capítulo 45

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Um capítulo muito especial, nesse capítulo irei mostrar um pouco da dificuldade da Julia ao criar sozinha o Rodrigo.

Um capítulo para todas as mães.





17 anos atrás.........


Minha barriga tá tão grande para 5 meses.
- Aí. Um chute, se esse menino não puxar o amor pela vaquejada igual ao pai, com certeza será jogador de futebol. Acabei de sair da ultrassom, acabei de descobrir que o bebê que carrego em meu ventre é um menino, se chamará Rodrigo.

Não tá sendo fácil, também não achei que seria, meu pai me deixou na casa dos meus tios e meus tios me deixaram em uma casinha aqui no interior de Portugal. Tenho muitos desejos, tem dias que como muito, outros dias eu choro por me achar gorda, mas mesmo assim não paro de comer, deve ser os hormônios.

Já estou com nove meses, só estou esperando meu pequeno vir ao mundo, fico triste em pensar que o pai não estará presente nesse momento, estarei sozinha.

Meu menino veio ao mundo, ele é tão lindo, tem cara de joelho, mas é o joelho mais lindo que já vi em toda a minha vida. Eu sempre desejei ser mãe, sempre imaginei ter uma família, meu Marido e meus filhos. Vou dá de mama pela primeira vez, senti uma cócegas, mas foi tão mágico saber que de mim saia o alimento para meu filho.


Os primeiros meses foi difícil, cólicas, choros e um começo de pneumonia. Acho que não existe coisa pior do que ver seu bebê doente e internado é o maior sofrido para uma mãe, ainda mais a de primeira viagem, de tudo temos medo.

Meu filho aos 8 meses começou a engatinhar, pense em ima mãe boba, fui eu. Toda orgulhosa pelo meu filhinho está começando a ser independente e querer a andar.


A dor do parto foi horrível, mas eu sentiria essa dor umas mil vezes para ter meu menino assim, forte e saudável.

Quando ele começou a montar em cavalos, morri de medo dele cair, de se machucar, quebrar algum osso. Mãe são assim gente, temos medo das nossas crias se machucarem e a gente não estar lá para ajudar. Mas o Rodrigo, é filho do Ricardo Silva, já nasceu sabendo a montar foi aí que ele começou nas vaquejadas. Quando ele me pediu para ir embora e viver na fazenda do meu avô me senti sendo abandonada, mas a gente sabe que o filho depois que cresce ele vira passarinho e quer voar.


Ver a primeira competição me deu um misto de alegria, medo, felicidade e desespero, mas meu menino se saiu bem. E eu o amo tanto que eu daria a minha vida pela dele.

Mesmo meu filho com 17 anos, eu ainda gosto de cantar uma música para ele dormir, foi a música que minha mãe cantava para eu dormir.


E falar em minha mãe, mesmo ela não sendo muito presente em minha vida, eu a amo e sempre amarei pelo resto da minha vida, que Deus a tenha em um bom lugar.

"Em minhas orações eu vou pedir a Deus, que ilumine os passos seus"..........

O VaqueiroOnde histórias criam vida. Descubra agora