A garota estava em um campo lotado de flores de lavanda, suas narinas identificaram o cheiro imediatamente, estava com um vestido branco com amarras na frente, sem sapatos e com cabelos soltos esvoassantes.
Então, deparou-se com alguém que não era nada esperado, Noah Cameron Schnapp. A menina obviamente ficou assustada, mas não disse absolutamente nada.
Noah estava vestido com uma calça marrom e uma camisa social branca, a garota duvidava que aquilo fosse real, porém não conseguiu conter a curiosidade e se aproximou do jovem.
Ao toca-lo, não conseguia identificar se aquilo era real ou não, tudo que soube é sobre seu encantamento pelo sorriso soltado pelo menino de cabelos lisos.
Estar ali, frente a frente lhe deu um certo espanto, mas isso foi inibido a partir da sircuntancia que encontrava-se ao ouvir o som de kindle dance.
O de olhos verdes não disse nada, apenas pegou na mão da garota que afastou a mesma rapidamente, no entanto, logo após este acontecimento, Noah olhou-a como se falasse que a amava, mas sem alguma palavra.
Noah tentou novamente pegar a mão de Elissia e dessa vez, ela não recuou, apenas deixou-se levar pelo sentimento que estava sentindo.
Chegou o momento da dança que a garota apenas sentiu o vento no rosto e fechou os olhos, começou a rodar sentindo as mãos do garoto em suas mãos, até que a música parou e, com isso, o movimento também.
Ambos pararam perto um do outro, a garota lançou um pequeno sorriso e o garoto também.
Até que eles apenas se abraçaram e, no conforto dos braços de Noah, a menina fechou os olhos, esquecendo de tudo que passou nos últimos anos.A garota acordou com o despertador, levemente assustada pelo toque logo de baixo do seu travesseiro.
Ao desligar o som, a garota coçou os olhos como se tivesse acabado de olhar diretamente a luz após um viaduto escuro. Pegou a cartela de anticoncepcionais encontrada de baixo de seu travesseiro e o tomou, logo depois o deixando na cômoda e se levantando, andando até o banheiro e fazendo suas necessidades e logo após voltando ao quarto.
Ao ligar o abajur, a menina foi até o armário e pegou o conjunto mais simples que achou para fazer educação física, uma das aulas que exerceria hoje.
Ao colocar um moletom preto, foi direto ao banheiro 'arrumar' o cabelo e, quando me refiro a arrumar, diria apenas o ajeitar para ficar minimamente confortável, algo extremamente compreensível.A garota apenas prendeu a parte superior do cabelo, afinal não dava para - como popularmente é chamado tal ato - inventar tanta moda.
Foi até o quarto e pegou sua mochila, celular e garrafinha de água, logo se dirigindo até o andar de baixo, em específico até a cozinha, posicionando suas coisas em uma cadeira e colocando leite em sua caneca e a pondo dentro de seu microondas.
Jenevive: Bom dia!
Elissia: Bom dia!
Jenevive: Dormiu bem?
Elissia: Uhum!
Então ela se lembrou do sonho, o sonho a qual não estava entendendo até agora. Não era de seu costume sonhar assim, muito menos com um tema desses, era acostumada a sonhar, ou melhor, ter pesadelos, com escola! Toda noite sonhava que tinha zerado todas as provas e reprovado de ano.
Estúpido? É, ela também achava, a maioria das pessoas achava ela muito metida por ficar tão preocupada com notas que nem eram tão baixas quando as tirava, mas para ela, aquilo havia grande significado.
Encarava a escola como sua utilidade, sem boas notas era como se não tivesse motivos para ela estar ali. Sabia que tal pensamento era deveras errado, contudo não conseguia se controlar quando aquilo vinha em sua mente.
Despertou-se de seus pensamentos após ouvir o apito do microondas, tirou a caneca de dentro do mesmo e a colocou em cima da mesa, fechando a porta do eletrodoméstico.
Então preparou seu capuccino e um pão com mortadela (algo raro de se encontrar na mesa já que... Bem... Estados Unidos, não é?).
Foi comendo e pensando, era provável que aquele sonho fosse apenas algo repentino.
Então deu sua hora de partir, pegou a chave do carro e sua irmã menor a seguiu. Colocou as mochilas no banco de trás e ajudou a sua irmã a se sentar em uma espécie de cadeirinha.
Foi até o banco do motorista e começou a dirigir.
Estava dirigindo tranquilamente, não havia ninguém naquela rua que não havia nem casas nem prédios (rua que normalmente estava vazia, uma das poucas desse estilo) quando sentiu um alavanco com certa força.
Parou o veículo imediatamente, assustada, olhou pra trás e viu que sua irmã mantinha os olhos fechados e se segurando firme no cinto de segurança.
Elissia: Mia! Você está bem? Se machucou? - perguntou, fazendo Mia abrir os pequenos olhos e demonstrar uma expressão de dor.
Mostrou então uma de suas mãos, possuía um pequeno corte.
Mia: Fi-ficou pre-e-sa entre o-o cinto e me-eu corp-po - disse chorando.
Elissia: Merda.
Saiu do carro e foi direto ao banco onde sua irmã se encontrava, naquele momento o único sentimento que encontrava-se na cabeça da garota era preocupação.
Pegou sua irmã no colo e a deixou na calçada.
Elissia: Deixa eu ver sua mão. - a menor estendeu sua mão até Elissia que a pegou com cuidado.
Elissia: Dói? - perguntou empurrado de leve a palma da mão da garotinha para trás, vendo Mia asentir rápido mais de uma vez - Tá, vou te levar em um médico para ver isso.
Mia: Não!
Elissia: Ninguém vai te machucar lindinha, tá bem?
A garotinha abaixou o olhar e a maior se levantou, enquanto pedia para a pequena Black permanecer onde estava.
Foi até a porta do carro, abrindo-a em seguida. Pegou seu celular, o qual tinha a tela totalmente rachada por sua irmã estar jogando um joguinho na hora do impacto.
Começou a se sentir levemente acelerada, mãos tremendo como nunca, em sua mente tudo que pensava era na péssima irmã que Jenevive acharia-a, então sentiu uma mão em seu ombro o apertando.
Virou-se e viu alguém que realmente não esperava, Caleb McLaughlin.
Caleb: Oi! Eu sinto muito! Meu carro quebrou e o freio não funcionou, virei na primeira rua vazia e não vi seu carro, vou ajudar em tudo, de verdade! Mil desculpas!
Elissia: Ah! Não tem problema, seu carro quebrou, é normal! Só preciso que você me ajude com relação ao carro e também a minha irmã, ela estava no banco de trás e se machucou!
Caleb: Claro, claro! Precisa que eu chame uma ambulância?
Elissia: Não sei, talvez sim.
Caleb: Tá! Ok! E quanto ao carro?
Elissia: Só um minuto! Vou pegar os documentos!
Procurou sua mochila e a achou com pressa, pegou sua carteira e pegou os documentos do carro, juntamente com a carteira de motorista.
Enquanto isso o resto de adolescentes localizados no carro resolveram sair do mesmo, foi aí que Finn se tocou.
Finn: Puta merda, é a Elissia!
Noah então olhou e viu a garota mechendo em sua mochila apresada e, no exato estante, uma onda se preocupação o atingiu como um soco.
Noah: Ela está bem?
Gaten o olhou com um sorrisinho malicioso.
Noah: Sou um ser humano! Me preocupo com pessoas que sofrem acidentes de carro!
Gaten: Eu não falei nada!
Finn negou com a cabeça e gritou, andando em uma sequência rápida.
Finn: Elissia! Oi!
A garota se assustou ao ouvir a voz do menino, mas então considerou o fato de ambos serem amigos.
Elissia: Finn?
Finn: Eu mesmo! Você tá bem? Eu e o Noah ficamos preocupados com isso!
"Noah? O que?" Pensou Elissia.
Caleb: Noah?
Finn: Eu falei da tensão sexual.
A garota franziu ainda mais o cenho, quando ouviu um pequeno chamado vindo de sua irmã.
Foi até ela e a ouviu choramingar.
Mia: Tá doendo.
Elissia: Eu sei minha pequena, mas já já vai passar, tá bem?
Se levantou e foi diretamente até o Caleb.
Elissia: Eu gostaria de poder ligar para uma ambulância e, por favor, pode me emprestar seu celular? O meu quebrou na batida.
Caleb: Claro! Claro! Finn, empresta seu celular pra ela! Vou ligar pra ambulância!
Finn: Novamente! Quem se machucou?
Elissia: Minha irmã mais nova, Mia.
Finn: Ah! Acha que foi sério?
Elissia: Não tenho capacidade de fazer essa análise, contudo eu acredito e espero que não passe de um osso fraturado.
Finn: Entendi. Ah, aqui, meu celular! - entregou-lhe o aparelho.
A garota discou no celular já desbloqueado o número de sua irmã mais velha, Jenevive, as pressas.
Ao ver a chamada sendo direcionada para tal número, colocou o aparelho próxima ao ouvido para ter uma boa comunicação.
"Alô?" Ouviu-se no outro lado da linha.
"Jenevive!"
"Elissia? O quê? Você não tinha que estar na aula? Que celular é esse?"
"Bateram no carro!"
"Pera, o quê?"
"Bateram no carro! O garoto disse que o carro dele estragou no meio do caminho e acabou batendo no meu, só que eu não sei o que fazer por conta do fator que a Mia se machucou e o carro tá todo ferrado e-"
"Elissia! Respira! Fala devagar! A Mia se machucou? Foi isso que você disse?"
"Uhum!"
"Tá, a onde?"
"No braço!"
"Ok! Vamos fazer assim, me passa o endereço, liga para a ambulância, quando eu chegar aí você vai pra escola!"
"Oi? Quer que eu vá para a aula mesmo depois disso?!"
"Elissia! Batidas de carro acontecem, a única questão é que a Mia se machucou! Por isso me passa o endereço que eu cuido disso!"
"Tá, eu tô na rua XXX, aquela vazia no caminho da escola!"
"Tá, sei onde fica! Me espera aí!"
"Ok!"
Após desligar a chamada, Elissia devolveu o Telefone a Wolfhard, agradecendo em seguida.
Finn: Só um minuto! Já volto!
A garota ficou confusa, mas percebeu que, se fosse pra tentar entender, ia gastar muito tempo. Logo, dirigiu-se a sua irmã mais nova, que estava quase dormindo, apenas para ver como ela estava.
Ao observar e chegar a conclusão que estava tudo bem, foi até o carro. Procurou sua mochila - objeto que tanto queria - e a achou jogada no banco de trás. Ao ver que estava tudo certo e nada havia se quebrado dentro da mesma, se levantou do chão, o qual ela minutos atrás se encontrava agachada para analisar o material.
Então viu Finn e mais uma pessoa se aproximando e a única coisa que se passou em sua mente foi:
"Quantas pessoas cabem naquele carro?"
Finn: Voltei! E com companhia!
Elissia: Ahmm, sem querer ser incoveniente, mas quantas pessoas estavam naquele carro?
Finn: Eu, Caleb, Noah e Gaten!
A garota afirmou com a cabeça, logo ouvindo Finn pronunciar.
Finn: Vi que você teve uns machucados na testa e como eu sei que o Noah sempre leva bandagem na mochila, trouxe ele pra te ajudar! Agora eu vou... Falar com o Caleb! É!
Fala tentando arrumar uma escapatória. Noah o olhou com fúria, logo voltando a encarar a Black sem jeito.
Noah: Ahmm... Eu não sabia que ele ia fazer isso!
Elissia: Não, tudo bem! Eu nem tinha reparado que estava machucada, não precisa me ajudar nem nada.
Noah apenas puxou a mochila que estava pindurada em apenas um ombro, pegando uma sacolinha.
Ao ajeitar novamente a mochila em suas costas, abriu a sacolinha adquirida anteriormente pegando um pacote de gaze, um spray anti-céptico, um outro spray o qual a garota não conseguiu identificar, alguns curativos e um esparadrapo.
Deixou a sua mochila e a sacolinha no chão, indagou a jovem que apresentava um corte na testa, na bochecha, na ponta do nariz e no canto da boca.
Noah: Posso?
A garota travou por meros estantes pensando: 1- No quanto o garoto estava sendo fofo no momento, e 2- Que Noah Schnapp estava sendo legal com ela.
Elissia: Annn, tá! Claro!
O garoto se aproximou, pegando o spray desconhecido e sinalizando.
Noah: É só água.
Em seguida, espirrou um pouco em sua bochecha, pegando uma gaze e limpando com cuidado.
Ele não sabia o porquê, mas assim que Finn havia dito que Elissia aparentava estar levemente machucada, sentiu como se precisasse a ajudar acima de tudo, como se quisesse proteger a mesma de tudo de ruim.
Elissia: A onde aprendeu a fazer isso?
Noah: Chloe vivía se machucando quando a gente era pequeno, é aprender pra ela sobreviver.
Um riso anasalado saiu da garota, o que fez o garoto sorrir de leve, o que estava acontecendo com ele?
Então o menino trocou os spray's, aplicando sob a pele da garota o anti-céptico.
Ao ver a garota apertar os olhos em uma expressão dolorida, falou depressa:
Noah: Desculpa, vai arder mais um pouco só.
Elissia: Tá.
Limpou o machucado com uma gaze limpa e adicionou ali um curativo, então repetiu esse processo em seu nariz.
Quando chegou a testa, uma mecha do cabelo da menina estava bem na frente do corte, o que o fez trazer a mecha para trás de sua orelha, enquanto as pontas de seus dedos deslizavam sobre a pele da Black.
O garoto fez aquilo com tanta gentileza, mas a única coisa que a garota conseguia focar era em seus olhos, olhos bonitos e esverdeados, com um brilho especial que a menina jamais havia visto em qualquer outro.
Enquanto isso, Noah olha para sua boca, era alinhada, lábios nem tão grandes e nem tão pequenos, o lábio superior perfeitamente encaixado com inferior, levemente secos, mas rosados.
Elissia: Você tem olhos bonitos... - sussurrou fazendo com que o garoto a olhasse surpreso.
Noah: A-ah, obrigada.
O garoto pega o spray e repete o processo, mas ao invés de curativo, colocou uma gaze dobrada e um esparadrapo para prender a mesma.
Enfiou as coisas no bolso de seu moletom, como fez nas vezes anteriores e desceu a sua mão até o quanto da boca de Elissia, passou a mão por cima do machucado e disse:
Noah: Melhor só limpar aqui para você conseguir falar.
Disse pegando uma gaze e espirrando na mesma um pouco de medicamento anti-céptico, colocando por cima do machucado e limpando delicadamente.
Pegou outra gaze e colocou um pouco de água, dizendo:
Noah: Segura no machucado, acho que isso vai ajudar.
Elissia: Obrigada, Noah!
Noah: De nada, Liss-Elissia.
A garota travou um pouco. Lissia? Ele iria a chamar assim?
Ao se virar um pouco, viu sua irmã falando com Wolfhard, sorriu um pouco ao ver a cena dele mostrando o celular pra pequena.
Ao ver o sorriso da menina, Noah paralisou. Era encantador, parecia que a todo momento que a garota iria sorrir para ele e dizer que estava junto a ele, dava a ele uma sensação de lar, como se ele estivesse em casa.
Então foi ouvido um carro sendo estacionado, logo saindo uma menina de dentro, aquilo foi o alívio para Elissia.
Elissia: Jenevive.
Jenevive: Elissia! Oi! O que houve? - aproximou-se da única menina de 17 anos.
Elissia: Foi o que eu te falei por telefone!
Jenevive: Você está bem? Se machucou?
Elissia: Só me arranhei, Jeny, eu estou bem!
Jenevive: E a Mia?
Elissia apenas direcionou-se em direção a menininha sentada na calçada, a pegando no colo e lançando um sorrisinho para Wolfhard.
Mia: Jeny!
Jenevive: Oi Mia! - disse ao retirar a menor de seu colo - Tudo bem, pequena?
A menor negou e a abraçou fortemente.
Jenevive: Meu. Pai. Amado. O que aconteceu com o carro? - indagou estasiada ao ver o estado do carro.
Elissia: Era disso que eu falava!
Jenevive: E a ambulância?
Elissia observou ao redor vendo Finn sentado na calçada quase dormindo.
Elissia: Finn! - disse em um tom alto para estar a sua escuta.
Finn: Oi! - andou até a garota.
Elissia: Sobre a ambulância -
Jenevive: Pera, esse não é o garoto que foi lá em casa?
Elissia: Depois a gente conversa sobre isso, mas sim. Prosseguindo, sobre a ambulância, ela está vindo?
Finn: Caleb está vendo o negócio do carro dele, mas está vindo sim!
Elissia: Ok, obrigada Wolfhard!
Então foi ouvido um som de ambulância perto dali, o que aguçou a audição de todos.
Jenevive: Você vai fazer o seguinte, vai para escola e qualquer coisa eu te ligo.
Elissia: Mas, Jenevive - a fala de Elissia foi cortada pela mais velha.
Jenevive: Vai logo! Pede um Uber ou qualquer coisa, vamos ficar bem.
Elissia exausta demais para discutir, avisou a irmã que iria a pé, afinal era apenas um quarteirão dali.
A protagonista desta narrativa depositou um beijo na cabeça da menor e foi andando em direção ao seu destino, quando ouviu alguém a chamar.
Virou-se em direção ao som, vendo o jovem Wolfhard, Noah Schnapp e Gaten Matarazzo em sua direção.
Wolfhard disse, levemente sem fôlego.
Finn: Está indo para a escola?
Elissia: Sim, por quê?
Finn: Podemos te acompanhar?
Elissia: Claro, eu acho.
A garota novamente continuou seguindo seu caminho, silenciosamente, não gostava desse silêncio.
Elissia nunca foi à favor de tal silêncio, possuía para ela o seguinte raciocínio: era no silêncio que a maioria das pessoas reparavam mais nas coisas, observavam mais atentamente os detalhes e a menina odiava que reparassem nela.
Nisso ela entrava em um grande paradoxo, pois não gostava de falar também, sempre que falava era lembrada que nem todos gostavam e apreciavam a sua forma de expressão.
Então foi aí, depois de muito pensar no passado, que descobriu a maneira ideal para "falar sem abrir a boca". A escrita!
Voltando para o momento presente, a menina no exato momento, pensava em como trazer a imagem do papel para uma imagem real, talvez uma fotografia ou uma cena de teatro.
Foi puxada de seus desvaneios ao ouvir uma fala de Gaten, que a jovem era sua destinatária.
Gaten: Sinto muito pelo seu carro.
Elissia: Tudo bem, já estávamos pensando em trocar mesmo.
Gaten: Acha que não tem concerto?
Elissia: Acredito que tenha, a questão é o preço.
Gaten: Mas um carro novo não sairía mais caro?
Elissia: Certamente! Entretanto o meu carro é um Celta 1994, apesar de muito bom, bem velho, provavelmente precisará de um grande concerto e compensa mais comprar um atual do que pagar um preço absurdo em algo muito temporário.
Gaten: Seu carro é antigo?
Elissia: Sim, era do meu pai, ele comprou ainda quando lançou.
Finn: Gosta de coisas como carros, esses treco?
Gaten: Treco porquê você não passou nem no exame de escrever né Finn.
Finn: Cala a boca.
Gaten: 2 vezes.
Finn: Fica quietinho? Obrigada!
A menina riu daquilo, achou levemente estranho.
Elissia: Não gosto muito, só tenho que saber muitas coisas de cor levando em conta que uso muito o carro.
Noah: Olha, Finn, alguém não achou estranho você não ter passado no teste escrito!
Finn: Ahhhh vai pra puta que pariu Noah!
Gaten: Vocês são muito agressivos.
Noah: Vocês 'vírgula', ELE é!
Finn: Sério? Me pergunto por quê ainda sou seu amigo?
Elissia riu baixo, aquilo estava maravilhoso de se assistir.
Noah: Porquê você me ama!
Então a única coisa que ouviu foi um grito que sabia que era para ela.
"Gostosa! Tira o casaco para eu ver seu peito vai!"
Ela respirou fundo e seguiu, colando os braços ao corpo e apenas seguiu, como se nada tivesse acontecido.
Os meninos que, antes estavam descansando, ficaram confusos, não sabiam de que direção o grito havia saído nem a quem se referia, só sabiam que aquilo era algo cretino.
Finn: Mas que filha da puta!
Noah: Nisso eu concordo!
Elissia perguntou, empasbacada.
Elissia: Concorda?!
Noah: Óbvio! Você não? - Perguntou ele, agora surpreso.
Elissia: Claro que concordo, é só que... Sei lá, posso estar sendo indelicada, mas Kristoffer não parece que concorda também.
Finn deu uma risada alta e disse, com voz risonha.
Finn: Adorei Black, pode continuar!
A garota estranhou, se perguntando se havia sido tão inconveniente assim.
Noah: É... Ele é só meio... Indelicado.
Gaten: Meio? Meio é elogio!
Finn: Ele é sem senso! É diferente.
Noah: Quer parar?
Finn: Meu passatempo é falar mal deles.
Gaten: Chega vocês dois!
Depois de mais andar, finalmente chegaram a escola, onde entraram um pouco antes da 3° aula, antes do recreio.
Elissia: Me atrasei e ainda vou ter que fazer educação física - disse negativamente para si mesma.
Finn: Não gosta?
Gaten: Quem que gosta de educação física?
Quando tal indagação foi executada, Finn e Noah exclamaram ao mesmo tempo em alto e bom som: "Eu gosto!".
Elissia franziu o nariz e, logo após, o sinal tocou dando alerta para a aula de língua inglesa, que, para Elissia, era um pesadelo, para Noah era uma chatice, para Finn bem tranquilo e para Gaten, o inferno.
Por quê? Bem, Elissia sendo criada falando português e lendo em português tinha pavor de língua inglesa, não por conta de seus desempenho (afinal era alto), mas sim de afinidade com a matéria.
Já Noah sempre tinha uma enorme vontade de dormir no momento em que a professora abria a boca, então era sempre uma missão difícil se manter concentrado.
Gaten já era um caso a parte, já que sua experiência como cantor o fez acostumar a interpretar a partir do contexto da frase, não de sua forma literal.
Ao entrarem na sala, viram a professora, Ms. Dubile. Uma senhorinha de idade bem humarada, trata seus alunos como filhos até quando é o momento de os repreender, amava seus alunos, principalmente aqueles que participavam de suas aulas, Elissia era um desses.
Ms. Dubile: Mas será possível? Elissia Black chegando apenas na 3° aula?
A garota sorriu tímida e disse:
Elissia: Houve apenas um pequeno acidente.
Gaten: Da gente você não sente falta? - apesar de odiar a matéria, adorava a professora e ela o admirava, afinal, era uma grande fã da Broadway.
Ms. Dubile: Vocês normalmente atrasam!
Gaten riu, juntamente com Finn e Noah.
A garota foi se sentar, novamente no fundo, como sempre.
Ms. Dubile: Mas o que aconteceu para você se atrasar, Elís?
Elissia: Bem... Nada demais professora.
Finn: Nosso carro bateu no dela.
Ms. Dubile: Mas está tudo bem? Vocês estão bem?
Elissia: Estamos bem professora - disse a garota dando um sorriso reconfortante.
Ms. Dubile: Que bom, fico bem mais tranquila, bem, vamos começar...
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My universe My poetry
Random(História de total autoria de Quenn_ocean e não é permitido que a copie) Ela: Uma garota gentil, educada, esforçada, inteligênte e trabalhadora. Sua vida gira em torno de suas duas irmãs, a mais velha, Jenevive e a mais nova, Mia. Cada detalhe para...