capítulo 23

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Obrigada a todas que lêem e gostam das minhas histórias.
Taí mais um capítulo.


Julia
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O beijo, as palavras de ofensas foram coisas que me deixaram muito tristes.

Eu não consigo entender o Ricardo, se ele sofreu tanto por mim e sempre disse que me amava, de onde surgiu tanto ódio? Eu não tive culpa de termos nos afastado, meu pai que me obrigou. Era a vida dele que estava correndo perigo,eu só tentei salvar ele, tudo o que fiz foi para proteger o homem que eu amo. Não podia simplesmente deixar que coisas ruins acontecessem com ele, comigo meu pai não iria fazer nada, mas com ele poderia fazer as mais cruéis torturas. E isso eu não poderia deixar.

Ainda me lembro quando descobri que estava grávida, íamos fugir, eu e o Ricardo. Nós marcamos de nos encontrar na goiabeira, já estava tudo pronto. Meu pai apareceu do nada no meu quarto me pegando, quando eu tava fechando a mala. E disse, que se eu fosse o Ricardo morreria. Ele abriu a porta e mandou eu fazer minha escolha ou eu fazia tudo que ele queria ou os dias do homem que eu amava estavam contados. Eu caí no chão chorando e ele saiu batendo à porta, eu estava muito feliz, porque ia contar pra ele que estávamos esperando um filho, também pensei na criança que estava no meu ventre, nessa mesma noite peguei minhas malas e um carro já estava me esperando para me levar para longe.

Meu pai sempre foi ausente, minha mãe faleceu de câncer. Meu pai sempre foi muito rígido comigo, nunca ficou comigo, nunca deixou faltar nada, mas sempre me obrigando a estudar e sempre dizia que eu tinha que casar com homem rico. Quando ele descobriu que eu tava com um simples Vaqueiro foi a gota d'água. Ele sempre foi muito ruim, perigoso, ele já chegou a me bater várias vezes, ele sempre me culpou pela morte da minha mãe e ainda fala que não gosta de me olhar pois lembra dela e eu não merecia parecer com ela, já que eu era a sua assassina.

  Hoje, só voltei, pois meu pai teve um infarto. E com a morte dele eu estou livre para ficar com Ricardo. Eu tive que preparar tudo para o velório do meu pai, eu também tive ajuda do meu amigo que nunca saiu do meu lado.

Quando meu pai foi enterrado peguei minhas coisas e vim ao encontro do  Ricardo.

Meu filho sabe que seu pai é um  vaqueiro, mas eu ainda não contei que é o grande Ricardo. Meu filho já nasceu com o sangue de vaqueiro nas veias, Rodrigo sempre gostou de cavalos e por isso se apaixonou pela vaquejada. Os festejos do campeonato de vaqueiro já começou, meu filho vai participar, ele já estava morando por aqui já tem uns meses, ele sempre quis visitar as propriedades do seu bisavô, no caso o meu avô. Quando chegou aqui começou a competir e a se destacar, com isso começou a ser chamado como o novo campeão. Só pode está no sangue.

A cidade está linda, tudo está lindo. Meu menino foi muito bem no primeiro dia, eu vejo que Ricardo ficou impressionado com o Rodrigo se parecem tanto, tem tanto um do outro.

Estou andando pela cidade quando sem querer uma moça esbarra em mim.

- Ai meu Deus me desculpa, eu não vi você. Eu tava vendo uma imbecil ali e  acabei me distraindo e esbarrei em você, me desculpe mesmo. - ela fala toda desesperada.

- Tudo bem minha querida, não tem problema não, tá desculpada. - sorrir pra ela e vejo que ela se acalmou um pouco, ela é tão bonita e tem uns traços tão conhecidos pra mim.

- Bom, você não gostaria de tomar um suco ou um café? - ela pergunta animada.

- se esse é seu pedido de desculpas eu aceito, sim. É falar em café é a mesma coisa que chamar o meu nome. Eu sou a louca do café - ela começa a rir com o que eu falo.

- É sim, vamos tomar um café então, ali naquele restaurante e falando em nome, me chamo Roberta. - ela estende a mão para que eu a aperte.

- Prazer Roberta, me chamo Júlia.

O VaqueiroOnde histórias criam vida. Descubra agora