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Naquela tarde, após a escola, ficou acordado que Kira levaria Liam até a casa do lago dos Martin. Scott continuou a não encarar Emma, mas a designou a ir até a delegacia, verificar com o Xerife se tinham algo a mais sobre o "Cara sem boca".
A garota Darvis não questionou, apesar de estar intrigada sobre a falta de contato visual, o que pareceu não ser visto por ninguém da alcatéia. Ninguém, exceto Stiles, é claro. Depois da conversa de ontem a noite, ele tinha uma boa ideia sobre o que estava acontecendo ali.
Emma entrou no departamento da delegacia algumas horas depois que as aulas terminaram. Era a segunda vez na mesma semana. Que sorte.
— Olá. Precisa de alguma coisa?
A policial na recepção a parou. Emma sorriu amigável. Da primeira vez que esteve ali, com Stiles e Scott, os dois simplesmente invadiram o lugar e a arrastaram junto. A mesma moça estava ali na frente. Mas a cena parecia ser tão comum aos seus olhos que ela os olhou com tédio.
— Oi, eu sou Emma Darvis. Quero falar com o Xerife, por favor. – Apoiou os cotovelos no balcão.
Parrish voltava da sala de arquivos em direção a sua mesa. Desviou os olhos para a esquerda, em direção a recepção, quando ouviu alguém se apresentar à policial Mary. Parou no mesmo lugar, franzindo a testa em confusão, ao observar a loira que estava parada ali.
Um de seus parceiros de trabalho parou ao seu lado olhando na mesma direção. — Uau. Quem será a bonitinha? Será que ela gosta de brincar de policial e ladrão? Porque meu coração foi roubado.
Parrish revirou os olhos para o comentário e a risada que escorriam malícia. E revirou os olhos mais uma vez quando o homem bateu em seu ombro, rindo como se tivesse acabado de contar a coisa mais engraçada do ano.
— Patético. – Sussurou.
Iniciou os passos em direção a garota.
Antes mesmo que Mary - Emma observou em sua identificação - pudesse a responder, Parrish apareceu. Esqueceu totalmente que o cachorro quente amante de clarividência trabalhava ali.
— Darvis? O que faz aqui? – O policial questionou.
Emma, antes apoiada no balcão, virou-se totalmente em sua direção.
— Boa tarde, agente Parrish. Como vai, policial? Eu estou bem, obrigada por perguntar. É realmente reconfortante ter agentes da lei que se preocupam com nosso bem estar diário, meros civis.
O sorriso sarcástico brilhava em seu rosto. A policial Mary colocou a mão frente a boca, escondendo uma breve risada ao ver a expressão estupefata do colega de trabalho.
