Kindness | Drarry¹

11. Cravo Vermelho.

Capítulo 11.
Cravo Vermelho: Respeito e admiração.

"Ginevra Potter, você não tem o direito de falar daquele jeito com a mamãe!" Parvati gritou enquanto seguia a irmã mais nova até o quarto. "Você tem que parar de agir assim toda vez que-"

"Eu não sou obrigada a ouvir ninguém falando aquelas coisas sobre o meu irmão." Ginny agora estava parada em frente a sua irmã mais velha, os olhos com um brilho diferente, raiva. "Você não devia ficar quieta enquanto escuta aquele alfa falar do Harry como se ele fosse uma vadia, eu não sei em qual momento foi que você se perdeu, mas esse projeto de alfa que estou vendo na minha frente não é metade da Parvati que eu cheguei a conhecer."

"Isso não justifica você tratar a mamãe com grosseria, Ginny." O que a alfa mais nova disse doeu em Parvati, mas ela não poderia dizer que a irmã estava errada. "Você acabou de completar 18 anos e tem que respeitar os nossos pais." O olhar de Ginevra havia ido de raivoso para decepcionado em questão de segundos, o que aconteceu com a irmã que ela tanto admirou um dia?

"Nossos pais? Você é realmente uma vendida, Parvati, Harry teria vergonha de ouvir você chamar aquele homem de pai, sendo que o nosso pai é o James." A alfa de cabelos ruivos tinha a voz totalmente enjoada, não estava acreditando que Parvati havia simplesmente esquecido todas as coisas ruins que aquele homem trouxe para suas vidas, incluindo o afastamento total de Harry. "Aquela mulher que tá lá embaixo não tem o direito de se considerar uma mãe depois de tudo. Sai do meu quarto, Parvati."

A alfa de cabelos morenos apenas abaixou a cabeça e saiu do quarto batendo a porta com mais força do que realmente era necessário, não queria ter se desentendido novamente com a irmã mais nova, mas nos últimos meses era só isso que acontecia, era raro existir algum momento de paz naquela casa.

Os maiores problemas naquela casa sempre envolviam o nome de Harry, desde o dia que o ômega saiu de casa tudo pareceu começar a ruir, mas na verdade aquele foi apenas a gota d'água necessária para tudo transbordar. A única pessoa que não havia se rendido a autoridade de Rodolphus Lestrange, foi Ginevra e esse era atualmente o grande motivo de toda a discórdia. No entanto, agora que havia completado 18 anos, ela não tinha mais nada que pudesse impedir sua proximidade com James e Harry, então precisava correr atrás de descobrir o paradeiro do irmão e ninguém poderia ajudar mais com isso do que um certo alfa de olhos azuis, Ronald Weasley.

Quando o celular começou a chamar o coração da alfa não conseguiu permanecer na mesma batida, acelerando consideravelmente. "Atende, Ron..." Ginny tinha todos os motivos do mundo para se sentir nervosa, quem costumava ter contato com o alfa era sua mãe e irmã, ela sempre teve restrição para falar com qualquer pessoa que tivesse proximidade de Harry, mas agora ninguém poderia impedi-la.

"Ronald Weasley." A alfa sentiu o corpo relaxar automaticamente quando ouviu a voz de Ron. "Quem é?"

"Rony, por favor, não desliga." O coração do alfa errou uma batida, ele conhecia aquela voz e só de pensar no tempo que fazia desde a última vez que havia escutado a menina o chamar de 'Rony', seu coração doía. No entanto, ele não poderia deixar seu coração mole tomar conta, todo cuidado do mundo era necessário com aquela família. "É a Ginny, por favor, me escuta..."

"Pode falar, Ginevra." A voz áspera do alfa já era esperada pela garota, ela só precisava que ele acreditasse em tudo que iria ouvir.

"Eu preciso saber do meu irmão, Ron e eu sei que você não acha certo passar informações sobre o Hazz pra ninguém dessa família e eu te entendo perfeitamente, mas eu não tenho nenhuma coisa com tudo que fizeram pra ele. Eu era uma garotinha, na época eu não entendi o que tinha acontecido, quando minha ficha finalmente caiu, passei a ter nojo de viver embaixo do mesmo teto que eles." Ron escutava atentamente, ele sabia que a alfa tinha apenas nove anos quando Harry saiu de casa perto de fazer quinze. Muito tempo havia se passado, mas Ron tinha noção de toda revolta que consumia a alfa mais nova. "Ron, eu só quero poder ficar perto do meu irmão e do meu pai, aquele cara fez uma ditadura nessa casa e eu não podia ter um celular." A voz de Ginny estava embargada pelo choro. "Eu ganhei esse aparelho de uma ômega que estou saindo, ninguém sabe da existência dele, peguei o seu número escondido no celular da Parvati."