Anjo da Morte

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Ouço o vento suave

Balançando a grama escura

Deitada procuro a chave

De tanta dor e amargura


A umidade do solo

Atravessa minha roupa imunda

Enquanto o mal se aprofunda

Em minha alma desolo


Ouvir sua voz me repuna

Seu hálito fétido me embrulha

Cadáveres em sepultura

Não chegam a sua altura


A raiva me corrói por dentro

Tornando minha morte impura

Tento não chorar, me concentro

Ceifeiro acabe com minha tortura

Vida e MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora