Cansados

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Ciano

- Legal que agora todo mundo desconfia de mim. – digo estressado.
- Desconfia de nós. – disse Ji.
- Sim, mas agora mais de mim. – digo a ele enquanto estava destruindo alguns meteoros.
- Queria saber como iremos provar a nossa inocência? – disse ele bem pensativo.
- Não faço ideia, mas temos que fazer isso logo, antes que sejamos expulsos da nave injustamente.
- Mas acho que a única forma de provar a inocência é morrendo. – disse Ji.
- Tem que ter outro jeito.

Enquanto pensava em algo Vanessa e Carina passam por nós correndo.

Sei que tenho que convencer outras pessoas da nossa inocência.

- Ei meninas! – chamo.
- O que foi Valentim. – disse Carina para e me olhando com deboche.
- Sei que todos acreditam que a culpa é nossa por ter matado a Luena e a Poliana, mas vocês tem que acreditar em nós, não foi a gente. – imploro a elas.

As duas se entre olharam seriamente, depois do que pra mim foi quase uma hora de silêncio Carina abriu um grande sorriso e falou:

- Eu acredito em vocês. – disse ela com um sorriso descontraído. – Como vocês ouviram na cafeteria eu tenho as minhas desconfianças na rosinha americana lá. – disse ela cruzando os braços e revirando os olhos.
- Já eu acho que o culpado é o tal do Eun-jin. Seu jeito calado é muito estranho. – disse Vanessa com a cara fechada.
- Fico aliviado em ouvir isso. – digo a elas com a mão no peito.
- Confesso que também tenho um pouco de desconfiança nesses dois. – disse Ji deixando de ficar calado do meu lado.
- É isso, nós temos que encontrar algo que possa incriminar eles para o Ren e o Victor. – disse Vanessa.
- Vamos.
- Sabe a onde eles possam estar agora? – perguntou Ji.
- Última vez que os vi foi na cafeteria. – disse Carina.
- Ok, nós temos que ficar na cola deles. – digo a eles.
- Sim, nós temos que pegar esse impostor maldito. – disse Carina empolgada.

Assim que ela falaram isso, as luzes todas se apagaram deixando tudo em um enorme breu e não dava para ver nada ao menos de um centímetro a frente.

- Pessoal vamos ficar juntos! – gritei a eles.
- Sim! – ouvi a voz das meninas, mas não do Ji.
- Ji? Cadê o Ji? – entrando em pânico.
- Nós temos que ir à elétrica e ver o que aconteceu. – disse Carina que eu acho que estava na minha frente.
- Não posso deixar o Ji.
- Eu estou aqui. – disse ele por fim.
- Senhor não me mata do coração. – digo aliviado.
- Ok, cada um da a mão para conseguir andar daqui até a elétrica.- disse Vanessa


As meninas foram na frente, nós quatro estávamos andando bem devagar e se guiando pelas paredes.

Não entendia o porquê dessa nave não ter luzes de emergência.

Quando passamos por onde eu acho que era a sala de oxigênio as luzes voltam mais uma vez e o sinal de reunião é ativado.

- Ainda bem que voltou a luz. – digo aliviado.
- Tem medo da luz? – zombou Ji.
- Não tenho medo da luz, tenho medo é de morrer.
- Vamos lá saber o porquê da reunião. – disse Vanessa séria.

A cafeteria estava em clima bastante pesado.

Todos se entre olhavam, mas ninguém falava nada.

Até que cansada desse silêncio todo Vanessa se levantou e falou:

- Olha, eu não aguento mais essa pressão toda. Primeiramente temos que saber quem é esse impostor e talvez seja ele também que esteja fazendo essas sabotagens na nave, mas também não podemos ficar acusando todos aqui só por suposições nossas.
- Sim, nós temos que formar alguma estratégica.
- Sim, por algum motivo de qualquer forma nós estamos representando os nossos países. – disse ela analisando os fatos. – Será que esse impostor tem alguma ligação com os governos e ao matar os tripulantes isso seria uma declaração de guerra?
- Se for assim só tem uma pessoa certa para fazer isso. – disse Carina apontando para Olivia.
- Eu? Não faz sentido nenhum, isso é só um preconceito seu comigo. – disse ela levantando da sua cadeira bastante abismada.
- Calma Olivia. – disse o tal do Eun-jin.
- Vamos ver aqui no mapa. – disse ela pegando um mapa do mundo dentro dos bolsos do seu macacão.

Shhhhh, tem impostores entre nósOnde histórias criam vida. Descubra agora