Cuidado Excessivo

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Quando o ar se fez falta, Adrien separou seus lábios, sem se afastar dela. Vendo o rosto corado e a respiração intensa, ele acariciou o rosto dela com a mão que estava livre.

-Vai continuar mentindo para mim, ou vou precisar ir além? - questionou ele ofegante e com a voz rouca.

Marinette sentiu seu corpo arder de dentro para fora. A antecipação a deixou ainda mais ofegante.

-Aconselho a não fazer isso. - disse ela erguendo seu olhar para um canto do quarto - E também aconselho a se afastar, ou vão entrar aqui e te prender em questão de segundos.

Adrien se virou lentamente e olhou na mesma direção que ela. Ao ver uma câmera, ele riu e voltou a olhar para ela.

-Acha mesmo que me importo com isso? Ou se esqueceu que enfrentei seu irmão diversas vezes, enquanto ele queria me matar?

- Adrien, me solta agora!

-Você tem força para fazer isso... - ele se aproximou novamente, deixando seus lábios a centímetros dos dela - Então porque não me joga para longe?

- Não me teste. Sabe que eu odeio isso.

-Então não minta para mim. Sabe que eu odeio isso.

-A pessoa que mentiu para mim, odeia mentiras... que irônico. - disse ela rindo.

-Menti para evitar que algo como isso acontece. - disse ele a olhando nos olhos - Te conheço e sei que você surtaria. E pelo visto... estava certo. Porque você fugiu... abandonou a gente... me abandonou.

- Eu não abandonei vocês...

-Então você chama fugir e deixar todo mundo para trás de outra coisa? Então me diz, o que é?

- Eu quase matei você, Adrien! - gritou ela.

-E eu poderia ter matado você, Marinette! Mas você me convenceu de que não foi culpa minha. Então abre os olhos e para de ser teimosa!

- Não foi a primeira vez... - disse ela deixando as lágrimas escorrerem por seu rosto abatido - Não foi a primeira vez que você quase morreu por minha causa. Por duas vezes... Duas vezes, Adrien, eu vi você quase morrer na minha frente.

-E por quatro vezes... eu quase te perdi. - declarou ele com tristeza.

-Mentira...

-Uma vez quando você foi soterrada pela neve... A segunda vez quando você se trancou com a barreira de raios. A terceira... quando ficou em hibernação. E a última...quando pulou da sacada daquele hotel. Em todas aquelas vezes...a única coisa que eu conseguia ouvir...era que você precisava ficar viva. Que você precisava ficar bem. Porque eu não iria...não posso... e jamais conseguiria suportar a ideia de te perder. Eu te amo, Marinette.

- Não quero te machucar. - disse ela entre lágrimas - De novo não.

Soltando o pescoço dela, ele abraçou a cintura dela e a levou para a cama, aonde a deitou e ficou sobre ela. Tentando afasta-lo, ela colocou as mãos sobre os ombros dele. Impedindo que ela o afastasse, ele segurou as mãos dela e as prendeu sobre a cabeça dela.

-Me escuta... e presta bastante atenção. - disse ele - Você pode me cortar... me arranhar... me estrangular... me esfaquear... me queimar vivo... eu não me importo. Contanto que você esteja do meu lado. Em todas as vezes que você diz ter quase me matado, eu estava lá por conta própria, ciente dos riscos. E se pudesse... repetiria todas elas, para te provar, que eu te amo, e nunca, vou desistir de você.

-E se da próxima vez... você não sobreviver?

Ele sorriu com tristeza e se inclinando sobre ela, beijou a rosto dela, descendo pelo pescoço em seguida, criando uma trilha de beijos.

Entre a Honra e o Poder - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora