sabia que era um caloteiro.
- T... Três... Me dê três dias - diz Jeorge mal conseguindo pronunciar as palavras.
- Eu te dei três meses e você não me pagou. Porque você me pagaria derrepente?
- P... Por favor
- Tudo bem então, só para você ver o quanto seu patrão é um homem justo, mas depois disso acabou. A não ser que você prefira que eu faça uma visitinha para a senhora Harrison - Brittle solta um sorriso diabólico.
- Não envolva ela nisso
- Por que não? Afinal ela é motivo de tudo isso.
- Ela não teve culpa de ter ficado doente.
- Isso não me importa. Você tem três dias. Agora saia daqui!
Caminhando cabisbaixo para que não percebam seu olho machucado Jeorge volta ao trabalho.3 dias depois - Sexta-feira
07:34Cabeça escostada na cadeira. Fumando charuto. Bebendo uísque e lendo o livro de registro dos seus funcionários. Era assim que se costumava ver o patrão Brittle, e hoje não foi diferente.
O patrão escuta alguém bater na porta.
- Entre.
O seu melhor lenhador entra pela porta com uma bolsa de couro em seu ombro e um olho ainda inchado.
- Que prazer em revelo Jeorge! Suponho que tenha trazido meu dinheiro.
- Sim patrão
- Muito bem... agora me dê.
Jeorge caminha até o patrão e lhe entrega a bolsa de couro. O senhor Brittle coloca a bolsa na mesa e depois se vira e abre um cofre que fica fixo na parede atrás de sua mesa. Em seguida ele pega a bolsa e a abre. Dentro dela tem um pequeno saco de pano. Brittle pega o saco e se vira em direção do cofre.
- Esse saco está meio leve.
Antes de guardalo no cofre o patrão abre o saco.
- O quê? Só tem pedaços de madeira aqui dentro - diz Brittle sem se virar para Jeorge - eu te avisei Harr...
Suas palavras de ameaça são interrompidas. Brittle sente algo penetrar sua garganta e fica sem reação. Suas pernas ficam bambas e ele cai no chão. Seu pescoço jorra sangue.
- Se... Seu... Desgraçado. Você... Você me furou com uma... Com uma faca.
- Você me obrigou. Eu não queria isso. Você me obrigou!
Enquanto Brittle derrama todos seus litros de sangue no chão de madeira Jeorge vai até o cofre. Ele pega todo o dinheiro e coloca em sua bolsa de couro. Ao total 350 moedas. São 250 Dracmas de prata e 100 de ouro. Essa quantia equivale a mais de um ano de trabalho.
Jeorge põe a bolsa em seu ombro e sai pela porta. O nervosismo toma conta de sí. Ele caminha com as pernas trêmulas até seu filho Johnny que está derrubando uma árvore.
- Johnny.
- O que foi pai?
- Precisamos sair daqui.
Johnny olha para seu pai e percebe o medo em seus olhos.
- Agora!
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Os cinco reinos
PertualanganNum passado muito distante o mundo era divido em cinco reinos. Reino da Água Reino da Folha Reino do Fogo Reino do Ferro Reino do Ouro Cada reino era formado por 5 distritos. A ordem era do distrito 1 ao 25, iniciando no reino da Água até o rei...