15. Stella

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Meredith Pov

Já fazem mais de meia hora que estou na porta da escola da Stella, esperando que ela saia e nada. Ela nunca se atrasa, nem na entrada e muito menos na saída, ainda mais quando ela sabe que sou eu, quem vai buscá-la. Eu rodeio os olhos pelo ambiente e agora só é visível alguns alunos do ginásio. Eu desligo o carro e saio em disparada  escola a dentro.

Alguma coisa aconteceu não é possível.

Subo um lance de escadas rapidamente e saio logo em frente a secretaria onde eu paro para me informar.

- Boa tarde coordenadora Robbins, eu sou Meredith Grey responsável de Stella Grey Salvatore, uma aluna da educação infantil, estou a um tempo lá fora esperando por ela e ainda não a vi sair, houve alguma coisa ou algum imprevisto em sala ?

Verbalizo tentando não parecer mais nervosa do que já estou

- Olá sra. Grey, todas as crianças da educação infantil constam aqui como liberadas no horário de sempre. Nenhum outro parente, o pai ou babá vieram buscar ela e acabou se desencontrando de você?

- Mas é claro que não, ela sabia e a escola também que hoje era o meu dia de vir buscá-la. É impossível outra pessoa ter vindo pegar ela.

A essa altura meus nervos já estavam mais do que a flor da pele. Minha cabeça já não estava mais raciocinando com coerência e eu só queria saber onde diabos se enfiou a minha Stella.

- Olha, eu peço que a senhora se acalme sra Grey. Com certeza houve um engano e eu já vou resolver isso para a senhora, só se acalme, por favor.

A coordenadora tenta me tranquilizar, mas tudo que eu queria agora era dar um soco bem dado nela. Como ela com toda essa doçura me pede calma em um momento como esse?

- Só encontre a minha filha. É impossível que ninguém nessa porcaria de lugar não tenha visto uma menina extremamente falante e saltitante passar por aqui. Você tem alguns minutos para retornar com ela se não eu vou acionar a polícia inteira de Nova York.

- Não será necessário, senhora Grey.

Ela sai da minha presença e eu sigo inquieta andando de um lado para o outro com os piores cenários em minha cabeça.

Ela tem que estar aqui dentro em algum lugar. Ela não deve ter saído e nem ido longe, ela sabe que não pode ir com estranhos ou sair sem falar ou pedir permissão a um adulto.

Esses pensamentos não paravam de rodear a minha cabeça e a qualquer momento eu sentia que iria surtar

Sem pestanejar alcanço meu celular na bolsa e resolvo ligar para alguém que poderia me ajudar, não que eu ache que somos íntimos o suficiente ou amigos para o pedir favores, mas era sobre a minha filha que estávamos falando, eu iria até o inferno por ela sem questionar.

Ligação on •

- Deluca?

- Quem deseja ?

Seu tom era sério e nesta hora eu me praguejei por ter ligado

- Capitã Grey, UVE.

Usei o meu melhor tom casual sem parecer ignorante

- Oh sim, o que deseja capitã?

- Desculpa o incômodo, eu não ligaria se não fosse importante mas é que eu...

Neste mesmo momento eu pude escutar um burburinho ao fundo, a voz era feminina apesar de eu não ter identificado o que era dito.

- Desculpa eu não deveria ter ligado.

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