Escolhida para mim - [DEGUSTAÇÃO]

Capítulo 6

Monalisa

Entro e saio de várias lojas no shopping de Ipatinga, cidade vizinha à minha, enquanto minha mãe enlouquece com tanta coisa linda.

É real.

Eu vou mesmo me casar.

Daqui a cinco meses, para ser mais específica.

Thiago conseguiu mexer os pauzinhos e adiar o nosso casamento, assim como me prometeu.

Vamos nos casar no dia quatro de dezembro, em um sábado ensolarado. Nesse último mês, o que temos feito é organizar as coisas do casamento, já que está bem em cima da hora para mexer com os preparativos.

Alugamos um salão de festas em um sítio na minha cidade, no bairro Arataquinha, onde será a cerimônia e o jantar. Já conseguimos contratar cerimonial, bufê e decoração. Também olhamos o meu vestido e na semana passada conseguimos encontrar um que ficou simplesmente incrível em mim. Ficaram pendentes agora a orquestra e alguns outros detalhes, como convites, lembrancinhas e afins.

Hoje, minha mãe me trouxe para olharmos o meu enxoval. Pois, por mais que o meu noivo já more sozinho, ela quer que eu leve roupas de cama novas. Nem adianta contestar a dona Marisa, mas a simples menção a mim, ao Thiago e a uma cama na mesma frase já me causa arrepios.

Começamos com toalhas de banho, roupas de mesa e itens para cozinha. Confesso que amei essa parte, porque já consigo visualizar várias mesas lindas que posso montar para nós dois. Compramos jogos americanos, sousplats, taças e louças diferentes, tendo o cuidado de não exagerar, pois sei que muita coisa nós vamos ganhar de presente.

E, quando chegamos ao setor de roupas de cama, minha mãe coloca as mãos na cintura.

— Você perguntou ao Thiago o tamanho da cama de vocês? — pergunta na maior naturalidade e eu me engasgo com o ar.

— Eu... — gaguejo e ela solta uma risadinha. — Eu não perguntei nada disso, mãe. Pelo amor de Deus!

— Pois tem que perguntar! Como vamos saber o tamanho certo?

— Ai, meu Deus...

— Liga para ele e pergunta!

— A uma hora dessas? Não, mãe... Ele está no trabalho.

— Então mande mensagem, Mona! Não é possível que ele não pode responder a uma pergunta tão fácil.

Minha mãe cruza os braços e me lança um olhar firme, fazendo-me ver que não terei escolha.

Ai, que vergonha!

Pego o celular na bolsa e procuro pelo seu contato, digitando uma mensagem para ele.

Eu: Oi... Está muito ocupado agora?

Coloco o celular no bolso e, enquanto ele não responde, eu me distraio em alguns tapetes lindos da loja.