Embarcando

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Dez pessoas de dez países diferentes participaram de uma rigorosa seleção para serem os primeiros a fazer uma viagem entre a Terra e Marte.

Os países escolhidos foram: Coreia do Sul, Brasil, China, Espanha, Rússia, Alemanha, Japão, África do Sul, França e claro né E.U.A.

Muito foi especulado sobre essa tal missão e os países participantes, mas quando eu me candidatei não pensei em nada disso.

Só queria qualquer coisa que poderia deixar a minha triste e detestável vida para trás.

Queria começar do zero e achei que essa missão seria a oportunidade perfeita.

Mas toda vez que eu penso que de todas as pessoas do país, eu que fui a escolhida da um frio na espinha.

Foi loucura participar disso, eu sei, poderia muito bem ter continuado em casa vendo televisão e fazer algumas pesquisas sobre as questões do aquecimento global e como ele está mudando a vida dos animais, mas não estou aqui agora.

Diferente do que a televisão já mostrou, cada um pode escolheu uma cor para o macacão de cada um, me desculpa, mas eu sou bem viciada em rosa, então eu não poderia escolher outra cor, bom até o meu cabelo é rosa.

A nave é enorme e nós disseram que nós teríamos que ao decorrer da viagem ir cuidando dela.

- Sei que cada um aqui são de países diferentes, que cada um tem as suas culturas e os seus preconceitos, mas fiquem sabendo que ao subir nessa nave todos acabaram se tornando todos de uma única espécie e grupo. Por isso eu não quero ficar sabendo de briga nenhuma por aqui. – disse a mulher de vermelho bastante autoritária.

- Quem é você pra ficar dando ordens? – disse o cara de verde com os pés em cima da mesa de reuniões.

- Não estou dando ordens é apenas um comunicado, somos todos adultos aqui e bastantes inteligentes por termos conseguido estar aqui um lugar que muitos no mundo queriam estar. – explicou.

- Entendi.

- Então vamos ao trabalho.

Ninguém disso mais nada apenas levantaram e foram fazer as suas tarefas.

Passaram para mim que eu deveria ficar encarregada de concertar os fios, fazer o download dos arquivos para a base, sempre devemos fazer o scan na enfermaria, limpar os tubos de oxigênio, inspecionar as amostras e todo dia passar o cartão na área administrativa.

O que eu estava mais detestando nesse lugar era ficar andando de um lado para o outro toda hora, já estava ficando cansada disso.

Enquanto estava arrumando os fios na parte das caixas a nave toda começou a piscar em vermelho, no momento fui correndo para a cafeteria, mas todas as portas a minha volta estavam trancadas.

Já estava entrando em pânico.

Tinha que ficar calma, não poderia entrar em pânico.

Depois das luzes ficarem piscando em vermelho por alguns torturantes minutos, ela parou e as portas se abriram.

Quando as portas se abriram fui para a elétrica fazer mais uma ligação dos fios e quando chego lá vejo o corpo da Luena no chão.

O seu uniforme marrom estava todo coberto de sangue e os seus olhos pretos que antes estavam tão brilhantes junto da sua bela pele negra escura, agora estavam pálidos.

Eu dei o maior grito, pensei que nunca iria usar esse botão que nos deram, mas vejo que agora era necessário.

Aperto o reportar e então vou para a cafeteria a onde depois todos os outros foram para lá.

Shhhhh, tem impostores entre nósOnde histórias criam vida. Descubra agora