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━━━━━━━ quatro meses depois. S/n pov:
Sentada sobre a poltrona lilás macia em frente a janela, aonde a vista do grande jardim coloria sua visão sobre aquela imagem, me sentia fora de mim mesma.
Fazia tempos que não me sentia eu mesma, não sentia vontade nem mesmo de viver.
Abraçada aos meus joelhos, permito chorar como uma criança amendrotada após todo o caos que aconteceu em minha vida nos últimos quatro meses.
Papai passava noites em claros a procura daquele homem, junto a Tobirama que por algum motivo desconhecido por mim, tinha ligação com aquele homem.
As primeiras semanas dentro daquele hospital foi um completo inferno, todos queriam saber o que tinha acontecido comigo. Os noticiários na tv sobre o ocorrido circulavam por toda cidade, deixando meus dias muito mais sombrios.
O enterro de Deidara aconteceu um dia depois da polícia achá-lo junto a mim, sendo enterrado com inúmeras rosas e lágrimas de pessoas próximas a ele, mas eu não fui.
Era demais para mim, não conseguiria vê o homem de minha vida sendo enterrado. No fundo, eu sentia que ele voltaria.
Quando voltei para casa, não sabia mais como era sair dela, porque minha única vontade era ficar na cama ou pelos cantos da casa.
Não tinha interesse em absolutamente nada, apenas querendo parar de existir.
Toda noite, pesadelos daquele momento desastroso apareciam para me atormentar, me deixando perturbada o resto da noite.
Uma sensação de vazio, de dor, de angústia e pânico era meus inimigos durante todo momento. Saber que não me sentia mais livre para deixar meu pai se aproximar e me da beijos carinhosos como ele sempre fazia quando eu ficava com medo, me deixaria tão apavorada com essa aproximação.
Podia notar o quanto aquilo o magoava, e por mais que eu quisesse mudar aquilo, simplesmente não conseguia, porque sempre sentia que iriam me machucar.
O meu mundo desabou quando voltei ao médico por está sentindo alguns sintomas estranhos, dois meses depois do ocorrido. Ouvir o médico me encarar hesitante, dizendo em lentas palavras que estava grávida, me fez sair de sua sala e correr para fora somente para gritar.
Tudo que eu guardei por dias em meu peito se desfez, gritando até ficar sem voz por aquela dor e desgraça jogada em minha vida.
O medo de ser filho daquele monstro me dava calafrios, me fazendo ter pensamentos obscenos para acabar com aquilo, e a ideia de um aborto surgiu em minha mente.
