C A P Í T U L O 03

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Ela olha para o teto mais uma vez
Com uma centena de pensamentos.

Música: One Day, Tate Mcrae.

A primeira noite de Emma na nova cidade havia sido agradável

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A primeira noite de Emma na nova cidade havia sido agradável.


Conseguiu um apartamento no hospital, como o Xerife tinha dito. Na verdade, deu sorte, o antigo inquilino tinha se mudado há pouco tempo. Se tivesse chegado semanas antes, teria que dormir no carro.

Como o primeiro passo de sua lista de coisas para fazer, foi checar as ruas da cidade na manhã seguinte. Emma possuia um tipo de check list, uma rotina a ser seguida no dia posterior ao mudar-se para um novo lugar. Prestava atenção nas ruas, possíveis rotas de fugas e atalhos, rotas para evacuação dos inocentes, se acontecer um embate, noção se levava tempo demais para chegar a algum lugar caminhando ou dirigindo, esse tipo de coisa. Mas, aquela cidade estava em perfeito estado, aparentemente. Nem ao menos uma árvore caída.

Sentia-se estranha. Aquele lugar parecia ótimo, por que então o sentimento diferente? Só poderia estar maluca.

Já estava caminhando a mais ou menos trinta minutos quando percebeu passar em frente a delegacia. Observava a fachada envelhecida quando sentiu ser observada. Os olhos desceram em direção a janela, o Xerife estava lá dentro. Acenou um tchauzinho e, quando o homem retribuiu o aceno, seguiu a caminhada.

Vinte minutos depois estava em frente a escola. A única daquela cidade e bem grande, por sinal. Para que um colégio desse tamanho em uma cidade pequena dessas? Talvez as pessoas dali tivessem sérios problemas com escala. Bom, não poderia julgar, detestava matemática com todas as forças que existiam em seus um e setenta de altura.

Emma se encontrava do outro lado da rua observando o fluxo de pessoas. Talvez fossem dez e meia da manhã, as mesas de fora estavam todas ocupadas, acreditava que estavam no primeiro intervalo. Seus olhos quase instantaneamente foram de encontro a um grupo no meio de todos aqueles adolescentes e teve certeza de que eram sobrenaturais, pelo menos alguns dali. Quase conseguia ver setas neons em cima deles com um outdoor dizendo "Hey, somos sobrenaturais. Olhem para nós, caçadores".

Na posição que se encontrava, todos estavam de costas, mas conseguia ver muito bem um dos garotos se mexendo rapidamente enquanto falava algo. Ele deveria substituir o café por um suco de maracujá e procurar um psicólogo para tratar essa ansiedade. Emma estava quase surtando apenas assistindo de longe, imagine os amigos que o ouviam de perto e vez ou outra o interrompiam para falar algo. Na verdade, eles pareciam tranquilos, como se isso acontecesse normalmente. 

A protetora podia sentir suas áureas brilharem para si, porém não conseguia distinguir o formato delas. E isso nunca aconteceu antes. Era frustrante, extremamente confuso e totalmente desesperador. A antena de comunicação estava com defeito?

>> Protective << Scott Mccall Onde histórias criam vida. Descubra agora