VOCÊ É MEU - MEWGULF ABO

capítulo 4

"SUPPASIT

- Posso saber o que você estava tentando fazer? - diz a ver boat.

- Como assim? - fazendo-se de desentendido.

- Falar sobre Art para Gulf, o que você queria? - diz irritado.

- Meu amigo, eu e Kaoh estávamos conversando. Você acha certo estar fazendo isso com esse ômega?

- Como assim? -

- Como assim? Você só começou a sair com ele por raiva, ao saber que o beta lá está bem sem você. Pediu em casamento por chantagem do seu pai e o marcou sem sentir nada por ele. Você já imaginou quão triste é a situação dele? Como ômega, sinto tristeza por ele.

- Eu estou tentando ser um bom alfa para ele agora, tentando retribuir seus sentimentos.

- Está mesmo? - diz irritado - Não me diga que, lá no fundo, você não está esperando Art saber do seu casamento e vir impedir.

- Que? Não - diz nervoso.

- Não, pois sabia que ele sabe e até disse que estava feliz que você seguiu em frente.

- Que ele sabe?

- Sim.

- Como você sabe?

- Enquanto você estava fora, fui a Londres e o encontrei por lá. Ele já sabia, mas não sei como ele sabe.

Depois daquela conversa, o alfa ficou na dúvida se foi bom voltar ao restaurante novamente, tentando entender o que o amigo queria abrir a boca. Quando ele saiu de lá, pensou em ir atrás de Gulf, mas não quis irritá-lo, sabia disso e, então, não foi. Foi para o apartamento onde morava com o beta. Lá estava escuro e frio; ele não ia lá desde o término. Estava morando na casa dos pais, porém, agora, não queria ver ninguém.

Tomou um vinho que havia comprado no caminho, andou pelo local vendo as lembranças boas e ruins da época que morou.

- Não te amo mais, não como antes. Tenho carinho grande pelo ômega. Ainda não consigo amá-lo. Quando acho que vou conseguir, uma lembrança vem à minha mente - diz em voz alta para uma foto do beta no quarto - Vou ter que esquecer uma promessa e vou ser um bom alfa para Gulf.

(...)

Fazia quatro dias desde que Gulf não ligava ou se manifestava. No começo, ele não se preocupou, achou que o ômega precisava de um tempo, mas depois do segundo dia, começou a ligar. Não foi atendido. Pensou em ligar para os pais dele, mas o que diria? Por Kaoh, que iria buscar Turbo depois da faculdade e sabia que, pelo Gulf, estava bem. Isso o aliviava um pouco, mas ainda não entendia o porquê do distanciamento. Então, decidiu buscá-lo na faculdade, pois dava aula, e encontrou Kaoh lá.

KANAWUT

O que tinha mais medo aconteceu: sua marca sumiu e seu alfa não estava perto. Pensou que sentiria dor ou tristeza, mas acordou com um desconforto e vazio. Fingia estar bem, mas a vontade de sumir era maior. Na faculdade ou em casa, ninguém tinha notado sua mudança, então não precisou se explicar nem ver olhares de pena.

Fazia quatro dias que não via seu alfa, o que o deixava ainda mais com a sensação de vazio. Pensava se outros tinham notado a ausência da marca ou a dele mesmo, mas suspeitava que não. Ele sabia que Mild tinha razão, diz que deve pensar mais em si mesmo, e também sabia que era co-dependente emocionalmente do alfa. Sabia que poderia ficar assim para sempre, mas era inevitável.