Kindness | Drarry¹

23. Tulipas Vermelhas.

Capítulo 23.
Tulipas Vermelhas: Costumam ser lidas como uma manifestação do amor verdadeiro e eterno.

Harry estava totalmente radiante e nada poderia mudar isso, ele se sentia completamente realizado por ter sua pequena família. O ômega já estava se sentindo muito melhor, sua cicatriz estava com uma aparência bem mais apresentável e ele já estava voltando ao seu peso normal, isso o deixava ainda mais empolgado, já que o motivo principal de toda sua felicidade era o seu filhote.

Scorpius estava crescendo rodeado de amor e carinho, o pequeno filhote já estava com seus 3 meses de vida e parecia cada dia mais esperto, o que deixava Harry muito feliz e Draco ainda mais orgulhoso de seu garotinho.

Nunca foi segredo para Harry que o alfa seria um pai super babão, mas Draco estava se superando a cada dia que passava. O alfa estava sempre colado no filhote, conversando e contando coisas do dia a dia, mantendo o bebê muito bem informado, mesmo que ele não entendesse muita coisa, apenas ficando feliz ao ouvir a voz de seu papai.

Eles obviamente tinham dias difíceis, onde Scorpius sofria com as cólicas e Harry parecia querer chorar junto com o filhote, era extremamente doloroso para o ômega ver seu pequeno sofrendo tanto, isso o desesperava, mas a situação sempre era controlada com a chegada de Draco, que medicava e banhava o filhote enquanto Harry descansava, era sempre assim. E era pensando nesses momentos em família, onde um ajudava o outro, que o ômega estava terminando de preparar um pouco de chá, com Scorpius o observando atentamente do carrinho que estava na cozinha, já que Harry não deixava o filhote sozinho enquanto o mesmo estava acordado.

"O que o meu pequeno girassol tanto olha?" Harry se aproximou do filhote, se abaixando para ficar na altura do carrinho. "Tão curioso, não é?" O ômega beijou a ponta do nariz de Scorpius, logo se levantando e guiando o carrinho até a sala, o encostando ao sofá. "Eu vou pegar um pouco de chá e já volto, fique quietinho, sim?" Harry soltou o carrinho e deu uma última olhada no filhote antes de começar a caminhar até a cozinha novamente, mas sendo interrompido ao ouvir o som da campainha. O ômega não escondeu a expressão de surpresa e dúvida, não estava esperando por visitas, mas não exitou em ir até a porta, olhando pelo olho mágico e se surpreendendo novamente ao ver a imagem de sua mãe.

"Harry..." Lily tinha um olhar esperançoso para o filho, a mulher tinha as mãos em frente ao corpo, segurando uma pequena sacola de papel que Harry percebeu ser de uma loja de bebês. "Meu filho, eu-"

"Preciso entrar, meu filho está sozinho." O ômega foi duro na voz e Lily arregalou os olhos, afinal, o filho que ela conhecia nunca falaria assim, mas o que não passava pela cabeça da mulher é que Harry já não era o mesmo. "Você veio falar alguma coisa?"

"Você pode me ouvir? Não vou tomar muito do seu tempo..." Harry acenou com a cabeça, ele não deixaria uma oportunidade como aquela passar, iria ouvir, mas também iria falar, e não seria pouco.

"Vamos, entre..." Ele deu passagem para que a ômega entrasse, logo voltando para perto de seu filhote, observando o pequeno que estava com um olhar curioso. "Você pode se sentar, se quiser..." A ômega assentiu e se sentou, ela quase não conseguia segurar o sorriso ao ver o filhote de Harry preso ao carrinho, as perninhas balançando e as mãos agitadas, ele era novinho, mas muito ativo e esperto.

"Harry, queria que você soubesse que hoje eu tenho total noção dos erros que cometi com você..." O ômega arregalou um pouco os olhos, se sentando e puxando o carrinho de Scorpius para perto, deixando que o bebê segurasse seus dedos. "Depois que a Ginny levou aqueles dois alfas em casa, e eu vi o que ele fizeram por você, não tem como você ser o errado nisso..."

"Engraçado, não é?" Harry sorriu para Scorpius e voltou o olhar para Lily. "Precisou o meu alfa ir até a sua casa bater no seu marido, minha irmã quase enlouquecer de ódio, pra você perceber que eu não era o errado..." A ômega abaixou a cabeça, ela sabia que o filho estava certo. "Eu sinceramente não sei o que a senhora tem no peito, o que faz o seu sangue correr nas veias, porque um coração certamente não é." Lily até tentou interromper a fala de Harry, mas o ômega apenas negou com a cabeça e respirou fundo antes de voltar a falar.