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Acordo com uma claridade, pego o meu celular e vejo o horário, nove da manhã em um sábado, puta merda. Me levanto e vejo o meu dedo ainda com a tala, eu só tenho azar pelo amor de Deus, pego um macacão junto a uma t-shirt preta e vou para o banheiro, tomando o maior cuidado do mundo para não molhar.

Depois que saio, no perrengue eu me visto e desço para a cozinha, enquanto fazia o meu café da manhã, avisava para Cora adiantar em até duas semanas, todas as reuniões que eu tinha, começando por amanhã.

Quando me sento no sofá para comer e ver Supernatural, a tela do meu celular acende me viro e vejo o nome de Adrien na tela, pego o meu celular e atendo sem pensar duas vezes.

  – Bom, a que devo a honra da sua ligação a essa hora da manhã? — O questiono

  – Na hora do almoço, eu vou viajar para Dubai para treinar até quarta feira, me acompanha? — Ele me questiona

  – Mas é óbvio — Sorrio de leve

  – Meio dia eu passo aí e vamos para o aeroporto. Mas como você está? Os remédios e o dedo? — Adrien me questiona novamente

  – Estou bem, eu tenho que tomar os antibióticos sempre depois do café da manhã, almoço e janta então tá de boa — Vejo minha crepioca acabar

  – Isso é bom, daqui há algumas horas te vejo — Seu tom de voz muda

  – Sim francês, até logo — Solto um riso

  – Até logo, brasileira — Ele desliga

Deixo o celular no sofá e vou levar o pote para o lava-louças, coloco o produto na máquina e as coisas dentro. Vou direto para o meu quarto e puxo a mala que deixei debaixo da cama, de domingo a quarta e quatro dias, então já vou para o closet pegar as coisas.

Tomo meu remédio e vou puxar a mala da cama, sentindo uma dor insuportável no dedo, me sento no sofá e enquanto Adrien não chegava, vou trocando a gaze e limpando os pontos aos poucos. Quando escuto o interfone, vou até ele e o atendo.

  – Pode mandar subir — Já desligo

Corro para o sofá, ajeito a tala no meu dedo e volto a terminar tudo. Escuto ele bater na porta.

  – Entra — Falo alto

Ele entra no apartamento e vem até mim.
  – Vamos? — Ele me questiona

  – Sim, só jogar isso aqui fora — Me levanto
Jogo as coisas na lixeira separada e volto para a sala.

  – Agora sim, vamos — Me animo
Adrien pega a minha e fomos para o elevador.

  – O que tem aqui? Pedra? — Ele me questiona

  – O que pesa são os meus all stars de plataforma — O olho

  – Para que? — Adrien me olha

  – Já viu o meu tamanho perto de você? Por isso — Aperto o botão do térreo

Não sei como e nem o motivo, mas entrou tanta gente no elevador que eu e Adrien ficamos espremidos. Quando chega no térreo, esperamos todo mundo sair e respiro aliviada.

  – Acho que eram uma família — O olho

  – Provavelmente sim — O francês me puxa pela cintura e selou nossos lábios

  – Vamos antes que eu me arrependa — O olho

  – Vamos no jatinho, mon amour — Ele me olha

Caminho com ele até o carro, onde fomos para o aeroporto. O voo era de seis horas, agradeço pelo fuso horário não ter sido tão grande. Assim que embarcamos, me deito no banco, sabia que a viagem iria ser extremamente longa. Yuki e Adrien estavam nos bancos da frente, peço algumas frutas e me ajeito para dormir, o que facilmente acontece.

Only Love - Livro 2 de A Corrida do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora