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Seokjin voltou com o tabuleiro e depois de arrumarmos tudo, fizemos um círculo em torno dele.

Depois de explicado as regras a todos os presentes, Seokjin começou a fazer as perguntas e como esperado, nada aconteceu.

Nem um ventinho, nem um sussurro ou mechida no ponteiro...

Ficamos um tempo ainda tentando contato com o além, mas quanto mais o tempo passava, mais ficava explícito que não havia fantasma algum naquele lugar.

Eu já sabia disso, mas eles me escutam?

A luz piscou duas vezes e então voltou ao normal.

Desistindo daquilo me despedi dos meninos e voltei para o quarto, – mesmo que uma das regras fosse que permanecermos todos até fim–, eles ainda ficaram pois tentariam uma vez mais, mesmo que eu não estivesse presente.

Sinceramente, não sei o porque dessa quase obsessão em conseguir contato, eles não assistiam filmes de terror, não? Sempre acontece uma merda ao mecher com o além...

Bem, se algo desse errado, eu entraria de gaiato no navio visto que a ideia não foi minha mas participei da mesma,(ainda que tenha abandonado o barco no meio do caminho) mas por hora, apenas queria descanso.

Esse que não me veio ao que deitei minha cabeça no travesseiro, não... Minha mente resolveu voltar ao estranho encontro que tive.

E foi pensando naqueles olhos de fendas misteriosas e lábios carnudos que acabei caindo no sono, sem ao menos perceber.

A água do lago estava em uma temperatura agradável, deixei meu corpo boiar apreciando o toque dela em minha pele.

A sensação de algo esbarrando em minhas pernas me fez olhar em volta, apenas para ver aquele garoto, nadando em minha volta.

O sorriso que ele me ofereceu aqueceu meu peito e quando ele se aproximou de mim, a sensação que tive era a de estar reencontrando um velho conhecido.

Os braços dele envolvendo meu pescoço enquanto os meus enlaçavam sua cintura parecia tão certo que não o repudiei.

As palavras não foram necessárias ao que nossos lábios conversaram entre si, tão certo e tão errado ao mesmo tempo.

Senti os dedos pequenos se infiltrar em meus cabelos ao que minha mão percorria seu corpo, era como se ele estivesse me esperando por tanto tempo e eu? Eu, me sentia da mesma forma.

Meu relacionamento fracassado nem parecia ter existido, só existia eu e ele naquele momento, nossas línguas se acariciando e o beijo até então calmo, já havia ganhado profundidade.

Os gemidos e arfares que deixavam nossos lábios se perdiam na noite.

Quando minha mão desceu até sua bunda, ele impulsionou o corpo envolvendo suas pernas ao redor de minha cintura.

Caminhei com ele até a beira do lago, deitando seu corpo na relva e sem raciocinar direito em como aquilo estava acontecendo, o tomei para mim, ou quem sabe tenha sido ele quem me tomou para si.

Os gemidos manhosos que adentraram meus ouvidos a cada estocada que eu dava, mais pareciam uma melodia que se misturava aos meus.

Nossos corpos se encaixavam de um forma única, eu não conhecia nada de seu passado, o tinha visto apenas uma vez, mas meu corpo, meu corpo já o venerava.

Quando ele passou a ditar a forma que fodíamos, me vi totalmente entregue e quando ele me invadiu, me fazendo arquear as costas para trás, jurei por um instante ter esquecido meu próprio nome e de onde eu vinha.

O Garoto do Lago (Jikook) Onde histórias criam vida. Descubra agora