CAPÍTULO 181 - 181: DESCOBERTO

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"Muitas pessoas não sabem, mas Zale Azarel salvou a vida de sua mãe e de seu pai quando Salazar tinha apenas sete anos. Se Zale não estivesse lá, Salazar teria crescido órfão", disse Riali a Rowen enquanto suspirava.

"E agora Salazar quer proteger Lúcifer. Que pena, ele já é tarde demais", Rowen murmurou enquanto olhava para a porta fechada.

....

O vasto oceano que cobria mais da metade do mundo parecia instável perto das praias de Elisium.

Marés enormes podiam ser vistas subindo pelo pântano enquanto cada onda que atingia a praia vinha de um golpe de luz e de ombros largos, com todo o poder bruto que a lua podia conceder.

A lua brilhante acompanhava as marés, fornecendo a luz necessária. À medida que a superfície do mar brilhava ao luar, o fundo do mar parecia encher-se de escuridão.

Em um canto desconhecido do mar, o corpo de um menino estava deitado, imóvel.

Surpreendentemente, um buraco podia ser visto no peito do menino, cujo corpo inteiro estava completamente pálido. Não havia expressões no rosto. Ele também não estava respirando enquanto estava deitado em um silêncio eterno.

Três meses se passaram desde que o garoto de cabelos prateados foi lançado ao mar pela primeira vez, e não havia certeza se ele iria sair.

...

Sob a lua brilhante, um velho podia ser visto caminhando por uma aldeia.

O velho parecia estar na casa dos sessenta. Quanto à sua cabeça, estava coberta por longos cabelos brancos. Ele também sustentava uma barba branca que parecia combinar com seu rosto.

O homem parecia estar indo para algum lugar quando alguém gritou por trás.

"Vovô Chi, você vai para o mar de novo? O mar não está estável para nadar neste momento. Não vá!"

Um homem de meia-idade percebeu que o velho estava saindo e tentou impedi-lo.

"O mar é sempre adequado para mim, pois é no caos do mar que encontro a minha verdadeira paz", respondeu o velho sorrindo.

"Vovô Chi, me escute. Você pode morrer se for desta vez. Os tempos são diferentes. Vá mais tarde", disse o homem de meia-idade novamente.

"Morte? A morte é um nome diferente para o sono. Se estou com medo de dormir, como vou ver meus demônios no sonho?" O velho respondeu enquanto continuava andando. "Um dia, todos cairão neste sono. Não há necessidade de se preocupar."

Logo, ele saiu, desaparecendo no horizonte enquanto caminhava para a praia.

O homem de meia-idade ficou para trás, suspirando.

"Este homem é realmente louco. Parece que ele não quer viver. É a vida dele. Eu já tentei o melhor que pude", o homem de meia-idade murmurou enquanto voltava para sua própria casa.

Ao entrar em seu quarto, percebeu que sua esposa já estava acordada.

"Onde você foi?" Sua esposa perguntou a ele enquanto esfregava os olhos.

"Fui beber água quando vi aquele velho saindo. Então comecei a tentar impedi-lo", respondeu o homem de meia-idade enquanto subia na cama.

"Você quer dizer aquele velho maluco? Ele ia para o mar mesmo em momentos como este?" A mulher perguntou ao marido.

"O que posso dizer? Ele realmente é louco. Quem sabe, talvez ele nem consiga voltar dessa vez", respondeu o homem de meia-idade.

"Suspiro, você deu o seu melhor. Não se preocupe com ele. Não é como se ele fosse nosso parente. Ele nem mesmo tem uma família. Deixe-o viver a vida que ele quer. Em qualquer caso, não é como se ele fosse certamente morrer. Você sabe que ele é um variante, certo? Ele pode sobreviver no mar ", disse a mulher enquanto se deitava na cama. "Não se preocupe e durma."

"Você está certo, mas ainda assim, tanto faz. Não é minha responsabilidade cuidar daquele cara", disse o homem enquanto também se deitava na cama.

....

O velho chegou à praia e olhou para o mar, que sentiu ser sua casa.

Ele era um variante capaz de respirar debaixo d'água e nadar no mar como se tivesse sido feito para isso.

Ele vinha fazendo a mesma coisa todos os anos desde sua juventude, quando despertou seus poderes pela primeira vez.

Todos os anos, ele vinha à praia e pulava dentro do mar. Ele tentou ir o mais longe que pôde e explorou o vasto oceano o máximo que pôde antes de voltar.

Mesmo que o mar não estivesse perfeitamente calmo agora, ele não se preocupou ao se aproximar da água antes de estar totalmente submerso na água.

Assim que o homem entrou no mar, ele começou a nadar, sem parar.

Ele nadou a noite inteira e depois o dia inteiro enquanto apreciava o silêncio do mar. Embora fosse instável na superfície, parecia estar perfeitamente calmo perto do fundo onde o velho estava nadando.

Mesmo que o homem parecesse velho, nenhuma pessoa seria capaz de adivinhar depois de ver a velocidade com que ele nadava.

Ele observou a plantação exótica e as várias criaturas marinhas no fundo do mar enquanto avançava.

Desta vez, ele havia escolhido uma direção diferente para seguir, sem saber que era para lá que iria encontrar algo que tinha o potencial de mudar toda a sua vida.

Enquanto o homem nadava, dois dias se passaram, mas ele não parou.

Os dias se transformaram em semanas enquanto ele nadava. Ele só parava ocasionalmente enquanto comia as plantas marinhas, o que o mantinha energizado. Seu corpo poderia funcionar perfeitamente só de comer isso. Ele nem mesmo precisou sair da água.

Logo, semanas se transformaram em um mês enquanto o homem se aproximava de seu destino.

Ele ainda estava nadando à frente quando observou a mudança na textura do solo, que ele não tinha visto antes, surpreendentemente. Também havia algumas plantas que ele vira pela primeira vez.

Ele parou perto de uma dessas plantas quando começou a observá-la.

'Muito bonita', ele pensou enquanto seus dedos tocavam a planta, mas não demorou muito para perceber que havia algo mais à distância.

Ele podia ver o que parecia ser um corpo deitado no chão a alguma distância dele.

Deixando as plantas para trás, ele começou a se aproximar do corpo.

Logo, ele alcançou o corpo de um menino que parecia estar amarrado a um objeto pesado para se certificar de que se afogaria. Também havia um buraco em seu peito que parecia horrível.

'Que mundo cruel. As pessoas podem até matar crianças hoje em dia ', o homem pensou enquanto suspirava. 

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