E nagarás que bebeis

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Ooi~ penúltimo cap! Aproveitem~

Sexta passou rápido e foi tranquila, Midoriya sentiu que estava mais leve e disposto, até saiu para jantar com Todoroki e alguns outros colegas de fraternidade. Eles perguntaram rapidamente o motivo da animação do esverdeado e ele apenas deu de ombros, dizendo que estava mais positivo – também perguntaram sobre a vermelhidão em algumas áreas do pescoço dele, mas ele apenas jogou para debaixo do tapete e brincou que Kirishima era animado, usando o ruivo de pretexto, já que, no dia anterior, também esteve com ele. 

Ele estudou o dia inteiro e não viu nem a sombra de Katsuki, o que já tornava tudo mais agradável – pensou nele apenas e unicamente porque tinham transado na noite anterior.

No sábado, de manhã, Midoriya recebeu uma mensagem de Kirishima. Um convite para o cinema, no mesmo dia, durante a tarde. Já ficou mais animado, já sentia a mudança acontecendo em sua vida. É como dizem, afinal: tem males que vem para o bem.

O tesão no insuportável do Katsuki foi apenas um male, Kirishima era o bem.

Quando a hora chegou, ele tomou aquele banho caprichado e se aprontou. Agradeceu aos céus pelas marcas em seu corpo terem diminuído rápido, já que massageou com gelo por longos minutos – se tivesse uma maquiagem seria muito conveniente. Vestiu uma calça skinny de lavagem escura, uma camisa branca e um casaco jeans preto por cima; colocou celular e carteira em uma bolsa bag e penteou os cabelos rapidamente.

Estava gatíssimo e cheiroso. 

Saiu de seu quarto saltitante, desceu as escadas e passou pela cozinha para beber água. Mostrar que estava saindo para um encontro com um cara gostoso que nem Kirishima era um bônus. 

— Será que você vai desencalhar dessa vez, Midoriya? – Aoyama perguntou. 

Midoriya cerrou os olhos para o colega. O loiro sempre estava jogando indiretas para os solteiros da casa, mas era tão encalhado quanto.

— Quem sabe, né? Não sei – respondeu o esverdeado, sorrindo ladino. — É só um encontro e eu não estou esperando por isso.

— É o terceiro? – Todoroki perguntou, estava ao lado de Aoyama. 

— Segundo. 

— Ah… – o bicolor ficou quieto depois disso e Midoriya estranhou, mas não disse nada.

Quando a porta da sala abriu e Yoarashi invadiu, fazendo barulho demais, Midoriya decidiu que era sua hora de ir. Terminou de beber sua água, vendo o gigante entrar na cozinha e cumprimentar Todoroki com uma série de beijos, mesmo com Shoto reclamando. 

— Vai sair, Midoriya? – Yoarashi perguntou, abraçando o namorado pelas costas. 

— Sim, já tô vazando – respondeu o esverdeado, indo lavar o copo usado. 

— E então, Shoto, o Midoriya contou o porquê de ter ido lá em casa na quinta? 

Midoriya paralisou na pia, sentindo a têmpora pulsar, um ódio genuíno lhe consumindo. Queria muito saber qual era o problema da língua solta de Yoarashi, sinceramente. Até olhou para a faca de serrinha perto de sua mão, em cima da lata de manteiga.

— Não foi muito claro – Todoroki murmurou entediado. — Por que você foi lá mesmo, Izuku? 

Ele respirou fundo antes de virar-se, tentando parecer indiferente. 

— Katsuki roubou minha carteira e eu fui buscar – reafirmou a mentira que já tinha contado da primeira vez. — Só percebi quando cheguei em casa e desfiz minha mochila, só isso.

O ódio que habita em nósOnde histórias criam vida. Descubra agora