4 capítulo

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- que história é essa de "Novas espécies"- o homem fez um movimento com dois dedos de cada mão, o que eu com certeza vou perguntar o quê é para a mar depois.

- bom senhor lionson, se vocês não sabem, vocês estão patrocinando um laboratório de testes, certo?!

- sim, nós sabemos, nós patrocinamos esses laboratórios que estudam e tentam achar cura para vários vírus e doenças.- disse um dos homens.

Eles todos estavam confusos.

Martha respirou fundo, pegou fôlego e começou a falar.

- Só que tem um probleminha- disse ela sarcástica- eles não estão fazendo os testes em animais, e pelo amor de Deus, vocês não tem coração?! Se eles estivessem fazendo testes com animais vocês iriam achar isso bacana?! Isso é cruel!!- esbravejou ela- agora voltando ao assunto principal, eles estão fazendo esses testes com humanos.

Todos se calaram, como se tivessem levado um tapa na cara.

Os corações deles aceleraram, o cheiro de medo era insuportável naquela sala.

- mais como a senhora tem tanta certeza disso?!- perguntou a única mulher, além de mim e dá martha.

- eu tenho provas afirmou mar

- pode mostrar a nós?- a mesma perguntou

- será um prazer srta.- sorriu.

Ela estava com o coração acelerado e muito nervosa, mais de alguma forma, conseguiu disfarçar tudo.

Ela foi até seu computador e colocou em uma pasta escrita "Novas espécies", antes de apertar ela me olhou.

Apenas acenti, então tudo começou a aparecer naquela televisão.

-Vamos começar agora os testes com a 287, ela está em perfeito estado, peso total é de 24 kg e nasceu dia 15.02.1998, agora está com cinco meses.- o homem que estava gravando não apareceu, mais então eu vi quando um homem chegou perto do meu berçário com uma agulha.- vamos dar um vírus mortal a esse bebezinho e depois vamos dar a provável cura, queremos ver como seu corpo vai reagir.

Depois disso, vi um "eu bebê" tomando a vacina e chorando.

Todos na mesa estavam horrorizados, mais ainda não sabiam que aquele bebê era eu.

Outro vídeo começou a ser reproduzido na tv, ainda sendo eu a personagem principal, mais agora eu estava nos meu 5 aninhos.

- Ei aberração- tony era o nome desse otário - pega aqui sua comida monstrinho.

- sai daqui!- gritei e rosnei

Percebi que as pessoas da mesa ficaram ainda mais impressionadas.

- pega essa merda- jogou o prato, onde apareceu a carne, uma carne crua e uma garrafinha com água.

- ela vai comer isso?!- perguntou a fêmea pasma- isso é monstruoso!

Mais outro vídeo, mostrou tudo, tudo mesmo, agressões, os testes, tudo.

Até que apareceu um último vídeo, onde eu estava de costa para a câmera.

Me levantei num pulo da minha cama, e fui pra grade, todos ficaram ainda mais impressionados quando viram quem vinha no corredor.

Sim era o último vídeo, só que não aparecia meu rosto, o cabelo estava na frente do meu rosto.

- 287- ouvi a voz da martha.

Tudo voltou a minha mente, ela abrindo a porta, as mortes, e... em fim, o cheiro de terra molhada.

Vimos todos os vídeos, eu vi toda a minha vida passar pelo meus olhos.

Realmente horrível - pensei

- isso é... eu não sei, isso me deixou sem palavras! - afirmou o senhor que estava do outro lado da mesa, na outra cabeceira.

- onde está ela agora?!- essa pergunta fez todos virarem a cabeça na direção de martha.

- Ela está segura agora e continuará assim até esses bastardos forem presos!- respondeu-lhes de forma firme.

- Você soltou ela em meio de nós?! Depois de tudo que os humanos a fizeram!? Você só pode estar louca!

- Entendo a preocupação de todos, mas uma que eu tenho absoluta certeza é que a sociedade está perfeitamente bem.

- Nosso dever é proteger a população martha, não podemos simplesmente soltar.....soltar coisas por aí sem nem mesmo saber se estamos seguros realmente.

Senti uma vontade enorme de rosnar para todos na sala e mostrar-lhes que estavam na presença da coisa e obrigar todos a procurarem meus irmãos e irmãs, mas já percebi que a sociedade é delicada demais as vezes, mas ela nunca deixa o desprezo de ter algo diferente ao seu redor. Isso é até um pouco assustador, os humanos são complicados.... e um pouco nojento.

Um burburinho se formou na sala depois dos questionamentos se a criatura (no caso eu) era segura o suficiente para viver entre eles depois de ter matado tantos humanos.

- E se ela tiver se acostumado a matar humanos?- alguém em meio deles questionou.

Pensando bem isso até que é válido, estou com certa vontade de arrancar alguns membros, sabe como é né. Não se pode perder o costume.
Sorri internamente com minha resposta sarcástica.

- Pelo amor de Deus! Vocês não acham que se ela quisesse matar alguém, ela não teria matado no momento em que  saiu daquela cela?- martha perguntou visivelmente perdendo a paciência.

Alguns concordaram e outros apenas suspiraram.- Ela é uma mulher com mais educação do que muitas humanas lá fora, se é isso que lhes importa tanto, sei muito bem que não estão ligando se ela vai ou não matar humanos, estão pensando em seus cargos de grande glória e poder e só ao fato de vocês perderem eles por culpa de uma mera coisa é loucura na cabeça de vocês, mas eu só peço que pensem, e uma vez na porra da vida de vocês tenham um pingo de empatia.

Martha se levantou e eu prontamente levantei junto com a mesma.

- se me derem licença, precisamos ir.- martha e eu fomos até a porta ainda escutando o burburinho que se formou logo após sua fala.

- E agora?- perguntei- Acho que eles não gostaram tanto do que você falou.- dei de ombros ainda andando ao lado da mesma.

- Agora a gente vai pra casa, esses sapatinhos estão me matando.
Eles nunca gostam de fato do assunto se não é designado a dinheiro ou algo assim.
Humanos são estranhos às vezes.

Continua...

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