Eu estive dormente por muito tempo, evitava olhar no espelho, a imagem que refletia me assustava. Olhar vazio, olheiras profundas, pele descuidada e pálida. Um corpo morno, quase frio, mãos ásperas que não conseguiam tocar sem parecer errado. Era errado, não merecia o prazer do toque.
Não era justo sentir um pouco de alegria, deveria sofrer e pagar por seus pecados sujos. Corpo impuro continua impuro depois de 100 banhos, ainda sinto o cheiro da carne apodrecendo. Já morri faz tempo e ainda não perceberam.
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Delírios Dela
PoesíaLivro de poesias, poemas e textos de minha autoria, baseado nas minhas experiências pessoais. Neste, exponho meus sentimentos, na intenção de tocar o leitor que se identificar com o que escrevo. E apesar de ser baseado em fatos reais, a interpretaçã...