1992, marcou a minha vida como uma cicatriz inesperada, onde o mundo preto e branco que eu enxergava foi inundado por tons de azuis que possuiu meu corpo o tomando como dono.
Foi quando eu conheci ele. Com a sua personalidade rebelde, cabelo azulado...
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Boa leitura!
#meupombinhoazul
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°Jungkook°
A primavera se mostrava aos poucos juntos com os botões de flores que se abriram timidamente. Março tinha chegando e a minha relação com o azulado não tinha avançado como eu gostaria que acontecesse.
Nós esbarrávamos quase sempre pelos corredores do dormitório e da biblioteca, mas apenas trocávamos olhares.
Os olhares eram silenciosos, porém certos olhares são mil vezes mais barulhentos do que palavras. E o meu e do Jimin eram exatamente assim; escandalosos.
Uma vez disse um "oi", porém antes que eu tivesse a resposta Taylor apareceu e me arrastou para longe dizendo que a abertura do jogo de futebol americano do campo da faculdade iria começar e se não fôssemos naquele momento iríamos perder a melhor parte.
A melhor parte era que eu sempre odiei futebol!
Eu ainda espiava a janela do meu quarto as altas horas da noite, apenas para saber se aquele dia o fogo azul indomável que era Jimin. Passaria por aquelas bandas fugindo até desaparecer no breu da noite.
Me recordo de ficar olhando em cinco e em cinco minutos para o meu roommate com medo de ser pego no flagra, mesmo sabendo que o loiro não se encontrava acordado por causa dos roncos ensurdecedores.
Algumas vezes eu não pregava o olho de noite, ficava encarando a porta fechada, apenas esperando um bilhete azul escrito com caneta cor de prata passar por baixo da porta.
Mas o bilhete nunca veio.
Isso tudo era porque eu queria descobrir mais sobre Blue. Queria me aproximar de Blue, queria ser amigo dele.
Então resolvi que seria a minha vez de surpreendê-lo. Só tinha que achar ele primeiro, pois ainda faltava a coragem de bater na porta dele.
Não sei dizer se foi sorte, destino ou apenas uma coincidência. Por que no dia 22 de março quando adentrei a biblioteca da faculdade a procura de um livro de matemática aplicada, a primeira coisa que visualizei foi o deslumbre de fios azuis bagunçados e o dono deles estava sentado na terceira mesa que ficava perto do começo das longas estantes.
