Depois daquele almoço sinto que Samanta estava me ignorando por completo, mas não tive problemas com isso afinal nem gostava dela e muito menos a queria por perto, Carol andava um pouco estranha desde esse mesmo dia, nem comentou nada sobre casamento, e claro que eu comecei a ficar preocupada.
No dia seguinte eu estava determinada a tentar conversar com ela sobre isso, ate por que no final de semana nos iriamos saber os nossos futuros pretendentes, e já era quarta e ela não tinha falado sobre isso desde sexta passada, então eu já tinha tudo planejado. Assim que a busquei no seu bunker, comecei a contar sobre o almoço, Carol não mostrava nem um pingo de interesse, e quando eu percebi isso eu me calei.
Nesse dia Alex não viria connosco ele estava "doente" então o resto do caminho para a área escolar foi totalmente silencioso e constrangedor.
Quando todas as nossas aulas acabaram por volta das 17:30 eu convidei-a para vir comigo para jantarmos numa das bancas no refeitório, Ca aceitou e fomos.
O caminho todo tentei conversar com ela, mas não obtinha grande interesse de sua parte, eu ate pensei que ela estaria chateada comigo por algum motivo.
Quando nos sentamos, eu já estava um pouco cansada, então tentei ser o mais direta possível.
- Carol, você esta estranha desde que ficou com o seu pai na sexta-feira, esta tudo bem? Você sabe que pode falar comigo quando precisar! – assim que essas palavras saíram da minha boca, eu olhei em seus olhos e percebi que eles se inundavam, meu coração ficou apertado e senti falta de ar em ver a minha amiga assim, eu nunca gostei de vê-la a chorar, Carol era a pessoa mais forte que eu conhecia e chorar não era uma coisa frequente.
Rapidamente ela limpou o rosto e me disse com a voz tremula.
- Não poderei me casar, nem ter filhos, é como se eu não existisse no sistema – eu fiquei em choque, para muitos pode ser uma razão estupida para se preocupar e sinceramente a situação que eu mesma morreria para estar, mas eu entendo esse era seu sonho, ela sempre desejou ter uma família, uma coisa que ela nunca teve uma coisa totalmente dela, minha única reação foi pegar em uma de suas mãos e limpar o molhado em seu rosto com a minha outra mão
- Eu sinto muito, muito mesmo, eu queria poder fazer alguma coisa para te ajudar, posso deixar você ficar com o meu pretendente se quiser, um benefício para ambas– foi a única coisa que eu consegui dizer, não queria piorar ou magoa-la mais.
Ela viu a minha cara de preocupada e tentou amenizar o clima
Caroline deixou escapar o seu lindo sorriso enquanto achava graça a minhas tentativa de tentar conforta-la.
- Lilah você não pode mudar um sistema inteiro para resolver um problema que não tem solução.
- Mas posso tentar, eu sei que esse era o seu sonho e não quero que ninguém tire isso de você de maneira alguma.
- Não podem retirar uma coisa que nunca foi verdadeiramente minha - diz Caroline acariciando minha bochecha - Poderíamos comer comida japonesa, o que acha?
Eu ri com a sua mudança tão rápida de assunto, era assim que funcionávamos, me senti inútil por não conseguir fazer grande coisa para reconforta-la da maneira que eu gostaria.
– Eu acho uma ótima ideia – fomos buscar a nossa comida, e assim que voltamos vimos que a nossa mesa ja havia sido ocupada.
Estávamos à procura de uma nova mesa, então começamos a andar entre as mesas a procura de uma desocupada por completo, e nessa "expedição" eu olho para uma mesa com seis lugares mas só estavam ocupados quatro pessoas, que me pareciam familiares mas eu não tinha a certeza ate que uma dessas pessoas começou a acenar para nós.
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Sob o Solo
Science FictionApós um apocalipse que levou ao fim da humanidade, somente aqueles sob o solo conseguiram sobreviver. Entretanto, com o passar dos anos, novas leis e tradições foram impostas, algumas delas um tanto antiquadas a visão de Delilah uma jovem de 16 anos...