Acordei sem saber onde estava, como cheguei... ou mesmo quanto tempo tinha ́ passado. minhas costas doíam pelo tempo que tinha ficado parado, olhei ao meu redor na tentativa de me encontrar. Fitei tudo, dos grandes aos pequenos detalhes e percebi que não havia entrado naquele em momento algum...
Era uma sala de cor laranja e amarelo, cortada por uma linha preta que passava verticalmente dando uma volta pela estrutura. Me levantava já bem exausto, meu corpo estava bem enfaixado nos lugares que tinham sido cortados, até onde as flechas haviam me penetrado. Fiquei parado por alguns instantes pensando, escutei um barulho saindo de fora e fiquei na espera. Percebo que era um dos rattans acompanhando Ergon Paxa, ele me olhava enquanto o outro se aproximava analisando meu corpo ferido.--escapou por pouco. As flechas estavam todas com detritos e banhadas em mijo, se você tivesse tomado mais uma... era certo seu óbito.--
ele dizia enquanto pegava um pequeno papiro e fazendo algumas anotações, o rattan ao meu lado estava utilizando de uma cor bem clara tampando totalmente sua face, deixando para fora apenas seus olhos escuros.
O toque era calmo em meu corpo enquanto ele deslizava abrindo um dos trapos o tirando com cautela, via uma substância pegajosa dela, de uma cor laranja bem escura e tirava aos poucos.. sentia meus pelos saindo junto numa combinação de dor e alívio.
--oque é isto que vocês usaram?--
perguntava um pouco curioso com a substância desconhecida por mim. o rattan que me atendia olhava para o lado e dizia
--bálsamo forte--e puxava mais uma vez tirando aquela cola de meu tronco, minha ferida estava bem curada.. mas tinha deixado seu legado como uma cicatriz
-Bom garoto, não sei se você sabe mas você está dormindo a muitas horas, quem sabe o certo dizer 1 dia e meio. Mas isso não importa muito, já que atravessamos a fronteira e estamos agora na Terra de Ninguém.--
Esticava os braços e empurrava as costas com eles e olhava para Paxa enquanto o outro removia minhas faixas em alguns momentos
--bem, e qual parte da viagem... iremos, nos dividir para lados opostos?--
questionava-o enquanto segurava uma dor.
--bem, o caminho é longo... perto da fronteira com o Império Jing. Será certa a parada nela lá vocês humanoides não são bem vistos, então por motivos de precaução vou te tirar da mira dele antes que algo pior ocorra--
Ergon falava com um olhar sério em minha face enquanto aos pouco eu me levantava de forma calma e cuidadosa, esticava os dois braços e por fim dizia
--bom, então por momento seremos ainda companheiros de viagem. mas e os Daemis, eles vão ser um problema a nós ou não?--
o questionava enquanto procurava minhas roupas no local. Ele me jogava minha braçadeira a mim e sem enrolar citava tal assunto
--bom, devo dizer que não me preocupo com este povo no momento, com tantos problemas... acho que o mínimo que eles tentaram é caçar alguma carne nova, mas isso eu acho que consigo resolver... agora os monstros da região podem dificultar bem nossa viagem--
suas palavras eram retas, não se descontraia em momento algum. parecia até mesmo um pouco frio fiquei o observando por alguns segundos e suspirava
--olha... acho que estou melhor... prevejo que devemos ter preparo para tudo que possa vir a ocorrer daqui para frente, mas devo admitir que prevejo que tenhamos sorte--
falava enquanto andava ainda com aquela leve roupa
-- entendo. suas roupas estão no último carro. demos uma organizada nele para vocês ficarem mais confortáveis a viagem, espero que goste dos aprimoramento--
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Centurion, escrito a golpes de Navalha
FantasyCom a morte do Senador Irgvor Maltius, Centurion se encontra em um estado de estabilidade, sua importância e a ausência de uma vaga de poder dentro de uma das maiores nações de Una' trouxe a um grave conflito intervencionista e político dentro do pa...