O celular, abandonado...

1 0 0
                                    


...por alguns minutos sobre a mesa da lanchonete, voltou à mão. Repetiu a mesma conferência nas redes sociais, já perdendo as esperanças. Nenhum anúncio recebera atenção. Já a caixa de e-mails estava bem movimentada, mas tratava-se de ofertas de descontos incríveis em sites especializados em espionagem; nada que ajudasse.

Com a certeza de maisum dia abreviado, levantou e foi até o caixa pagar o café. Depois foi até oestacionamento da Biblioteca Nacional pegar o carro – preferia ter de andar umbocado a deixar o carro com cuidadores. Só daria falta do guarda-chuvas quandovoltasse a chover. Chegando lá acomodou-se no assento e fixou os olhos na caixade papelão ao lado, no carona. Ainda tinha milhares de panfletos a seremdistribuídos, numa estratégia que começava a se mostrar equivocada. Só nãoachava pior porque, com os panfletos, via-se obrigado a sair de casa e tercontato com a vida fora do apartamento. E foi daquele jeito, melancólico, queGabriel seguiu rumo a Águas Claras.

Missão CumpridaOnde histórias criam vida. Descubra agora