Vidro estilhaçado

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O de vestimentas vermelhas estava pedindo para que apenas o deixasse admirar a vista enquanto os dois recolhiam as coisas;

Um pedido estranho. Mas do que lhes adiantaria questionar?

Perceber a aura desnorteada de Tord não estava tão difícil. Deixá-lo para pensar consigo mesmo parecia uma boa ideia...

  Os dois tenentes examinariam a enorme cabine de aço, que servia como cabeça do robô. Nos outros restos de metal atirados para longe, não havia nada de mais para se recolher

   Por trás do da cabine de metal havia um  volumoso cabo azulado, ao que parecia, infincado quase que por completo no metal.
Eles não pensaram que se tratava de um arpão

—  Pat, olha só... — quase sussurrou, estava claramente estranhando aquilo. O mesmo que chamava só se aproximou e encostou seu ombro na lateral (do que sobrou) da cabeça da máquina —  isso me parece esquisito (Paul)

O de franjas repartidas ergueu uma sobrancelha, mais curioso do que nervoso

" Bem, isso foi o motivo da queda.. mas o que seria isso? " Pat pensou

Estava apenas aguardando a performance de Paul, ele quase parecia saber o que estava fazendo. Já estava até o vendo preparando sua ação;

Paul não esperou por nada e puxou o pedaço de cabo com a força de vontade que conseguiu.

O primeiro puxão foi o com mais força. Então agora que estava quase sendo completamente retirado, o cabo era muito mais extenso do que parecia enfincado na lataria;

Depois disso, Paul notou dificuldade para continuar tirando-o dali

O objeto não se mexia mais nem um pouco partir desse ponto, mas ele ainda insistia em forçar

— Pare de forçar, ou pode se machucar. Isso parece ser a ponta, deve estar enganchada — Deduziu, principalmente pela forma como o metal foi cortado na parte em que o 'cabo' estava emperrado. Haviam dois cortes profundos além do furo ali — (Pat)

Foi fácil desviar de alguns cacos de vidro, apenas para entrar na cabine destruída como o moreno estava fazendo

Logo apanhou a tal ponta e tirou o cabo dali por completo.

  Isso acabou o tirando das mãos de Paul, que estava do outro lado

— Conseguiu? — A resposta do maior foi dar o arpão nas mãos de Paul, e acenando positivamente com sua cabeça em seguida —

O objeto era pontiagudo e muito grande se tratando de uma armamento. Azulado e nem tão desgastado ou enferrujado;

Com um pedaço de pele da ponta, ainda secretando sangue

Um pouco inojado.. porém... intrigado.

Dedilhava o mesmo arpão que massacrou os planos de seu filho

— Acabamos por aqui. Bem... Chame-o para ir — Ele se adiantou indo rumo ao carro. E antes que se esquecesse, levou o arpão junto ás coisas recuperadas — vamos procurar entender isso depois (Patryk)


O loiro apenas teve que se virar e dar alguns passos para se aproximar do mesmo que Pat falava

— Vamos, Senhor. — fitava as costas do que continuava sentado na beira daquele morro; Foi estranho para Paul, que mal tentou compreender o que ele estava apreciando tanto ali — a polícia pode chegar a qualquer momento. Sabe, não queremos problemas como este (Paul)

O curativo que Patryk fez cobria metade da feição de Tord. Mas ficaram sujas de sangue em menos de minutos

Ainda contemplando sua falha miserável que o levou até essa paisagem de destruição de discórdia. O ruivo suspirou sonoramente antes de se levantar

" Papéis E Arquivos " ʀᴇᴅ ᴀʀᴍʏOnde histórias criam vida. Descubra agora