Doce vingança

Tinha tudo para dar errado mas...

Boa leitura amores! Está revisado mas pode ser que encontre erros.

Se passaram três anos desde então, Eren passava o Natal com os pais como forma de repor o tempo perdido em família, mantinha contato com seu irmão mais velho, Zeke, tinha formado uma linda família, composta por sua esposa Nabada e suas duas filhas gêmeas, Nia e Nakia, completamente opostas em personalidade mas idênticas fisicamente, as conheceu por vídeo chamada, agora vivia recebendo mensagens das sobrinhas e escutava os áudios com um sorriso, quando elas o chamaram de “tio Eren”.

Perdido em pensamentos sobre a pequena reviravolta que sua vida deu, achou estranho não ver a padaria da esquina, percebeu que entrou na rua errada e tarde demais se deu conta que não estava sozinho.

Seu lobo interior uivava em alerta com a grande quantidade de feromônios era grande e cheiro picante fazendo Eren se encolher em reflexo, sentindo um gosto amargo na boca e infelizmente alguns hábitos eram difíceis de largar. Mesmo procurando manter a calma sentia-se nervoso e sentia sua mão tremer, a apertou dentro do bolso para que não aparentasse seu estado. 

Calmante deu a volta como se tivesse esquecido algo, e tentou ignorar a presença mas quando estava quase dobrando a esquina certa, foi surpreendido.

"É um assalto!" suspirando pesadamente o castanho observou o homem muito mais forte que ele mostrar o objeto metálico para coagi-lo a cooperar.

"Passa tudo!" a ordem no tom alfa fez Eren se encolher de leve. As imagens da discussão de anos atrás passaram como um filme diante dos olhos do Yeager, ao ver aquela faca após escutar a ameaça. 

Entretanto, ele não teve chance de reagir quando um toque preocupado passou por seus ombros.

"Amor porque você foi na frente! Não me escutou te chamar?" numa pergunta retórica foi puxando Eren para trás acenando para que fosse em direção da esquina movimentada da qual ele veio, ignorando momentaneamente o assaltante.

O estranho olhou nos olhos do homem ignorando o posse da arma cortante que em forma de reflexo repetiu.

"Não escutou cara, passa tudo!" o desconhecido deu-lhe um gancho na mandíbula de forma rápida antes que o assaltante percebesse que estava no chão.

"Eu ouvi na primeira vez sua merdinha" disse com raiva para o homem no chão que inutilmente tentou levantar, recebendo um chute no saco escrotal, fazendo o se encolher e grunhir devido a dor.

Voltando-se para Eren apertou o ombro dele, sentindo tremer preocupado com o estado de choque do castanho o desconhecido começou a falar.

"Precisa aprender a se defender, nunca demonstre medo na presença de merda desse tipo de gente não importa a classe." Não se importando em chutar o assaltante mais uma vez antes  de puxar  o de olhos verdes para a esquina que ele perdeu.

 Eren saiu de seu transe nervoso quando percebeu para onde estava indo, seguindo o baile deixou-se ser conduzido ainda nervoso demais para falar.

Entraram na padaria e confeitaria que, incrivelmente, estava aberta e o homem conduziu o ômega para se sentar longe da janela perto do balcão, fazendo o pedido de dois chocolates quentes para se aquecerem.

Eren ainda sentia o toque em seus ombros, foi firme, e parecia uma mensagem de que tudo ia ficar bem. 

Ele observou o desconhecido que o ajudou, ele tinha a sua altura, talvez um pouco mais baixo, não dava para saber muito sobre sua estrutura corporal pois ele usava um moletom bem largo com detalhes de seis cores realçadas pela cor preta e uma calça de mesmo material e cor mas sem o detalhe,  e sem a penumbra do beco percebeu o cabelo de duas cores e estava com uma bolsa de ginástica transpassada por seus ombros.

Ao se sentar de frente para Eren, que ainda avaliava a presença e seus atributos de seu salvador, o castanho quase pulou da cadeira quando o homem tocou suas mãos que, sem perceber, deixou-as em cima da mesa. 

O toque foi gentil e os olhos castanhos mostravam preocupação, e mesmo aparentando ter uma pose à manter mesmo que fizesse Eren pensar que ele era um idiota num primeiro momento, não sentia medo, ainda mais ao sentir os feromônios que exalavam dele, o homem era um ômega como ele.

"Tudo bem? Você não disse nada…" tentando iniciar um diálogo com Eren o bicolor retirou sua mão pois o castanho de olhos verdes parecia desconfortável.

"Eu… me desculpa, é que aconteceu tão rápido…" a voz do Yeager não passava de um sussurro, clareou a garganta antes de continuar. " Obrigado a propósito, por me ajudar."

Fitou os olhos do homem com gratidão, nem queria pensar o que aconteceria se ele não aparecesse, nem queria pensar nessa hipótese, mas levou Eren a pensar como ele sabia?

"Bem como você sabia que eu precisava de ajuda…" verbalizando sua dúvida apertou ainda mais suas mãos juntas sobre a mesa decorada de forma que parecesse fofa, também percebeu que eles não se apresentaram.

"Já é ruim o bastante idiotas como ele receberem tudo de mão beijada e oportunidades em uma bandeja de prata.-" disse com irritação." reclamou a princípio "E respondendo sua pergunta, eu sempre passo por ali, geralmente o centro é cheio e não consigo largar a mania de policial de trabalhar nas folgas, a propósito me chamo Jean Kristen."  o homem se apresentou  antes de serem interrompidos com a chegada da bebida quente.

"Desculpa, eu não sabia o que você gostava, então optei por uma coisa que quase todo mundo gosta."  Desculpou-se de maneira sincera.

"Meu nome é Eren Yeager, e bem não faz mal, eu amo chocolate quente, obrigado"

Ao ouvir seu nome a postura de Jean enrijeceu, e Eren percebeu que algo estava errado. "Algum problema?-" O clima descontraído se tornou desconfortável e silencioso.

"Não é que não é sempre que eu encontro um dos ômegas que fizeram história por aí, que não sei como agir." dizendo de forma brincalhona Eren relaxou, nem sempre as pessoas reagiam bem ao escutar seu sobrenome.

Afinal foi por sua causa que as coisas estavam mudando, de forma lenta mas ainda sim estava lá.

Eren sorriu envergonhado. Eles conversam até que a cafeteira precisava fechar.

De forma descontraída, Jean acompanhou Eren até a esquina de casa, meio irônico de certa forma. Trocaram números para manter contato, e bem uma noite que tinha tudo para dar errado, deu certo afinal.

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