Capítulo 164

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Capítulo 164 💗

Dois dias depois.

Minha mãe não comentou muito sobre seu encontro com Dominick há dois dias atrás e ela também não me perguntou muito sobre o que aconteceu entre eu e Rafael, ela estava um pouco esquisita.
— Por que eu não vou ao colégio hoje? — questionei minha mãe, enquanto ela andava de um lado para o outro no meio da sala. — Mãe?
— Precisamos conversar! — segurou meu pulso e me puxou na direção do sofá.
— Então fala logo, está me deixando aflita!
— É sobre o Dominick e você! — respirou fundo. — Eu e seu pai fomos pra cama na mesma semana que Dominick me deixou, eu estava com raiva dele, achei que isso seria uma forma de aliviar tudo que estava acontecendo. Eu era inconsequente demais, uma garota sem parafusos. Mas em compensação, a vida me deu você de presente e agradeço a Deus todos os dias por sua vida!
— Mãe, desenrola! — estalei os dedos.
— Você percebeu que não se parece nada com o seu pai?
— Mas... — parei de falar por um instante, a encarando confusa. — Mas e o vovô? Eu me pareço com ele...
— Não, não parece. Ele ainda tem os olhos meio esverdeados...
— O que você quer dizer com tudo isso? — gesticulei com as mãos, impaciente.
— Dominick, ele... ele pode ser seu pai! Quando descobri a gravidez até cogitei essa possibilidade, mas depois esqueci, coloquei na minha cabeça que seu pai era o Frederick e segui minha vida...
— Acreditando na própria mentira e me enfiando em uma mentira também. E se o Dominick for mesmo o meu pai? Você fez dezessete anos da minha vida como um verdadeiro circo e...
— Filha, o Frederick nunca vai deixar de ser seu pai! Ele te criou, te cuidou, te amou como um pai de verdade, mas o Dominick... o Dominick também sente o mesmo carinho por você e provavelmente ele é seu pai de sangue. Sei que tudo isso é confuso e sei que vai demorar pra você entender tantas coisas, mas pensa pelo lado bom: o Dominick é um homem incrível, disposto a recuperar todo tempo perdido pra ser um pai presente na sua vida.
— Chega! — pedi, respirando fundo.
— Eu pensei que...
— Que eu fosse ficar superfeliz? — ironizei. — Eu quero ficar sozinha, preciso digerir esse tanta de coisa maluca que você me disse!

...

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