capítulo 11

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  Acompanhei com os olhos Rosa vir com um copo de água com açúcar para acalmar a moça que se diz ser minha irmã.

  - tome minha filha, você precisa se acalmar. - Rosa da para a moça o copo e a mesma bebe de vagar.

- eu sou sua irmã Ricardo. - a moça fala em soluços.

- olha eu não tenho pais, não tenho família é óbvio que eu não tenho uma irmã. Falei um pouco grosso, pois essa história que ela é minha irmã é muito doida, não tem lógica.

   - mas você é. Nossa mãe era muito nova quando ficou grávida de você, nosso avô, pai dela, não aceitava o relacionamento porque nosso pai era pobre. Quando você nasceu disseram para mamãe que você tinha nascido morto. Mamãe ficou depressiva pois tinha perdido os dois homens da sua vida, três anos depois nosso pai apareceu para levar nossa mãe junto com ele, ele havia conseguido vencer na vida, era rico eles foram morar longe. Muitos anos depois mamãe soube que o vovô estava morrendo, ela foi visitá-lo e em seu último pedido, pediu perdão por tudo que tinha feito e disse para ela que o filho que ela teve estava vivo e que ele tinha deixado o pobre menino recenascido em um rio dentro de uma cesta.

Essa história me lembra a história de vida da dona Marisa, mas sem essa parte do filho deixado em uma cesta em um rio, até porque essa parte da história é minha. Não pode ser, será que.....o que essa moça tá dizendo? Só pode ser brincadeira.

Eu não tinha o que falar essa história tá muito maluca, não estou entendendo nada.

- olha moça, talvez você esteja passando por algum transtorno mental, pois essa história é muito louca.

- não Ricardo é a pura verdade eu não estou louca, você é meu irmão.

Nesse exato momento a porta é aberta pela dona Marisa a vejo arregalar os olhos de surpresa.

- Roberta o que faz aqui?  - Vejo dona Marisa um tanto que preocupada ao ver a jovem moça ali, sentada no sofá da minha sala.
  - eu falei para você não vim pra cá, que eu iria resolver isso.

Minha cabeça da um giro de 360 graus. A história da garota é a mesma da dona Marisa e se eu não estou enganado, pelo que a moça acaba de dizer Marisa seria a minha suposta mãe. Que porra é essa que está acontecendo!?.

- mamãe ele precisa saber, eu só me adiantei a contar a verdade da sua vida.

- Ricardo, deixe-me lhe explicar. - dona Marisa me pega pelo braço e me leva para sentar junto dela e de sua filha.

- eu já tinha te falado sobre meu passado, meu pai foi muito mal ao me esconder que meu filho estava vivo e pior ainda, foi ele ter o abandonado em uma cesta na beira do rio. Ricardo, você é meu filho o meu menino que eu nunca pude segurar em meus braços, sempre te procurei quando soube da verdade. Meu filho...
- ela se levanta e fica de joelhos em minha frente.
- por favor me perdoe por tudo, eu não sabia da brutalidade do meu pai, eu nunca deixaria nada acontecer com você se eu soubesse que estava vivo. Me perdoe filho, eu te amo muito.

Marisa chora ainda ajoelhada e Roberta chora olhando a cena e dona rosa a vejo buscar um copo com água também chorando. Eu sempre sonhei em encontrar meus pais verdadeiros, Sempre quis saber o porquê de me abandonarem.

- dona Marisa, levante - eu a ajudo a ficar de pé .
- Não tenho que te perdoar de nada você foi tão vítima quanto eu nessa história.

- oh meu filho......eu te amo tanto - ela me abraça e Roberta vem logo em seguida e ficamos ali, nós três abraçados e chorando.

Meu Deus, eu tenho uma mãe e uma irmã de verdade.........











Boa tarde minhas lindezas♥️😘😘

O VaqueiroOnde histórias criam vida. Descubra agora