1992, marcou a minha vida como uma cicatriz inesperada, onde o mundo preto e branco que eu enxergava foi inundado por tons de azuis que possuiu meu corpo o tomando como dono.
Foi quando eu conheci ele. Com a sua personalidade rebelde, cabelo azulado...
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Boa leitura!
#meupombinhoazul
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°Jungkook°
River Town era uma cidade pacata litorânea perdida em algum lugar da Califórnia, era o tipo de cidade que você jura ir embora quando mais novo, mas apodrece lá até os seus últimos dias.
Eu fui um desses sonhadores de que na primeira oportunidade iria embora sem olhar para trás, porém com o tempo percebi que não passava de sonhos. River Town era a cidade que a cada ano que você passa nela, raízes vão enroscando nos seus tornozelos te amaldiçoando a ficar para sempre por lá.
O ano era 1992, tinha acabado de entrar na sonhada faculdade de administração para quando concluir poder assumir as empresas Jeon: o império de petróleo do meu pai.
Mas também foi o ano que eu conheci ele.
Ele possuía várias filiais pela cidade, que antes ser dele era do vovô que por consequência também foi herdado do pai dele. A hierarquia dos filhos primogênitos dos Jeons durava quatro gerações seguidas, sem nenhuma mulher para "sujar" a linhagem, como eles costumavam dizer.
Era início de Fevereiro, o inverno ainda domava a cidade, mas como uma boa cidade Califórnia a neve passava abatido e apenas umas chuvas fortes apareciam junto com ventos congelantes.
Observava pela a janela do banco traseiro do carro do meu pai a paisagem passando em uma velocidade mínima, estava indo para a River's College a faculdade que eu haviam entrado, especificamente o dormitório aonde seria o meu novo lar durante os quartos anos do curso.
— Está nervoso querido? — Perguntou a minha mãe que me observava pelo o retrovisor dentro do carro no assento de passageiro que ficava ao lado do de piloto que era ocupado pelo meu pai.
— Acho que um pouco. — Respondi meio incerto, por não ter a certeza do que eu sentia sobre essa situação.
— É porque é um lugar diferente do que você está acostumado, depois de uns dias vai ser como se estivesse em casa. — Disse o meu pai sem tirar os olhos da estrada.
— Vai dar tudo certo. — Minha mãe sorriu para mim e eu fiz questão de retribuir com um sorriso de leve.
Para mim minha mãe sempre pareceu uma princesa escocesa, talvez fosse por uns ancestrais distantes, já que ela é imigrante da Escócia. Veio quando criança junto com os pais para o Estados Unidos em busca de oportunidades, as vezes eu invejava os olhos verdes e o ruivo claro do cabelo que eu não tive a sorte de herdar.
