Nosso babá, Zhou Zishu - WenZhou

Capítulo 7 - Os pirralhos do Wen.

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Meia hora havia se passado desde que Hiyori dava instruções e avisos ao Zhou, Xie que também estava ali presente, parecia mais interessado em suas longas unhas vermelhas do que nas palavras da senhora em si, até porque ele estava ali por causa de Zhou Zishu, a ladainha de Hiyori era o menor de seus problemas.

— Acabou? — O dono da impaciência, Xie'er, indagou quando a voz da velha cessou. 

— É isso, garoto. — Hiyori disse por último a Zishu, a velha se levantou com um pouco de dificuldade de onde estava sentada apenas para puxar a orelha do senhor impaciente, o rapaz massageou a orelha dolorida e resmungou em resposta vendo a cozinheira indelicada se afastar deles, deixando de brinde um Zhou calado, perdido em seus próprios pensamentos. 

Pensamentos esses que rodeavam em apenas uma coisa, "onde diabos eu me meti?" 

— Arrependido? — Xie'er ignorou a dor, ele sentou-se na cadeira ao lado de Zishu e perguntou, estranhando a expressão vazia do homem. 

— Não. — Zishu foi simples em sua resposta, não costumava se arrepender de suas escolhas por pior que elas fossem.

O rapaz Xie'Er assentiu calado, cruzou suas pernas e disse firmemente: — As crianças devem estar chegando, vocês vão se dar bem. 

Zhou Zishu suspirou, tentando controlar o seu nervosismo, o que só aumentou quando Hiyori voltou a aparecer avisando sobre os pirralhos do Wen estarem na sala. 

Ele parou por um instante, como se tivesse escapado do seu próprio corpo naquele momento e não conseguisse fazer a tarefa de levantar-se da cadeira, foi só depois que Xie'er, que já lhe esperava para seguirem até a sala chamou, que Zishu arranjou uma coragem que nem mesmo ele sabia que tinha, e seguiu o outro rapaz.

Quando Zishu chegou nos últimos degraus da escada acompanhado de Xie'er, ele conseguiu ouvir uma voz infantil vinda da sala, animada e extravagante, como ele imaginou que crianças deveriam ser, então soube rapidamente que aquela seria Gu Xiang.

A primeira coisa que Zishu mirou quando finalmente chegou ao cômodo foi uma garotinha com uniforme escolar vermelho, ela tinha o cabelo preso em um rabo de cavalo alto e uma empolgação sem igual enquanto contava ao Theodor sobre seu dia. 

— E aí eu ameacei aqueles idiotas e eles pararam de incomodar ela, acredita tio? — A menina dizia, orgulhosa pelo seu feito.

Theodor, que segurava no colo um bebê adormecido, não pôde deixar de lançar um olhar de repreensão na direção da menina Gu. 

— Gu Xiang, ameaçou seus colegas novamente? Esqueceu sobre o que falamos antes? — Ele disse, um tom de voz que parecia acostumado com aquelas situações.

A menina pôs as mãos na cintura e então explicou a situação, gesticulando enquanto dizia: — Mas tio, foi por uma boa causa! Eles estavam intimidando aquela menina, você sabe como eles sentem medo de mim, né? Eu nem cheguei a bater neles. 

Theodor levou sua mão desocupada para a cabeça da menina, acariciando-a ali.

— Sei, sei. Nada de ameaçar os colegas da próxima vez, ok? Fale com seus professores se isso voltar a acontecer. — Ele dizia, mesmo sabendo que Gu Xiang repetiria o ato independente de avisos ou não.

— Tá bom, já entendi!
 
Theodor riu do bico que a menina fez, logo Gu Xiang voltou a tagarelar, o que foi interrompido quando Xie'er chamou a atenção com sua voz alta: — Aí está a pirralha encrenqueira. — Xie disse.

— Tio Xie! — A garota correu para os braços do tio, ainda sem perceber o outro indivíduo ali. — Veio me ver? — Ela indagou sorridente.

O rapaz riu, e negou.
— Te ver? Aya, claro que não, eu vim ver o seu babá. — Ele disse apontando para o homem calado ao seu lado.