Entre a Honra e o Poder - Livro 2

Uma História Dolorosas e Uma Escolha

Adrien seguiu para o lado de fora da casa e olhou em volta. Olhando para o chão, viu algumas das pegadas que batiam com as de Marinette. Seguindo o caminho ao qual ela havia seguido, ele a encontrou na praia, sentada na areia, olhando para o mar. Se aproximando, ele se sentou ao lado dela e respirou fundo.

-Foi cruel fazer eu andar até aqui. - disse ele olhando para o horizonte.

-Vim aqui justamente na esperança de ninguém vir até aqui. - disse ela sem olhar para o loiro.

- Depois de me fazer esperar você acordar por três dias... você ainda quer ficar longe de mim?

- Adrien... sei que veio para me convencer a desistir de ir embora. Não vou mudar de ideia. Vou seguir a minha vida como uma pessoa normal e vou ignorar os meus poderes.

-Se quer fazer isso, tudo bem. Não vou te impedir. 

Ela olhou para ele surpresa e o analisou, buscando uma única fais de uma mentira.

-Está falando sério? - questionou ela.

-Claro que sim. - ele sorriu - Por que deveria tentar te convencer do contrário, se eu mesmo já fiz coisa muito pior?

- Como assim? - inquiriu confusa.

-Eu matei uma familia inteira. - declarou com calma - Um homem... honesto. Uma mulher doce e gentil. Duas... lindas crianças. Um menino de sete anos e uma menina de cinco.

Marinette o olhou descrente. Ele se quer desviou o olhar do horizonte, mas sabia a maneira que ela estava o olhando.

-"É mentira!" Você deve estar pensando. "Você jamais faria isso." - ele abaixou a cabeça e depois olhou para ela - Eu disse que fiz coisas piores do que você poderia imaginar.

-Como? - disse ela com o coração apreensivo.

-Diana tinha um namorado. - relatou ele - Ele era bom. O único que realmente se importava com ela e cuidava das crianças sem reclamar ou achar incômodo. Ele se tornou meu melhor amigo. Vivia me tirando de confusão. - ele sorriu olhando para o mar - Um dia... o dinheiro ficou muito apertado, então ele pediu dinheiro emprestado com um cara. Ele prometou pagar em um mês, mas... o dia chegou, e ele ainda não tinha consegui o dinheiro.

"Começaram a ameaçar ele, e aos poucos, as ameaças foram ficando mais frequentes e mais fortes. Até que um dia... elas se tornaram reais. Eles invadiram a nossa casa... bateram nele... amarraram ele em uma cadeira... e na frente dele... na minha... e de todas as crianças... eles estruparam a Diana."

Marinette cobriu a boca com as mãos pasma. Se lembrando do semblante de Diana, e da maneira que ela sorria e brincava, jamais imaginaria que alto tão brutal havia acontecido com ela.

- Depois de tudo isso... eles mataram meu amigo. - continuou - Diana ficou internada por algum tempo, por conta dos ferimentos, e a maior parte das crianças adquiriram problemas por causa do trauma. Eu fiquei com tanta raiva, que quis me vingar. Haviam machucado a minha família e matado uma das únicas figuras que tive como pai. Mas eu não sabia quem era o cara, porque ele havia mandado homens no lugar dele. Eu comecei a caçar ele sem descanso. Um dia...um homem me disse que sabia quem era e disse que também tinha problemas com ele. Ele me deu um endereço, e eu fui para lá no mesmo dia. Sem pensar em nada, eu coloquei fogo na casa enquanto todos estavam dormindo.

-Quando me dei conta...as pessoas começaram a aparecer.  Tentaram apagar o fogo e tirar eles de dentro da casa. Fiquei confuso com isso, e perguntei a uma mulher de quem era aquela casa. Quando ela me disse que era a casa de um velho fazendeiro e sua família eu senti meu corpo pesar. Perguntei se eles eras pessoas de bem, e ela me disse que sim. Que sempre faziam de tudo para ajudar aqueles que pediam ajuda, mesmo com o pouco que tinham.