Já fazem 2 anos que estou livre dos muros de concreto da prisão, finalmente posso viver tranquilamente, posso sentir o sol sobre minha pele, posso respirar o ar puro ao meu redor, eu finalmente posso ir e vir, para onde eu desejar, eu tenho um lar para retornar, e tenho alguém que me ama e que também amo.
Nesses 2 anos eu aprendi muitas coisas, inclusive aprendi como eu deveria viver, aprendi que até eu posso fazer as pessoas sorrirem e se sentirem bem por estarem perto de mim.
Não tive em nenhum momento coragem de visitar o Baji, não fiz isso por querer, ou por não me importar com ele, eu só não conseguia lhe visitar sem me sentir um traidor, mas agora eu finalmente estou pronto, eu finalmente posso ti visitar.
- Kei, quanto tempo né? já se passaram 12 anos, agora eu tenho 27 anos, e todas nossos momentos felizes foram deixados para trás, e agora existem apenas em minha memória, eu ainda não consigo me perdoar, apesar de ter obtido o perdão do Chifuyu, dos fundadores da Toman, e até mesmo do Mickey, eu ainda me sinto culpado, e penso todos os dias em como você estaria hoje em dia, caso aínda estivesse vivo, sinto meu peito apertar toda vez que penso sobre isso, não consigo ser forte como o Chifuyu, e sempre que me lembro de você e dos nossos momentos felizes juntos, eu ainda choro.
- Eu ainda sonho com você quase todos os dias, mas já faz um tempo que meus sonhos com você mudaram, agora envés de te ver chorando em meus meus sonhos, você está sempre está sorrindo para mim, de certa forma isso me conforta, eu sinto saudade do que éramos antes, sinto falta de irmos ao fliperama e passarmos horas jogando mortal Kombat, sinto falta das nossas apostas bobas valendo revistas e mangas, sinto fala de absolutamente tudo que envolva você, todos os dias eu sinto sua falta, e ainda dói muito.
- Obrigado por tudo que você fez por mim, você sempre esteve comigo, em todos os momentos que mais precisei, sempre era você quem estava lá, e me tirava do fundo do poço, você era minha luz, sempre foi você, obrigado por se importar comigo, obrigado por ter estendido sua mão para mim quando o mundo inteiro se esqueceu de mim, obrigado por ter me colocado nos trilhos quando eu estava sem rumo, obrigada por ter sido meu amigo, e me perdoe por ter tirado tudo de você.
- Hanemiya. " Uma voz feminina chamou a atenção de Kazutora que estava sentado diante o túmulo de Baji, prestando uma oração."
Ao se virar e encarar a mulher de frente, Kazutora por um segundo pensou que Baji estava diante de si, mas a verdade era bem mais aterrorizante, a mulher diante de si era a mãe de Baji, ao vê-la depois de tantos anos Kazutora se sentio envergonhado se sentio um monstro por todo sofrimento que causou a ela quando colaborou com a morte de seu único filho, ela continuava exatamente igual, Baji tinha herdado de sua mãe seus cabelos negros e seus olhos castanhos, eles eram idênticos, olhar para ela, era como olhar para Baji.
- Estou indo embora, me desculpa por vir aqui. "Kazutora se levantou apressado, seu único desejo era fugir dali, olhar para mãe de Baji era aterrorizante, Kazutora estava com medo e sentia que iria desmoronar com qualquer coisa que a mulher lhe dissesse."
- Eu pensei que nunca mais ti veria. "Com poucas palavras, a mulher conseguiu fazer com que Kazutora parasse e a olhasse." - Sabe, eu não conseguia entender porque logo meu menino tinha que ter morrido, ele era tão jovem, ele sempre estava sorrindo, ele era tão doce, e sempre foi um bom menino. "Ao falar de seu filho a mulher tinha seus olhos marejados, como se fosse chorar a qualquer momento."
Kazutora não conseguia dizer uma única palavra, seu seu coração estava apertado, como se alguém estivesse o apertando com força afim de dilacera-lo,
era impossível se manter firme diante da mulher, Kazutora queria chorar e se esconder, era muito difícil conseguir encarar a mãe de Baji, mesmo depois de anos.- Sinto falta do meu menino todos os dias, eu paro e penso todos os dias, no homem que ele se tornaria, ele se tornaria um veterinário? Ele ainda teria seu cabelo longo? Ele ainda amaria se envolver em brigas e acharia legal? Seu lugar favorito ainda seria o dojo da família Sano? Me pergunto essas coisas todos os dias quando acordo pela manhã, eu sinto muita falta do meu filho, eu deveria ter sido uma mãe melhor, eu deveria ter prestado mais atenção nele, se eu não estivesse sempre ocupada trabalhando eu poderia ter evitado tudo isso, eu ainda teria meu precioso menino comigo. " Não conseguindo mais se conter a mulher chorou, Kazutora não era o único que se sentia culpado."
- A culpa nunca foi sua, a culpa é minha, a culpa sempre foi minha, e sempre será minha, eu que matei seu filho, eu que tirei o seu precioso filho de você, direcione todo seu ódio, todo seu rancor e toda culpa que você sente a mim."Kazutora finalmente conseguiu dizer algo mesmo que sua garganta estivesse doendo como se ele estivesse perdendo suas voz, Kazutora tinha seus olhos cheios de lágrimas, era tão doloroso e difícil lidar com todos aqueles sentimentos."
- Eu fiz isso, fiz por muito tempo, eu te odiei com todo meu coração, eu não consiguia entender o porque você tinha feito isso logo com o Keisuke, foi assim por anos. "Kazutora sentiu seu coração apertar ainda mais ouvindo todas aquelas palavras."
- Depois de cinco anos, que Keisuke tinha morrido Matsuno me visitou, nada fazia sentindo para mim, eu estava vivendo uma vida pacata e solitária, ele me levou fotos e vídeos do Keisuke, pela primeira vez em cinco anos, eu me senti feliz novamente.
- Matsuno me contou tudo o que aconteceu, ele me contou tudo que o Keisuke havia feito naquele dia, ele me contou que meu menino havia se suicidado por um amigo, para que esse amigo pudesse viver feliz e sem culpa, àquilo acabou comigo, eu não consegui aceitar nada daquilo, eu coloquei Matsuno para fora da minha casa, e o mandei nunca mais me procurar, ouvir que meu filho tirou sua própria vida era mais doloroso do que ouvir que alguém tinha tirado sua vida.
- Demorou muito para que eu pudesse aceitar a verdade, mas no fundo do meu coração eu sabia que Matsuno não estava mentindo, Keisuke sempre foi tão imprudente, e sempre pensou mais nós outros do que em si mesmo, eu sabia que era verdade, só não quis aceitar, quando finalmente aceitei, procurei por Matsuno e me desculpei, e o agradeci por ele ter sido o único que me disse a verdade.
- Sabendo o porque meu filho fez isso e sabendo do seus últimos desejos em seu leito de morte eu pude entender o quanto ele amava seus amigos e o quanto ele desejava que vocês fossem felizes, mesmo que ele não pudesse estar com vocês.
- Eu não te odeio mais, viva, seja feliz pelo Keisuke, ele te amava tanto que deu sua vida por você, então viva por ele também. "Ainda com sua lágrimas caindo a mulher deu um sorriso, e ao por uma linda rosa branca sobre a lápide de seu filho se virou para ir embora sem dizer mais uma única palavra.
- Eu viverei, nunca deixaria nada do que ele fez por mim ser em vão. "Ao vê a mulher ir, Kazutora gritou para que ela ouvisse, ela continuou a andar e apenas acenou sem se virar, ainda era difícil encarar Kazutora mesmo depois de anos, muitos sentimentos vinham a tona ao olhar seus olhos cheios de culpa e arrependimento."
Mesmo que sentisse falta de seu filho todos os dias, sua saudade a fazia continuar vivendo, ainda doía, e ela ainda chorava, pois seu filho era o que ela tinha de mais precioso, mas em sua memória apenas restavam momentos felizes com seu seu amado menino, tudo o que Keisuke já havia sido, lhe trazia muIta alegria e orgulho de ser sua mãe, pois ela sabia o enorme coração que seu filho tinha e sabia o quanto ele era amado pelos seus amigos e por todos que o conheceram.
Ao chegar em casa Kazutora chorou como nunca havia chorado antes, seu coração não estava mais pesado e um enorme fardo tinha saído de seus ombros, e estando refugiando ao abraço apertado e acolhedor de Chifuyu, Kazutora deixou todas suas mágoas, arrependimentos e tristezas irem embora junto de suas lágrimas, que não paravam de cair.
Chifuyu se sentiu feliz e aliviado, por Kazutora finalmente ter entendido que ele poderia viver tranquilo, e não se sentir culpado por estar feliz, pois todos já tinham lhe perdoado verdadeiramente.
Chifuyu ficou ali, abraçado a Kazutora até que ele finalmente parece de chorar, beijando sua testa de forma carinhosa e sorrindo de forma gentil, Chifuyu olhou Kazutora nós olhos e lhe disse.
- Você não precisa mais se culpar por estar feliz.
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Uma nova chance.
FanficJá haviam se passado dez anos, Kazutora finalmente estava livre, apesar de poder sentir o sol sobre si e ter o direito de ir e vir para onde quisesse, o mesmo não se achava merecedor de tais privilégios que a vida lhe ofereceu, seu coração estava va...