Chance To Change - Manjiro Sano

4. Capítulo

Os braços de S/n ao redor da cintura de Baji que estava a pilotar sua moto a procura de Mikey. Os dois haviam ido a casa dele, porém não o encontraram lá, foram até o cemitério onde o irmão do rapaz estava enterrado, mas ele também não estava lá, já que o garoto costumava estar lá, quando estava em momentos difíceis como esse, então só havia um lugar que ele podia estar e ela sabia muito bem onde era. A morena guiou seu amigo até o local, onde possivelmente ele estaria. 

Baji estacionou a moto em frente a um parque vazio e quase abandonado, parecia que não se ia crianças ali a algum tempo já. Logo a frente avistou a CB250T de Mikey que estava estacionando mais a frente, a menina passou seus olhos pelo local a procura do garoto, ela avistou o loiro que estava sentado em um banco, com sua cabeça tombada para trás e olhos fechados, enquanto o vento soprava seus cabelos o fazendo parecer tão sereno daquela forma. A menina passou um tempo ainda sobre a moto observando o loiro de longe, se perguntando o que se passava na cabeça dele naquele exato momento, se algo o perturbava para ele estar ali, de todos os lugares possíveis.

- Obrigada por me trazer até aqui, Baji. – A garota se apoiou nos ombros do moreno, para assim poder descer da motocicleta. Assim que percebeu que estava a muito tempo olhando para o rapaz.

- Quando você vai o contar? – Ele perguntou a menina, que estava parada ainda ao lado dele. Ela o olhou confusa sobre a pergunta que a fizera naquele momento. O moreno queria que a menina desabafasse logo, contasse o que sentia pelo loiro de uma vez, porque ele sabe o quanto ela gosta dele. 

- Eu vou o dizer sobre ter ido ver o...

- Não! Você sabe que não e sobre isso, S/n. – ele a interrompeu, pois ele acreditou que ela sabia muito bem do que ele se referia. – Quando vai dizer o que sente por ele? Por quanto mais tempo vai guardar isso? – um suspiro saiu dos lábios da menina, agora entendendo aonde seu amigo queria chegar com todo aquele papo, mas ela não sabia realmente se algum dia o diria, se algum dia iria revelar o que sente ao Mikey.

- Eu não sei, Baji. Talvez eu nunca o diga, pois não quero estragar nossa amizade e sinto que esse meu sentimento estragaria. – Baji olhava sua amiga, que tinha sua cabeça baixa e tristeza evidente em seu olhar. Ele sabia que só descobriu sobre ela gostar do loiro por um descuido dela, porque se não fosse por isso, ninguém nunca saberia sobre seus sentimentos pelo rapaz. Ela levantou sua cabeça, mudando sua expressão ao encarrar o moreno. – Me prometa mais uma vez não contar a ele, prometa não contar a ninguém.

- Eu prometo. – Murmurou o moreno. A garota esticou seu dedinho para ele cruzar com o dela, a fazendo sorrir com isso, e ele retribuiu o mesmo sorriso, revelando suas presas ao fazer isso.  – Vou ir encontrar Chifuya, até porque você não precisa de mim aqui para conversar com ele.

- Sim, daqui eu assumo sozinha. – disse a garota, que se despediu de Baji com um beijo na bochecha dele, logo depois o viu sumir em cima de sua motocicleta pela estrada.

A menina se sentia ansiosa agora, por ter ficado mais uma vez a sós com Mikey, em um lugar completamente vazio ainda por cima. Ela ainda não sabia bem o que o dizer, pois era uma situação diferente de que eles estavam acostumados a lidar, nunca foi algo tão fudido como esse. Mas de uma coisa ela sabia, que é dar um jeito de Draken e Mikey fazerem as pazes, pois dessa vez não envolvia só eles, como a gangue em si.

Já o loiro por sua vez estava com sua cabeça um turbilhão de pensamentos, não sabia mais o que fazer, não sabia mais o que pensar. Ainda parecia um sonho dele ter voltado ao passado, o sonho do qual ele nunca acordou. Ele ainda se sentia estranho em relação a tudo isso, mas só que agora algo estava diferente. O passado do qual lembra não era assim, não era para muitas das coisas estar acontecendo, o fazendo se perguntar onde que tudo mudou, onde que as coisas começaram a ocorrer de forma diferente. Ele se viu pensando que talvez o futuro já fosse mudado, que a garota poderia estar viva! Só que algo o dizia que as coisas não foram resolvidas ainda, que talvez até poderiam ficar pior.