Entre a Honra e o Poder - Livro 2

Hibernação

Trilha sonora logo acima. ❤💙

Marinette olhou em volta assim que abriu os olhos. Ao se sentar na cama, se deu conta de que estava em seu quarto, no Palácio. Confusa, ela desceu da cama. Mas assim que desceu, sentiu algo vindo consigo. Ao olhar para trás, viu um par de asas, junto a si.

-Mas...o que é isso? - questionou ela a si mesma.

- Bom dia querida! - disse uma voz que vinha da porta, que se abria.

Ao olhar em direção a porta, Marinette paralisou. Diante de si, sua mãe caminhava em sua direção. Não o holograma que havia sido projetado para parecer com sua mãe, e sim a própria Rainha Sabine.

-Mamãe... - disse Marinette pasma.

-O que foi querida? - questionou Sabine parando na frente dela e colocando suas mãos sobre os ombros da azulada - Aconteceu alguma coisa?

-A senhora...está viva. - disse Marinette confusa.

Sabine sorriu e acariciou o cabelo de Marinette com certa tristeza no olhar.

-Não, Marinette, sua mãe não está viva. - declarou.

-Mas...então... como?

-Sou uma projeção da sua consciência. Você está dentro de sua própria mente, e eu sou sua consciência.

-Na minha mente? - ela olhou em volta - O que está acontecendo? E por que você se parece com a minha mãe?

- Minha aparência é definida de acordo com os seus desejos mais profundos. Creio que seu maior desejo nesse momento, seja ver sua mãe. - Marinette abraçou seu próprio corpo e abaixou a cabeça - E sobre sua primeira pergunta... Não se lembra o que aconteceu antes de adormecer?

- Eu... - ela se sentou na cama - Eu estava com meus amigos... estávamos almoçando... aí...o Félix apareceu, e disse... - seus olhos se ergueram e olharam para sua consciência - que Gabriel Agreste matou minha mãe.

-Sinto muito, meu bem. - disse ela se sentando ao lado de Marinette e a abraçando - Sua dor é incomparavel.

-Sempre acreditei que ela havia morrido, por ter chegado a hora dela. Mas...a vida dela foi ceifada, por alguem que ela confiava e que não possuía o direito de machuca-la.

Lágrimas escorregam pelo rosto de Marinette e se tornaram gelo, que caíram de seu rosto e colidiram com o chão, fazendo as gotas quebrarem. Ela franziu o cenho e se abaixou, tocando suas lágrimas estilhaçadas.

-O que...está acontecendo? - questionou olhando para sua consciência - Por que estou aqui?

-Venha comigo. - declarou ela se erguendo e indo em direção a saída. Marinette a seguiu lado a lado - Depois que soube a verdade sobre a morte de sua mãe, seus poderes entraram em conflito com seu subconsciente. No momento, o poder que está mais forte dentro de si, é a água. O estado líquido demonstra o equilíbrio entre suas emoções. No caso, a normalidade de seus sentimentos. O vapor, é considerado a tranquilidade. Quando seu espírito está em extrema paz pode ocorrer de você criar vapor ou neblina, sem se dar conta. Já quando a raiva o temor e o ódio reinam dentro de si, o gelo se torna o seu ponto forte. E em meio a isso, se tiver um descontrole de raiva pode ocorrer que você congele algumas coisas, sem o seu consentimento.

Ambas saíram do quarto. Uma luz forte fez Marinette cobrir os olhos. Quando conseguiu ver com clareza, viu que não estava na outra parte de seu quarto, e sim na no jardim de trás do Palácio.

-É esse tipo de coisa que ocorre com Mystices comuns.

-Me lembro de Azura ter me explicado isso. - disse Marinette olhando em volta.