Conquista

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Preto

Não consigo confiar em ninguém.

Ainda mais depois das coisas que foram ditas na cafeteria.

Tudo bem, acredito que não seja culpa da pequena, mas os outros, eles são muito suspeitos...

- Eun-jin? – chamou Olivia pelo que eu acho não foi a primeira vez.

- Sim...

- Eu estou aqui a minutos te chamando, perguntando se você tinha terminado as suas tarefas. – disse ela fechando a caixa de fios.

- Desculpa, estava pensando nas coisas que aconteceu na cafeteria. – E não tenho nada para fazer na navegação. – explico a ela.

- Entendi..., acho que já acabei as minhas tarefas do dia. – disse ela com uma cara fofa de aliviada.

- Quer ir para a enfermaria ficar deitada naquelas camas confortáveis?

- Seu convite foi bastante indecente, mas eu vou aceitar por estar cansada. – disse ela rindo envergonhada.

- Desculpa, não foi a minha intenção, só pensei que você iria quer descansar. – digo tentando me justificar.

- Não precisa se justificar Eun-jin, eu entendi. – disse ela com um enorme sorriso.

- Seus olhos. – digo chegando mais perto dela e a prendendo contra a parede.

- O que tem? – perguntou ela desviando o olhar

- Estão brilhando e até parece um favo de mel.

Ela não disse nada, mas seu rosto fica completamente avermelhado.

- Obrigada.

- Vem, vamos descansar um pouco até a próxima reunião. – digo pegando na mão dela e a puxando corredor a fora.

Passamos por todos os corredores e estranhamento acabamos não encontrando ninguém no caminho até a enfermaria.

O local estava extremamente vazio.

Eu acabo me jogando em uma cama e ela se deita em outra do meu lado.

- Uma coisa está me intrigou, por que você estava se sentindo sozinha na terra? Não tinha ninguém do seu lado? – pergunto a ela.

- Digamos que eu fiz coisas que me afastaram de todos que estavam a minha volta. – disse ela com olhar distante.

- Quer dizer das coisas que você fez para o governo?

- Isso também, mas eu briguei com alguns amigos por coisas bobas.

- E a sua família?

- Eu nunca me dei muito bem com eles. Minha mãe me acha uma filha ingrata por não continuar  morando no mesmo bairro perto deles. Eu só queria ir para novos ares. – confessou.

- Acho que entendo muito bem isso.

- E você, pode confiar em mim para contar o que você quiser.

- Eu tenho uma família, até que grande, eu o mais velho de três filhos. Sorte minha mãe teve um casal de gêmeos.

- Nossa que legal. – disse ela empolgada.

- É sim.

- Mas você disse na cafeteria que não se importava em ficar sozinho.

- Por causa do trabalho me afastei deles.

- Por que você aceitaria um tipo de trabalho assim?

- É complicado de explicar rosinha. – digo me sentando e jogando o cabelo para trás.

- Entendi... – disse ela distante.

Volto a me deitar e nós ficamos em silêncio por alguns segundos até que ela voltou a falar.

- Sei que pode aparecer uma intromissão minha, mas e essa tatuagem? – perguntou ela cheia de medo. – Sei que eu não tenho que saber de nada, não precisa me dizer se não quiser, mas é que eu fiquei bastante curiosa.

- Quando você para de tagarelar eu irei te contar. – digo a ela com um sorriso malandro.

- Tudo bem. – disse ela em um buchicho.

- Ela é o símbolo do meu trabalho, pode se dizer assim.

- Você fazia parte de uma gangue? – perguntou ela espantada.

- Não era uma gangue, mas uma corporação. – tento dizer sem ter que falar mais do que isso.

- Uma corporação? Tá, fico mais suspeito ainda. – disse ela rindo.

- Não sei se posso falar mais do que isso pra você. – digo sério a ela. – Pelo seu bem...

- Ok...

De novo ficamos em um enorme silêncio.

- Queria saber porque de primeira você fica do meu lado e fica me defendendo? E se eu for a impostora?

Ela é mesmo uma maquina de tagarelar quando está nervosa.

- Primeiro: porque eu gostei de você. Segundo: não você não iria matar uma pessoa.

- Por que você tem tanta certeza disso? – perguntou ela parecendo que ficou um pouco ofendida com isso.

Levanto da minha cama, me sento na dela e a olho bem no fundo dos seus olhos, então chego mais perto do seu ouvido e falo:

- Porque eu confio nessa carinha de anjo.

Quando me afasto dela, seu rosto estava completamente vermelho.

- Também adoro ver o seu rostinho assim. – digo segurando o seu queixo. – Chega até ser divertido.

- É divertido brincar comigo. – disse ela um pouco magoada.

- Não é isso que eu quis dizer. – rio.

Queria entender porque essa garota me encantou tanto.

Sinceramente não sei explicar, ela tem uma áurea que da vontade de protegê-la.

- E o que você quis dizer então? – disse ela cruzando os braços e me olhando séria.

- Quis dizer que adoro ver essas bochechas coradas e esses olhos brilhantes perto de mim. – digo passando a mão nos seus fios rosa.

Envergonhada ela desvia o seu olhar do meu, com isso eu seguro o seu queixo a fazendo olhar para mim.

- Sinceramente não sei o porque escolhi você de primeiro momento, mas agora, estou começando a entender. – digo já até sussurrando.

Os nossos rostos estava apenas a alguns centímetros de distância, não queria beija-la sem ter a certeza que ela também iria quer, mas no minuto que eu ia tocar os seus lábios nos meus a sirene de reunião tocou.

- 제길!

- O que você disse?

- Nada, vamos logo ver o que aconteceu. – digo tentando não demonstrar o tamanho da minha frustação.

- Vamos sim.

Tenho toda certeza que é mais uma reunião inútil para dizer que acham que a rosa é a culpada de algo.

- O que está acontecendo. – digo bastante revoltado.

- O Valentim morreu. – disse Ji com a expressão de bastante revoltado.

- O que? 

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⏰ Última atualização: Jan 18, 2022 ⏰

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Shhhhh, tem impostores entre nósOnde histórias criam vida. Descubra agora