Capítulo 2: Inicio da Expedição

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 Havia sido um dia cheio, tinha resolvido tudo que havia de fazer dentro da cidade... compra de itens, contatos com colegas e amigos, contas que teria que receber e pagar, mas no fim estava tudo pronto. A manhã tinha sido bem corrida e as primeiras horas da tarde haviam sido exaustivas, voltei para minha casa, já com tudo em mãos... mesmo que ainda com sangue seco em meu corpo, isso não fazia eu me aparecer em meio a multidão já que acostumadas com os sangrentos espetáculos da capital viam aquilo com normalidade. Entrei em casa vendo minha matriarca sentada olhando alguns documentos, ela visava-me por um momento e dizia.

--então é verdade... terás que ir embora?--

Sua voz se mostrava triste e cabisbaixa. Eu respirei fundo enquanto tocava minha ferida já cicatrizada

--Não há muitas opções mãe, é um pequeno sacrifício que devo fazer para evitar outros maiores. E ainda, irei a realizar seu desejo.--

Dizia aquilo de forma baixa e tentando ser o mais formal para não deixá-la pior do que já estava, ela consentiu com a cabeça e recitou as seguintes palavras

--está bem... meu filho, tens certeza que ficará bem? você é meu único herdeiro vivo e a última coisa que tenho de seu pai. Sabes... que não quero ver você partir desta vida, você me promete que vai ficar vivo a todo custo?--

ela me olhava lacrimejando em cima dos documentos. Eu dropei meus equipamentos e ia até ela abraçando fortemente

--vai ficar tudo bem, prometo voltar vivo. Te juro em nome do patrono...--

ela me tocava, já limpando suas lágrimas em meu robe

--confio em ti, sei que criei um homem de palavra...--

Ela olhava para mim tocando em meu rosto já se levantando de forma devagar e bem serena.

--espere um pouco. irei buscar uma coisa--

dava 2 tapinhas em minha bochecha e caminhava em direção à dispensa. Eu ficava alguns minutos esperando ela parado, refletindo um pouco oque deveria fazer na viagem e quais os caminhos que eu deveria trilhar... escutei uma saca tombando dentro da dispensa e ela voltando com um pouco de farinha em seus pés e uma caixa de beluta em suas mãos. ela colocava na mesa , eu olhava para aquilo sem entender bem oque era

--o'que é isso?--

perguntava de forma curiosa enquanto olhava para a caixa. Ela a abria lentamente mostrando um pano branco que a rodeava um colar com um pingente em formato da cabeça de uma coruja, símbolo do império.

--este é um item que seu pai me deu, disse que era para quando fosse fazer algo muito valoroso. isto o protegeu em suas guerras em prol do imperador, ele me ajudou na época que eu administrei.... agora é sua vez meu filho, você agora terá um grande peso nas costas. Muitos tentaram lhe fazer sofrer lhe tirar a vida... mas acredito que levando isto, terás energias boas para sua longa jornada--

Eu escutava aquelas palavras recitadas por ela enquanto pegava o colar olhando os olhos negros da coruja... olhava para minha mãe e colocava aquilo em meu pescoço, era leve e não parecia ser magico mas mesmo assim confiava nas palavras de minha matriarca.

--obrigado... por tudo, obrigado--

a respondia feliz por tal presente enquanto o apertava com a mão, ela sorria para mim me abraçando uma última vez antes de partir. eu tocava nos ombros dela e dizia de forma agora neutra sem emocionar mais aquele momentos

--bom. tenho que me arrumar, eles partirão a noite e irei com eles antes que outro acidente ocorra, posso lhe pedir uma coisa?--

ela afirma positivamente com a cabeça.

Centurion, escrito a golpes de NavalhaOnde histórias criam vida. Descubra agora