Capítulo 17

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**Narradora:**

- "O que você quer?" - perguntou Mew, irritado.

- "Oi para você também, querido." - sorriu de lado.

- "Vocês estão bem?" - Mew perguntou a Gulf, que balançou a cabeça positivamente. Isso o deixou ainda mais preocupado, pois não parecia que apenas a raiva dominava Gulf, mas também o medo. - "O que você quer? Conheço o Gulf, ele não teria te deixado entrar sem um motivo." - disse, e Art riu.

- "Esse é o motivo." - entregou um papel.

- "O que é isso?" - Mew perguntou.

- "Nosso filho." - disse Art, fazendo Mew rir.

- "Isso é impossível. Você é um..." - começou Mew, mas Art o interrompeu.

- "Beta?" - interrompeu. - "Eu sei que você ia dizer isso. Bom, também pensei que não poderia ter filhote, mas parece que eu posso. Isso é raro acontecer. Pode olhar a foto, ele é a cara da sua mãe biológica." - Mew olhou para a foto e não pôde negar que a criança tinha a aparência de sua mãe. Olhou para Gulf e viu que ele se recolhia mais no sofá.

- "Quero um teste de DNA." - afirmou Mew, pegando o papel. - "Imaginei que fosse querer." - disse Art, pegando um papel no bolso. - "Esse é meu número. Você pode marcar onde quiser que eu vou." - Mew pegou o papel e suspirou.

- "Mild, lembra da chave que Gulf mencionou?" - Boat chamou a atenção de Art e Mew, que olharam para os dois que entravam. Quanto a Gulf, ele continuava na mesma posição, olhando para um ponto fixo. Se alguém perguntasse para onde ele olhava, não saberia responder, pois lembrava pouco daquele dia, que estava passando e repassando em sua mente, causando forte enjoo.

- "Art?" - Boat perguntou. - "O que está fazendo aqui?"

- "Boat, quanto tempo." - sorriu. - "Vejo que também vai ter um filhote. Bom, Mew, se não ligar, eu apareço de novo." - disse saindo com um sorriso.

Quando Art voltou sobre o casamento, demorou a acreditar. Sempre achou que era único na vida de Mew. Mesmo sumido por tanto tempo e ter voltado com um filho, ainda tinha esperança de que Mew estivesse esperando por ele. Agora poderiam ser uma linda família feliz, mas Mew tinha isso com outra pessoa. Gulf aparentava ser o ômega que a família de Mew queria, desde o momento em que olhou para o ômega. Sentia que o conhecia, mas não lembrava de onde.

Depois que Art saiu, os três esperavam uma reação de Gulf. Contudo, ele permanecia da mesma forma. Tentaram chamar sua atenção, mas foram ignorados até que ele se levantou rapidamente e foi para o banheiro mais próximo, começando a vomitar no vaso. Mild foi ajudar, Boat não se sentia bem vendo outra pessoa vomitar por causa da gravidez, então ficou na sala. Mew queria ajudar, mas não sabia se o outro queria ele por perto. Não queria causar mais mal do que acreditava já ter causado. Depois de vomitar tudo o que podia e não podia, Mild ajudou Gulf a ir para a cama.

- "O que houve?" - perguntou Mew.

- "Art, ele é..." - começou, com a voz chorosa.

- "Ele é o quê?" - Mild perguntou preocupado.

- "O beta, aquele beta." - começou a chorar.

- "Se é ele, por que deixou entrar?" - perguntou Mild.

- "Ele entrou com permissão. Disse que só saía se falasse com Mew." - chorando mais, Gulf o abraçou.

- "Você não pode esconder isso do Mew. Ele tem que saber."

- "Eu não consigo." - disse com dificuldade por causa do choro. - "Conta você, por favor. Não vou nem conseguir começar."

- "Vou falar com ele." - queria que Gulf contasse mais, mas sabia que seria difícil. - "Vou chamar o Boat para ficar com você." - disse, se levantando.

Mild chegou na sala encontrou Boat com olhar nervoso. Isso o deixou ainda mais preocupado. Estava com medo de contar algo para ele também. Mew estava andando de um lado para o outro.

- "Boat, está bem? Está sentindo algo?" - disse, chamando a atenção dos dois.

- "Estou bem, querido."

- "Como está o Gulf?" - Mew perguntou.

- "Querido, você pode ficar com o Gulf enquanto converso com o Mew?" - perguntou Mild, ignorando a pergunta do outro. Boat apenas confirmou com a cabeça e foi. - "O que Art queria?"

- "Ele diz que teve um filho meu."

- "Oh." - Mild expressou surpresa. - "Vai ficar mais complicado do que pensei."

- "Como está o Gulf?"

- "Está bem." - sentou-se no sofá. - "Mew, preciso contar algo." - suspirou. - "Escuta, antes de tudo, quero deixar claro que meu amigo nunca inventaria algo do tipo para te impedir de ir atrás do Art."

- "Eu não vou." - foi sincero.

- "Desculpa, mas não temos nada que nos comprove isso." - disse, e Mew suspirou. - "Bom, quando eu era pequeno, as pessoas sempre me zoavam por não parecer vir de uma família de alfa supremos. Gulf sempre me defendeu e bateu em alguns garotos antes do nosso segundo gênero. Eu tive meu primeiro cio aos 13 anos. Desde então, comecei a sair com muitos ômegas. Quase um ano depois, quando eu e Gulf tínhamos 14, a gente ia e vinha da escola juntos. Mas um dia, eu fiquei porque queria ficar com uma ômega, e ele voltou sozinho." - parou de falar ao lembrar daquele dia. Sempre se culpou por ter deixado Gulf " sozinho, mew escutava tudo mas não entendia por que dessa historia toda - nesse dia ele entro no seu primeiro cio no caminho e - parou de falar novamente

- você não ajudou ele? como? -mew perguntou

- dois beta o encontram, um dele abusou dele - falou sem olhar para outro - betas não sente cheiro de ômega no cio, aquele ser fez isso por pura maldade - mild parou de falar esperado uma reação do outro alfa, mew só olhava assustada para ele então continuou a falar - eu quando estava voltado para casa sentir cheiro de ômega no cio, fui atraz para ver ser ômega estava bem, e o encontrei - diz chorado, só de lembrar a culpa aumenta - não gosto de lembrar como encontrei, até hoje me culpo, levei ele para casa, não tinha ninguém, ele não quis eu contasse até que ele descobriu que estava gravido

VOCÊ É MEU - MEWGULF ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora