C A P Í T U L O 04

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Onde está a porra do meu sonho de adolescente?
Se alguém me disser mais uma vez
Aproveite sua juventude, eu vou chorar


Música: Brutal, Olivia Rodrigo.

O pesadelo de qualquer pessoa que tenha a sanidade mental em dia: Escola

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O pesadelo de qualquer pessoa que tenha a sanidade mental em dia: Escola.

Emma cometeu o infeliz erro de mentir e agora precisava estar diariamente em um ambiente onde os hormônios ganham duas pernas, dois braços e andam por ai conversando sobre garotas, shoppings, última coleção da Prada, time de lacrosse e sites da Internet. Bom, nunca esteve em uma escola antes, mas não é difícil de deduzir.

Não teve jeito, precisou fazer a matrícula ou abriria portas para mais desconfianças do Xerife. A partir de agora, todos os dias teria que frequentar aula de matemática e sua mente sabe o quanto está se odiando por não ter inventado nada melhor como desculpa, de preferência algo que não envolvesse ela e um monte de números.

Por sorte, ou azar, não teve nenhuma aula com nenhum dos garotos que viu no dia anterior, a mesa dos sobrenaturais. Nada do menino ansiedade, a ruiva ou o garoto da tatuagem horrível no braço. Pareciam ter combinado de faltar as aulas hoje, e como Emma desejou estar nesse meio.  Mas, tudo bem. Pelo menos por enquanto. A professora de biologia era gentil e teria aula de história aquele dia, era sua matéria favorita quando lhe ensinavam no Instituto.

Quando o alarme soou indicando o almoço, Emma seguiu em direção a biblioteca com uma maçã e um pacote de salgadinhos em mãos. Precisava de um mapa da cidade, especificadamente as partes daquele lugar relacionados a natureza. Clínica veterinária, loja de jardinagem, floricultura, eram os locais onde costumava achar os duidras das alcateias, as que tinham um, pelo menos. Eles adoravam estar envolvidos com a natureza, e Emma era uma amante apaixonada por flores, compreendia bem.

Passou o resto do seu horário livre ali e, ao término das últimas aulas, foi em algumas das lojas que conseguiu encontrar o nome. Nada de sinal de duidras. Deixou o último destino para o dia seguinte, já era fim de tarde e precisava de um banho.

Empurrou a porta de entrada do hospital, observando algumas pessoas sentadas na recepção. Seus olhos foram de encontro a enfermeira de cabelos encaracolados, que mexia no computador a sua frente.

- Como vai, senhora McCall? - A mais velha levantou o olhar sorrindo para a garota de lindos cabelos loiros.

- Emma, querida! Já falei para me chamar de Melissa. - disse em um falso tom de correção. A adolescente sabia, mas adorava irrita - la chamando - a pelo sobrenome. - Como foi na escola hoje?

Emma revirou os olhos, teatralmente, debruçando-se sobre o balcão da recepção. - Aquilo é uma casa de tortura legalizada pelo governo para jovens inocentes como eu, Mel. Eles querem destruir nossas pobres mentes e corpos vulneráveis. - Fingiu um choro.

>> Protective << Scott Mccall Onde histórias criam vida. Descubra agora