Nosso babá, Zhou Zishu - WenZhou

Capítulo 6 - A velha Hiyori

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Minutos depois ele saiu do seu quarto, vestido com a roupa que achou mais apresentável e confortável possível. Decidiu procurar pela tal senhora Hiyori. Andando pelo corredor onde seu quarto ficava, ele deu de cara com uma moça aparentemente jovem, na casa dos vinte, vestida com um uniforme, empurrando um carrinho com produtos de limpeza, ela pareceu estranhar ao ver aquele homem que nunca havia visto na vida perambulando por ali com tranquilidade.

Zhou Zishu percebeu, e aproveitou o momento para se apresentar a moça e perguntar onde poderia encontrar Hiyori.
Aquela pessoa parecia ser realmente agradável, aliás, todos com quem falara naquela manhã tinham sido extremamente legais consigo. O que era muito bom.

Li Ming, como se chamava a jovem funcionária, se mostrou ser uma pessoa muito tagarela, pois nos minutos em que Zishu puxou conversa, ela não parou nenhum segundo, sempre fazendo perguntas e respondendo com uma rapidez e dicção de causar inveja.

Em menos de dez minutos Zhou Zishu já conhecia o nome dos empregados, o que eles exerciam, e mais uma boa quantidade de informações desnecessárias que esqueceria em alguns dias. E o principal, onde poderia encontrar a senhora Hiyori.

Pelo que soube da jovem, Hiyori trabalhava naquela casa desde quando ela ainda pertencia aos avós de Wen KeXing, era uma velha beirando os noventa anos que cuidou dos pais do Wen, e do próprio. Rabugenta, mandona e secretamente amorosa. Era algo como uma cozinheira chefe, que tomava conta de Gu Xiang e Cheng Ling quando suas babás costumeiramente se demitiam depois de passarem pelas mãos da primogênita do Wen. Li Ming também lhe falou sobre acreditar ter uma rivalidade entre a velha cozinheira Hiyori e a governanta Hao Gong, mas eram apenas rumores que rolavam entre os funcionários da casa.

Sua conversa com a moça deu-se fim quando um outro funcionário apareceu lhe dando bronca, eles pareciam ser íntimos pois metade de seu diálogo era composto por palavrões, ambos eram jovens.

Zishu se despediu deles, procurando pela cozinha onde supostamente encontraria Hiyori ameaçando jogar a cabeça de algum pobre funcionário em uma panela de água fervente.

Ele reparava nos cômodos em que passava, Zishu era bom em reparar detalhes e memorizar eles, e era meio irônico ele esquecer de outras coisas, mas consegui lembrar de lugares e objetos tão facilmente.
Aquela habilidade o ajudava em muitas coisas, a mais importante delas, não se perder.

Você está em uma cidade totalmente diferente, grande e que nunca visitou antes, imagine que você está na rodoviária dela, então você vai a uma loja longe dali e precisa voltar à rodoviária novamente.

Existem pessoas que vão encontrar dificuldade em voltar, por não lembrar exatamente o caminho certo, iriam pedir ajuda a um estranho qualquer que passa por ali ou simplesmente abrir o GPS.
Tem as que entraram em desespero por estarem perdidas.
E outras que terão zero dificuldades em voltar, elas lembram exatamente qual caminho precisam tomar.

Zhou Zishu é a última, por incrível que pareça.

Quando encontrou a cozinha, ele entrou naquele cômodo, primeiro imaginou que estaria com uma energia caótica, pessoas correndo de um lado para o outro enquanto uma senhora gritava ordens.

Mas o que encontrou foi a mesma senhora que imaginou, baixinha, os cabelos brancos presos em uma trança desarrumada, avental, de frente a um fogão mexendo uma panela. Não tinha nada caótico ali. Parecia até tranquilo demais para tudo o que ouviu da velha.

Zhou Zishu paralisou por alguns minutos tentando imaginar como começaria uma conversar com a senhora sem assustá-la, não conseguiu imaginar nada pois logo a voz ríspida e desgastada devido a idade tomou conta da cozinha.