Sinopse:
O que você faria se fosse obrigado a se casar com uma completa desconhecida?
Thiago Borges levou um susto quando foi apenas avisado da data de seu noivado, não tendo a mínima chance de escolha. O filho do CEO da Naturalize sabia o que o des...
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Thiago
— Felipe... — chamo meu amigo em um sussurro e na mesma hora ergue os olhos para mim.
Sinalizo com os dedos para que me siga, ouço o barulho de sua cadeira se afastando, e ele me encontra no corredor.
— O que foi?
— Vamos tomar um café? — convido-o e ele aceita.
Pegamos o elevador e descemos até o primeiro andar, onde fica a cozinha da empresa e, por sorte, não há ninguém por aqui. Esperei passar o horário em que os funcionários costumam vir buscar café para chamar o meu amigo.
Pego duas xícaras no armário e nos sirvo de café, chamando-o para se sentar comigo na mesa de canto.
E, assim que ele se senta de frente para mim, vê a aliança reluzindo no meu dedo.
— Putz... Aconteceu mesmo, hein? E aí, como foi? Como ela é?
Bebo um gole da bebida quente e esfrego os olhos antes de responder.
— Ela é um doce, Felipe... Conhecê-la me partiu ao meio.
— E você esperava que ela fosse detestável? — Arqueia a sobrancelha e eu rio.
— Não, claro que não. Mas também não esperava que fosse tão doce... Tão meiga... Ela só tem vinte anos, Felipe. Você tem noção?
Meu amigo solta um assobio e eu pego o celular para mostrar uma foto dela.
— Uau... Ela é linda, hein? Você teve sorte.
— É... Acho que sim. Mas dela já não sei se posso dizer o mesmo — solto em um quase sussurro e ele franze o cenho para mim.
— Por quê? — pergunta e eu nego balançando a cabeça.
Estou preferindo evitar pensar sobre isso nos últimos dias.
— Eu o chamei aqui pelo seguinte... Ninguém sabe que esse casamento não foi escolha minha. Só você, além do meu pai, nesta empresa. E você sabe que seu Inácio é muito discreto quanto à vida pessoal.
— Sei sim...
— Então... Para todos os efeitos, eu já conheço a Mona há mais tempo e sou apaixonado por ela, OK?
Felipe me olha sério e depois cai na risada.
— E você acha que a Vitória vai cair nessa, né? — Cruza os braços e me olha desafiador; eu praguejo baixinho.
— Que merda... Eu tinha me esquecido dela.
Vitória é uma funcionária do setor financeiro daqui da empresa. Nós saímos algumas vezes e acabamos ficando juntos. Embora eu sempre tenha deixado claro que nunca rolaria nada de mais entre nós dois, é claro que ela alimentou esperança durante esses anos.