Café expresso...

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...num dia chuvoso. Boa pedida, seja num fim-de-semana ou no meio da tarde de uma segunda-feira, como era o caso. Mas Gabriel não parecia estar aproveitando o momento. Não completamente, como outros o faziam ao seu redor, durante o intervalo vespertino do trabalho. Talvez porque aquelas pessoas levantariam daí uns minutos e seguiriam para seus escritórios enquanto ele podia ficar quanto tempo quisesse. Liberdade indesejável, pois queria trabalhar e estava sem trabalho. A exoneração da polícia civil distrital dera-lhe essa vantagem, de ser o patrão de si mesmo. Porém a conta havia chegado.

Quando tomou tão radical decisão, de deixar uma profissão por tantos perseguida em concorridíssimos concursos públicos, esperava não ficar muito tempo inativo. Acreditava pegar ao menos um ou dois casos no primeiro mês, talvez o mesmo no segundo até ser necessário selecionar os casos para não sobrecarregar. Porém o segundo mês findava e seu currículo de detetive particular continuava em branco. Junto àquele expresso começava a avaliar se tomara a decisão correta, afinal os boletos chegariam, não importava a saúde de sua conta bancária.

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